sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Amor

Às vezes acho que não amo e nem nunca amei a ninguém. Nem a mim mesma, nem a minha família, nem mesmo a Deus... Não pro falta de vontade, mas falta de capacidade, afinal, quem é que nos ensina a amar? Ouvimos muito falar de amor, em contos, poesias, filmes, religiões...


Mas sempre ouvimos "Matar por amor", "sofrer por amor"... Será que isso é mesmo amor? Será que ser emocinalmente dependente de alguém pode ser chamado de amor?


É cômodo dizer que ama enquanto aquela pessoa (coisa ou instituição) serve aos nosso interesses... Me diga, quantos casais você já não conheceu que trocaram juras de amor eterno, mas quando seus caminhos se separam todo aquele amor se transformou em ódio...


Na minha modesta opinião, o verbo amor só deveria ter o tempo presente... Ou você ama, num presente eterno, ou nunca amou...


"(...) medo [da solidão] não é amor, dependencia não é amor, ciúme não é amor, posse e domínio não são amor, responsabildade e dever não são amor, autocompaixão não é amor, agonia de não ser amado não é amor (...) o amor não é oposto ao ódio(...)"

Mas apesar de tudo, continuarei buscando limpar meu coração de toda essa sujeira, não a força mas "lavando-o assim como a chuva fina lava a poeira de muitos dias depositada numa folha"

Mas podem ter certeza, que pode demorar a vida toda, mas um dia eu terei conhecido o que é amor de verdade...