terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cortina de Fumaça Você Precisa Ouvir o Que Eles Tem a Dizer

"Toda verdade passa por três estágios. No primeiro, ela é ridicularizada. No segundo, é veementemente antagonizada, somente no terceiro estágio, ela é aceita."






Documentário sobre a descriminilização das drogas. Ele tem 1:28h e talvez você se porgunte: "para que perderei uma hora e meia da minha vida vendo um documentário chato?"

Para começo de conversa, esse documentário não é chato, é muito bem produzido... E se eu fosse você, eu preferiria perder uma hora e meia vendo este vídeo, do que perder uma vida toda afundado em preconceitos. Reproduzindo padrões comportamentais que você nem sabe porque reproduz.

Não vou cair na inocência de dizer que com 100% de certeza este vídeo é a verdade completa e absoluta, mas sem dúvida ele é o ponto de vista do outro lado da história, do lado que você cisma em nem querer ouvir!

Então conheça o outro lado, pense, questione! E mesmo para quem está querendo desvalorizar as greve na USP falando que são "filhinhos de papai" lutando para o direito de fumar maconha, mesmo que fosse isto (o que não é), será que eles estaria tão errados assim?

(Até minha mãe de 60 anos, bem conservadora, reviu seus conceitos sobre drogas depois que viu esse documentário... Será que não vale a pena você parar para pensar só um pouquinho?)

8 comentários:

  1. Oi colega! Sou da FFLCH também, lá da História! (acabei de me formar)

    Passei para parabenizar o blog e apoiar a causa!

    abraços!
    Fora Rodas, fora PM!

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  4. (caraca, to apanhando para conseguir comenta, hahaha)

    Boa noite, Camila

    Cheguei ao seu blog atravéz de seus vídeos no YouTube. Como achei eles interessantes, resolvi dar uma lida aqui também, haha... li algumas postagem e até aqui estou achando bem legal!
    Achei até uma postagem sobre a minha resposta sobre o V de Valores e fiquei bem feliz e surpreso na verdade :D

    Bom, estou assistindo ao documentário e como ainda nao assisti inteiro (terminarei amanha ou depois) não vou deixar minha opinião, mas gostaria de contribuir com um pequeno texto que achei pela internet a um tempo atrás e achei interessante.

    O texto fala sobre a Holanda e a onda liberal que eles adotaram, onda que chegou agora às terras tupiniquins, por um ponto de vista conservador. Com exceção do primeiro e último parágrafo, o recheio é aponta algumas consequencias que são passivas de reflexão sobre se vale mesmo a pena.

    Uma observação que gostaria de fazer, antes que eu seja criticado (de novo!) pelo texto, é que ele foi retirado de um site evangélico (eu não sou evangélico) e que ele não expressa integralmente minha opinião mas contribuiu para que eu buscasse informações em algumas dessas fontes citadas (principalmente sobre o Dirk Korf, cale a pena procurar).

    Me descupe se não era o lugar apropriado para isso. Segue o texto...

    Lucas

    OBS: existe um texto, menos conservador e mais informativo, que trata apenas da questão da prostituição na Holanda, se interessar o link é http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/conteudo_272408.shtml

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  5. Drogas: Arrependimento Holandês

    A Holanda, um dos países mais liberais do mundo, está em crise com seus próprios conceitos. O país que legalizou a eutanásia, o aborto, as drogas, o “casamento” entre homossexuais e a prostituição, reconhece que essa posição não melhorou o país. Ao contrário: aumentou seus problemas.

    Em matéria publicada na revista Veja de 5 de março, sob o título Mudanças na vitrine, o jornalista Thomaz Favaro ressalta que, desde que a prostituição e as drogas foram legalizadas, tudo mudou em De Wallen, famoso bairro de Amsterdã, capital holandesa, onde a tolerância era aceita. “A região do De Wallen afundou num tal processo de degradação e criminalidade que o governo municipal tomou a decisão de colocar um basta.

    Desde o início deste ano, as licenças de alguns dos bordéis mais famosos da cidade foram revogadas. Os coffee shops já não podem vender bebidas alcoólicas nem cogumelos alucinógenos, e uma lei que tramita no Parlamento pretende proibi-los de funcionar a menos de 200 metros das escolas. Ao custo de 25 milhões de euros, o governo municipal comprou os imóveis que abrigavam dezoito prostíbulos. Os prédios foram reformados e as vitrines agora acolhem galerias de arte, ateliês de design e lojas de artigos de luxo”.

    A matéria destaca ainda que a legalização da prostituição na Holanda resultou “na explosão do número de bordéis e no aumento da demanda por prostitutas”. Nos primeiros três anos de legalização da prostituição, aumentou em 260% o tráfico de mulheres no país. E a legalização da maconha? Fez bem? Também não. “O objetivo da descriminalização da maconha era diminuir o consumo de drogas pesadas. Supunham os holandeses que a compra aberta tornaria desnecessário recorrer ao traficante, que em geral acaba por oferecer outras drogas. (...) O problema é que Amsterdã, com seus coffee shops,atrai ‘turistas da droga’ dispostos a consumir de tudo, não apenas maconha. Isso fez proliferar o narcotráfico nas ruas do bairro boêmio. O preço da cocaína, da heroína e do ecstasy na capital holandesa está entre os mais baixos da Europa”, afirma a matéria de Veja.

    O criminologista holandês Dirk Korf, da Universidade de Amsterdã, afirma: “Hoje, a população está descontente com essas medidas liberais, pois elas criaram uma expectativa ingênua de que a legalização manteria os grupos criminosos longe dessas atividades”. Pesquisas revelam que 67% da população holandesa é, agora, a favor de medidas mais rígidas. E ainda tem gente que defende que o Brasil deve legalizar a maconha, o aborto (no editorial passado, vimos o caso de Portugal), a prostituição etc, citando a Holanda e outros países como exemplo de “modernidade”.

    Veja o caso da Suíça. Conta Favaro: “A experiência holandesa não é a única na Europa. Zurique, na Suíça, também precisou dar marcha a ré na tolerância com as drogas e a prostituição.

    O bairro de Langstrasse, onde as autoridades toleravam bordéis e o uso aberto de drogas, tornara-se território sob controle do crime organizado. A prefeitura coibiu o uso público de drogas, impôs regras mais rígidas à prostituição e comprou os prédios dos prostíbulos, transformando-os em imóveis residenciais para estudantes. A reforma atraiu cinemas e bares da moda para o bairro”.

    E a Dinamarca? “Em Copenhague, as autoridades fecharam o cerco ao Christiania, o bairro ocupado por uma comunidade alternativa desde 1971. Avenda de maconha era feita em feiras ao ar livre e tolerada pelos moradores e autoridades, até que, em 2003, a polícia passou a reprimir o tráfico de drogas no bairro. Em todas essas cidades, a tolerância em relação às drogas e ao crime organizado perdeu a aura de modernidade”.

    Dessa “modernidade”, não precisamos NUNCA!

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  6. Olá pessoas,
    Tava lendo a matéria do Lucas, e possui um ponto de vista bem interessante que me lembrou muito em alguns pontos a lei Áurea (não sei se viajei na maionese, mas enfim =~~): pois tudo bem, vamos acabar com a escravidão, mas o que fazer depois com toda essa gente?
    Pelo o artigo aconteceu uma falta de planejamento geral do governo em relação aos prostíbulos, administração, empregador e empregados e virou um furdunço.
    E sobre a questão das drogas, se realmente for legalizado essa será apenas a cereja do bolo, é preciso mais que isso. Muito precisa ser discutido e o tema ainda precisa de um amadurecimento maior pra não seguirmos os erros anteriores :)

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  7. Olha Raquel, estava esperando ter um tempo livre para dizer exatamente o que você disse...

    Não acho que seja só legalizar as drogas e pronto! Problema resolvido! Mas acho que está na hora de começarmos a discutir o tema de forma sensata e argumentativa, e não mais jogar para baixo do tapete como se fosse um tabu.

    Seja para legalizar, seja para manter como ilegal, que haja uma discussão e argumentos melhores do que "Deus não quer"

    E que usemos sim a Holanda como paradigma de erros e acertos, que peguemos o melhor, o que funcionou, e tentemos não repetir padrões que se mostraram insatisfatórios.

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