domingo, 28 de abril de 2013

Trouble


Eu pensei que eu tivesse um pouco encrencada, mas pelo visto eu estou pior do que eu imaginava... Acordo hoje e minha mãe diz:

-Você tava com a Paty ontem no telefone, né?
-Não...
-Camila, para de ser mentirosa...
-Não to mentindo...
-Você já teve várias namoradas, mas você só falava assim com ela... Então... É alguém no mesmo nível que ela...

Poker face eterna depois dessa

O grande problema é... Eu comecei a ter todo esse afeto pela Paty depois de algum tempo... Isso que é o mais preocupante... Além do fato, é claro que ela está se esforçando totalmente para não gostar de mim... Ahhhh... Detalhes da vida...

Novamente, uma perdedora...

Sei que com isso eu vou estar perdendo umas 15 apostas de uma vez, mas já se tornou ridículo negar!

"Eu to apaixonada, eu to contando tudo, e não to nem ligando pro que vão dizer!"

Pois é... Mas acho que aos poucos eu fui mundando, evoluindo... E não quero errar mais, não quero cometer os mesmos erros... E ela tem me feito tão feliz...

Pois é... Acho que sou realmente incapaz de sexo casual... Mas não me importo...

Não sei qual será o final dessa história, mas sei que pela primeira vez eu tive um começo diferente... Pela primeira vez, um começo feliz... Não felicidade com dor e brigas... Mas só pra variar... Só felicidade desta vez...

Que assim seja!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Muita sensibilidade

"to saindo com uma mina
meu vênus é em peixes
o dela é em virgem, ou seja, no signo oposto
vc acha essa uma combinação boa ou ruim?
to na dúvida em relação a vênus nessa posição"
"come ela, se ela for boa de cama, é uma ótima combinação.
vc é ariana, quem liga pra sentimentos?!"
HSAUHASUHSUAHUSHSAUHUHSUASHAUSHAUHSUASHSUAHAS
Quanto amor, gente


quarta-feira, 24 de abril de 2013

Indiretas do bem: Pessoal que querem meu corpo nu

- Eu posso ir para São Paulo pra casa de uma prima e te ver, mas aí você não vai poder "dormir" comigo
- hsauhshauhuhsuahuhaush adorei as aspas...
- Ou você pode vir pra salvado e até tenha um "brinde"
- OI???????????????
- Eu moro com duas amigas hahahahahaha

geeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeente.... O que será que essas pessoas pensam de mim?

Alô, é o Mágico de Oz?

Manda um coração para a minha amiga por favor?

"Ela é fazível. Tipo num mundo hipotético onde eu não tenha critérios eu faria. To zoando. Ela e descente. Mas ela vai te levar as alturas, pq com aquela orelha de dumbo ela deve voar"

Conversas aleatórias....

Aí respondo o e-mail da frases "Bom dia! Que tal tomar dois dedos de café com um fio de leite pra não atacar a gastrite?" assim: "poutz... pensei putaria", e como é melhor ler esses e-mail que ser cega, ela responde "Em relação aos dedos ou ao sobrenome? Quê isso hein? acordando de barraca armada?"
hsauahsuahasuhauhuashuahaushauhsuashauhas... E como nonsese pouco é bobagem, nenhuma resposta melhor que "Com certeza em relação ao meu sobrenome... ele me dá mto tesão!"


Enquanto isso no facebook...

- Se tudo der certo viajo amanhã, mas só um bate-volta
- Vai atras de mulher né vadia
- QUE HORROR! OLHA Q VC PENSA DE MIM!
- Hahaha. Vai fazer o q então ?
- Vou atrás de mulher .-.
- Penso o certo né... Te conheço nega
- Ela quer meu corpo nu
-Deve ter menos lésbica no interior né.Elas tem q ser menos exigentes

Pra que inimigos quando eu tenho a Marianna?

"Camilações"

Acho que eu percebo que estou ficando realmente apaixonada quando vejo putaria em TUDO!

Minha bipolaridade vai de depressiva pra assanhada... E para mais ajuda, acordo a essa hora da madrugada (acordar 10h não é coisa de deus) e me deparo com o seguinte e-mail

"Bom dia! Que tal tomar dois dedos de café com um fio de leite pra não atacar a gastrite?
Um chá serve também.
Seu sobrenome é Strongren mesmo? de onde vem?"


nem preciso falar que a primeira frase me fez pensar muita merda, né? hsauahuhasuhasuahsuhsuhuahs

terça-feira, 23 de abril de 2013

Como frustrar um ariano em 2 frases

- Nossa... Que tesão... Quero muito dar pra vc...
- Sério?
- Sério... Mas você vai ter que ESPERAR 2 semanas!


2 semanas é sacanagem!

Tapas e Bofetadas

E meu último role foi no Bofetada, com uma colega que conheci no Sapatesp... Agora essa mesma colega me convida para um outro rolê... "Vamos para o Tapas"...

Com certeza isso é um sinal do destino... Só não entendi bem qual... Mas é um sinal!

Algo inesperado

Aí sim fomos surpreendidos novamente, e por vicicitudes da vida, eu estou feliz...

Portanto, inspiração pra escrever, já era...

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Coisas que me perguntam...

" HEOAIUAEHIUAEHAEIOAEHIUHIUAEHEA
Seria. você é uma boa bofinha.

Sexualmente você se chateia por não ter pênis? Ou acha isso machismo e diz que Zeus não fez nada melhor do que dedos e língua? haeoiuheuaioaehiuhiueahas"

Aí fui obrigada a responder:

"Não me chateio exatamente... meus orgasmos são bons... muito bons... e nunca descepcionei nenhuma parceira...

então Zeus seja louvado..."


Ainda bem que o título atual dos e-mails é "Jogo do Silêncio"... Imagina se fosse o "jogo da verdade"?

domingo, 21 de abril de 2013

Canção pra não voltar

Eu sou a única pessoa que tem o coração partido ouvindo essa música?




O inferno são os outros

Satre não poderia ter sido mais feliz ao formular uma frase, porque pelo menos para mim, o inferno definitivamente são os outros.

"Adicione alguns transhomem no seu face" ela disse, "você poderá se identificar e achar um caminho" ela disse...

Não, não é assim... E não foi a primeira vez, e duvido que será a última. Muitas vezes surge a expectativa "agora sim... agora encontrei o meu lugar no mundo", mas não é verdade. No começo até pode surgir um sorriso ao perceber algumas afinidades "ual! Eu também fazia isso", "eu também tenho essa mesma dúvida", "já passei por algo parecido"... A questão não é que eu deseje alguém 100% igual a mim, mas eu desejo empatia, mas só o que recebo são dogmas e mais dogmas.

Pode parecer absurdo, mas cada "facção" da comunidade LGBT não me parece muito diferente do convento no qual eu passei 6 meses da minha vida. Eu continuo ouvido analogicamente que se eu amo a Deus, eu devo ficar de joelhos 3h por dia na frente do sacrário, ou meu amor não é verdadeiro, devo fazer jejum toda sexta, dormir no chão, e passar o dia rezando, me livrar de todas as minhas roupas, e toda a vaidade... Como se Deus avaliasse o amor das pessoas pelos sinais externos.

Para fazer parte de um grupo, você tem que se desfazer da sua individualidade, ou você é anátema. Existem alguns pontos da sua vida que não entram em questão, mas em todos os outros, você tem que se reafirmar constantemente. Achei engraçado. Pessoas que biologicamente nasceram mulheres, mas se identificaram como homens, e querem visibilidade para isso. Até aí ok... Mas na minha cabeça, isso devia ser natural. "Eu me considero como homem, ponto final, tudo que vivi como mulher, faz parte da minha história de vida, e do processo que me fez chegar até aqui", mas não é isso que acontece. Pelo contrário, tudo que fez parte da sua vida antes da "transformação" se transformar automaticamente no Lord Voldemort e não deve ser nomeado, mencionado nem nada.

É ridículo!

E todas as pessoas exigindo constantemente que eu fique bem, que eu fique alegre, que supere... Pode parecer bobagem para o resto do mundo... Mas essa tristeza é onde reside a minha felicidade... A alegria, a euforia, o otimismo, me deixam agitada, me deixam fora do eixo... Na tristeza eu encontro minha paz de espírito e consequentemente, minha felicidade. A solidão dói, mas é a minha dor, e é essa dor que acaba dando sentido a tudo...

Eu não quero esquecer... Minha solidão amargurada foi o formol que inventei para preservar as lembranças de tudo que importa... Sei que é passado, e que o passado está morto, mas não quero deixá-lo ir... Eu quero continuar nesse looping massacrante... Talvez o maior vestígio da minha estadia no convento...

Hoje o céu está tão lindo... O dia está perfeito na minha opinião: um céu azul profundo, desenhado por nuvens, um dia claro, mas frio, um vento que corta a pele e toca a alma... E esse dia bonito faz doer, porque traz as lembranças de forma mais forte e contundente... Comprime o peito e parece que nem vou conseguir respirar...

E ali bem no fundo da minha cabeça começa a tocar a música "Boa pessoa", e eu fecho os olhos e estou num corsa cor de vinho, na Raposo tavares indo para o km 36... Eu to indo pra casa...





sábado, 20 de abril de 2013

Tomboy

Me adicionam num novo grupo lésbico... Novo para mim... Mas antigo em questão de tempo e nas baboseiras que são ditas. Não canso de me indignar com a quantidade de machismo e homofobia que rola nas postagens de grupos LGBT...

Então, num deserto de estupidez preconceituosa surge um oasis feministas.

Tema da postagem principal: Você vai em uma balada, e a garota "libera" pra você na primeira noite, você liga no dia seguinte ou não?

Poderia ser muito bem um forum mascu, porque os comentários que se seguiram eram todos do nível "não, ela foi fácil, é uma vadia, não ligaria no dia seguinte"... Oi? Sério mesmo isso?

Mas uma voz se juntou a minha e disse que aquilo era machismo puro, se duas mulheres fazem sexo no primeiro encontro, como uma pode sair achando a a outra é uma "vadia", que é muito "fácil", e ainda se baseando nos seguintes argumentos "se ela fez isso comigo, faz isso com qualquer uma, não quero ser chifruda"... Ótimo! Só espero que elas saibam que segundo essa lógica, não importa quem tomou a atitude ou não, as duas são "vadias"... Inacreditável...

Mas não podia peder a chance de agregar ao meu círculo de pessoas alguém que acha isso igualmente ridículo, mandei uma solicitação de amizade. Mas para minha surpresa, recebo um inbox perguntando se eu não me importava dela ser "diferente"... Quando ela me disse isso, confesso que a primeira coisa que pensei foi "eu sou diferente também..."

Não fazia a menor ideia de qual era a "diferença" dela, mas eu estava feliz por ela ter um pensamento diferente... Falei que não havia problema algum, ela me adicinou ou descobri o "problema" (que na verdade, não era problema nenhum): durante a infância, ela teve um acidente com alcool e boa parte do corpo queimado, e para o meu choque (definitivamente não com as queimaduras dela), ela me confessa que várias garotas adicionam ela, e quando percebem que ela não segue o padrão de beleza vigente, a deletam, simples assim! Não é bonita? Não serve nem pra amiga! Não querem saber o que ela pensa, sente, se tem algo a acrescentar... Zeus... E eu que pensava que a minha pessoa era o próprio símbolo do egoísmo, mas pelo visto tem gente pior.


Começamos a conversar... E por mais que não seja isso o determinante do carater dela, obvio que algo tão marcante como um acidente desse porte me despertou curiosidade, mas não uma curiosidade sádica, mas uma curiosidade empática. Eu nunca passei por algo assim, tive sorte, mas já me imaginei muitas vezes nessas situação... E de uma forma ou de outra, todos temos feridas e deformação, físicas ou não, que causam dor e muitas vezes afastam as pessoas...

Ela disse que devido a tudo que passou, tem uma sensibilidade mais aguçada, e consegue ver "além"... Acho que é verdade, porque não demorou muito e ela me fez uma pergunta seca, na lata... "Você é trans?"

Ninguém nunca tinha me perguntado isso assim, e o máximo que já falei sobre o assunto foram insinuações tímidas para alguns desconhecidos empáticos ou alguns conhecidos de muita confiança.

Muitas pessoas dizem que me admiram porque eu sou muito clara e direta sobre a minha vida, mas esse é um assunto que eu mantenho o máximo possível debaixo do tapete... Mas uma pergunta tão direta, merecia uma resposta direta, e depois de enrolar um pouco, dei o meu "sim"

Ela me perguntou se um dia eu pensava em operar, e minha resposta foi "não", e os motivos são claros e dolorídos:

- Uma operação dessas é cara e dolorosa
- Teria que passar uns bons anos passando por psiquiatras para confirmar essa questão de identidade de gênero.
- Eu sofreria ainda mais preconceito e não teria lugar no mundo.

As duas primeiras razão são mais práticas e portanto mais "superáveis", para mim, o grande problema é tudo aquilo que o tópico 3 traz implícito.

Se num grupo lésbico, de mulheres que amam mulheres, vamos tantos machismo e homofobia, transforbia então nem se fala. Se formos pensar um pouco nas mulheres trans, boa parte delas, para não dizer a grande maioria acaba caindo na prostituição porque o preconceito é avassalador, elas realmente não tem lugar no mundo, não são vistas como mulheres...

E quanto a mim? Já não bastasse todos esses preconceitos tão evidentes, ainda tem os pequenos preconceitos do dia a dia. eu tenho 1,58m, e seria um cara incrivelmente baixinho, e todo mundo sabe que homens não podem ser baixos, certo? é um outro preconceito implícito.

Ao contrário da operação para mulheres trans, as operações para homens trans ainda estão em nível de teste, e não vejo nenhuma previsão de avanço.

Eu já sofro muito preconceito por ser uma "lésbica masculina", imagina isso... Mulheres heteros querem um "homem de verdade" (argh... esses locução adjetiva me dá nauseas, de tão machista, afinal, você nem precisa ser um homem trans, se for um homem cis e chorar vendo uma comédia romântica, você já não é homem de verdade, imagina isso)... E as lésbicas... Bem... As lésbicas querem mulheres...

Já me sinto uma colcha de retalhos, se eu escolhesse esse caminho, me mudem logo de colcha para monstro: eu seria um frankeinsten, sem nenhum lugar no mundo. Sempre incompleto, ou incompleta, com todos os estigmas sociais possíveis.

Minha mãe quase teve uma ataque cardíaco quando comprei mei primeiro terno, como eu poderia virar e dizer "mãe, sou um cara, sabe?"... Não... Ela não sabe... Porque uma das frases favoritas dela para mim é "quando você nasceu, o médico disse que era uma menina e eu acreditei"... E não só ela... Todo mundo... Até eu... Por muito tempo...

Acho que nunca imaginei que chegaria o dia em que eu fosse dizer "ser lésbica é o caminho mais fácil"... Isso seria sair do armário de novo... Seria ser apontada de novo, caçoada de novo, ficar novamente sem saber onde pertenço...

Mas tem o outro lado da equação... O lado de você olhar no espelho, todos os dias, e buscar ver através daquilo... Mesmo quando eu não entendia claramente o que procurava...

Eu tenho uma lembrança muito antiga da minha infância... eu devia ter 6 anos no máximo, e no meu aniversário ganhei minha primeira camisa polo, e eu fiquei encantada... E toda vez que eu ia sair, eu queria usar aquela camisa, bermuda e tenis, enquanto todo mundo tentava me torturar psicologicamente para colocar um vestido e sapatílha... E minha mãe uma vez me disse que eu estava proibida de usar aquela camisa, porque me fazia parecer um garoto. então eu chegava em casa da (pré) escola, e vestia a camisa, a bermuda, o tenis, e prendia o cabelo e ficava me olhando no espelho... E depois ia brincar com os carrinhos que eu conseguia com o meu irmão (eu dava minhas bonecas em troca para ele). Então quando via que já tava na hora da minha mãe chegar, escondia meus brinquedos de "menino", colocava a camisola, e tava tudo certo...

E assim até hoje... E a vida já é difícil assim... As pessoas já me acham ridículas por como me visto... E mesmo as garotas dizem que eu era mais "bonita" de lady... E eu digo simplesmente que me sinto melhor assim... Mas não me sinto melhor ouvindo constantemente o como tenho que deixar o meu cabelo crescer, ou como deveria me vestir, ou como devo agir...

Por outro lado, se eu assumisse de vez, acho que não seria surpresa, afinal não foi uma nem duas vezes que ouvi que sou uma garoto.

Ouvi muito isso esse ano. No carnaval uma amiga da minha irmã comprou uma máscara que não ficou bem nela... Então eu pedi para experimentar e ela disse "acho que comprei uma máscara masculina, porque em mim ficou ruim, na sua irmã ficou ruim... Mas no seu irmão, no argentino e em você ficaram muito bem"...

Ou então minha prima dizendo que eu era o maior "canalha da equipe", e "mais homem que qualquer um ali"...

Mas uma coisa é isso no nível das piadas, outra coisa é o mundo real, e já adianto pra vocês: não tem a menor graça...




Momento Marcelinho

Então na deep web eu encontro o seguinte banner para um site chamado "facebook do sexo"


Realmente um gênio o redator disso... "Sem tretas"... HSUAHUSHUHSAUASHUSHUSAHSAUHSAUSH


Só consigo pensar na voz do Marcelinho lendo "mil tretas, mano"... hsuahushauhsuahsuhushushushus


Meu! Fizeram um corpo surreal para a mina, e querem que a gente acredite que é sem tretas? hsuashuashushsuhauashuhasuhasuhuhuhushs


Fora o genial aviso "antes de se masturbar" hsuahuhauhsushusahuhs! Depois passa a vontade, né?

São coisas assim que fazem a vida valer a pena... O que mais poderia fazer eu gargalhar as 3:40h da manhã de uma sexta-feira solitária?

Mina do E-mail

Há muitas eras atrás, no incío deste humilde blog, eu adorava chamar as pessoas colocando "mina" ou "cara" seguido de uma preposição e um substantivo que mostrasse onde conheci a pessoa...

"Mina do busão", "mina do bilhete", "mina da aula de brasileira"....

E agora, muitos séculos depois, uma nova "mina" mereceu uma preposição e um substantivo!

Se bem que não conheci ela através do e-mail... Quando eu ia desistir do blog, uma ilustre desconhecida comentou com um "ah não!"

E o comentário não foi feito no modo anônimo, entrão rastreei a pobre criatura, e mandei para ela uma amistoso e-mail chamado "olá", que depois virou um "tudo bem?", "chocolate e fandandos", "whisky ou água de coco pra mim tanto faz", entre outros bonitos títulos para e-mail.

E de um e-mail por dia, realizamos um verdadeiro chat.

A questão, é que de alguma forma misteriosa, uma amiga real, dessa minha minha virtual, achou meu blog e comentou em uma postagem. E a minha querida mina do e-mail, também não sei como, descobriu esse comentário e me escreveu


"HAEIUEHAOUIAEHEIUAHAIEUHAE
Tsc tsc...  é tão estranho compartilhar a sua existência com uma amiga minha.T.T 
De repente você deixou de ser um devaneio....e mais pessoas te vêem. HOEAUIHEOUIEAHIUSA
cara, que bizarro."
 
 
No fundo, no fundo eu sempre soube que eu não passava do devaneio de alguém muito estranho...


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Capítulo 4: Era uma vez...

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PRÓLOGO DO CAPÍTULO 4

A vida toda eu te esperei
Sem saber bem o que esperar
E desde sempre
Amei a ideia de te amar

Nunca soube como, quando ou onde
Mas sabia que você viria
Talvez batesse na minha porta
E soubesse que, finalmente, era a porta certa

CAPÍTULO 4

"Acho incrível! Consigo um emprego no qual entro meio dia e que fica do lado da minha casa, e ainda consigo acordar atrasada! Deveria tentar dormir mais cedo... Mas essa internet ainda vai acabar comigo. Tudo bem, tudo bem... Começo de ano 'pós-festas', ninguém vai ligar para 15 minutos de atraso... O lado bom é que pelo menos consegui uma folguinha para amanhã e poderei ir na festa de aniversário dela... Talvez ela tenha me chamado só por educação, mas vale o risco... Preciso parar de ter essas paixões platônicas por heteros curiosas que conhece pela internet, qualquer hora dessas ainda vou topar com alguma psicopata... Mas ela é amiga de um amigo de um amigos... Deve ser gente boa... E esse busão que não chega?... Ela falou que não curte minas, mas vive me dando brecha.. Eu será coisa da minha cabeça? Ah! Finalmente o busão chegou! Pelo menos o bom de trabalhar a tarde é nunca pegar o bus cheio... Ela não tem jeito de hetero... Nem fodendo! Aposto como ela só não se descobriu ainda, e isso eu posso ajudar, hehehe! Talvez ela seja a 'grande paixão' que estou esperando faz tempo, e mesmo que não for, vale a pena sair pra me divertir, não é? Claro que vale! E ela pode virar uma boa amiga também... Eu devia ter avisado minha mãe antes... Com certeza ela vai ficar aborrecida... Mas ela sempre fica aborrecida quando saio... É... Melhor avisar em cima da hora mesmo... Pelo menos ela não sofre por antecedência... Hmmmm... Não dá pra ir de mãos abanando... Ela vai comemorar o niver num karaokê e pe meio otaku... Vou dar um dos meus bonequinhos dos Cavaleiros do Zodíaco pra ela... Eu tinha comentado e ela achou legal... Disse que curtia... Vou dar o Mu de Áries e falar que é pra ela lembrar de mim! hahahahaha! Ela disse também alguma coisa sobre não me imaginar em um vestido... Mas poxa... Quando eu saio é a única oportunidade que tenho de usar meu moicano e exercer meu 'melhor estilo bofinho'... Talvez eu pudesse testar vestido e moicano pra ver no que dá..."

- Bom dia!
- Boa tarde! Você tá atrasada...
- Só 20 minutos, compenso no almoço...
-Não é essa a questão! Sophia, você é a coordenadora da equipe, tem que dar o exemplo! Se você chega atrasada, os outros funcionários pensarão que podem se atrasar também...
- Eles já fazem isso sem o meu exemplo...
- A gente está falando de você aqui
- O ônibus atrasou...
- O problema é que ontem ele também atrasou, antes de ontem também...
- É... Acho que mudaram o horário dele...
- Então saia de casa mais cedo!
- Ok... Segunda sem falta...
- Não quero mais atrasos!
- Relaxa... Muito movimento hoje?
- E muitos problemas para você resolver...
- Só um cafezinho e já vejo tudo isso...
- Você não toma jeito!
- Prefiro tomar café! Cafeina me faz trabalhar mais feliz, você sabe que enrolo um pouco, mas sempre resolvo tudo...
- E se não resolvesse, não trabalharia mais aqui...
- Eu sei... É só um café...

"Nada como café com problemas para fazer a gente se esquecer de todas as espectativas... Melhor me concentrar nisso... Aí o tempo passa mais rápido... Hoje a noite pode ser a minha grande noite... Um ano e meio sozinha... Acho que já está na hora de arranjar alguém..."





Aleatoriedade do dia

Dar uma cantada em alguém aleatório na internet é um poucopatético, mas válido...
Mas dar uma cantada aleatória em uma página esperando que alguém leia e se apaixone,é meio esquizofrênico!
 
Alguém posta numa dessas páginas lésbicas do face:
 
"minha mãe adoraria ser sua sogra"
 
E eu respondi
 
"sua mãe adoraria ser a sogra de uma página do facebook?"
 
Aí ela ficou brava e começou a me xingar e pediu para eu sair do grupo...

Definitivamente, as pessoas não lidam bem com sarcasmo
 


Capítulo 3: Revelação

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PRÓLOGO DO CAPÍTULO 3

Como um fantasma
Eu estive sempre aqui
Você não viu
Você nunca vê nada

E não entende
Como nunca entendeu nada
De tudo que te disse

Eu estava perdida
Jamais disse que estava certa
No silêncio de cada noite
Implorei por ajuda
E você não me ouviu

Agora é tarde
A noite é escura e fria
Você foi embora
E como um fantasma
Continuo aqui perdida

CAPÍTULO 3

Pensar na vida que poderia ter sido e não foi é uma forma prática e eficiente de, mesmo que só por alguns instantes, es esquecer da vida que foi e você não queria. Mas existe uma outra forma, menos convencional, mas talvez mais eficiente.

Tenho percebido cada vez mais gente que fala de si e da própria vida na terceira pessoa. Para que dizer "eu fiz", quando se pode dizer "Fulano fez", mesmo que Fulano seja a própria pessoa que vos fala. Esta artimanha é particularmente interessante, porque além de "tirar o poso das costas", ainda passa a falsa sensação de neutralidade.

Reza a lenda, que quem olha de fora sempre vê com mais clareza. E se você pudesse ver sua vida de uma nova perspectiva? Mas quanta bobagem! Esta é uma das coisas mais crueis davida: não importa para onde voce vá, sempre se levará na bagagem. E mesmo que você bata a cabeça e perca todas as suas lembranças, muita coisa se protege por estar escondida embaixo do tapete. E suas atitudes continuarão sendo reflexo de tudo aquilo que você viveu, mesmo o que já foi esquecido.

Ah! Sophia, Sophia... Inspirada por Fernando Pessoas, não havia um só mendigo que não invejasse, simplesmente por não ser ela... Simplesmente por não ser eu.

Caro leitor, como eu queria viver em uma mentira, ne qual tudo isso não passasse de ficção, e mesmo que fosse real, daria tudo para ser a realidade de outra pessoa. Às vezes nos afastamos de nossas vidas, colocamos uma máscara de ferro. Assim, se alguém nos confronta com um espelho, não nos vemos refletidos lá. "O que os olhos não vêem, o coração não sente", mas a máscara aperta e dói, e sentimos mesmo assim. No desespero, arrancamos a máscara e a jogamos longe, então nos deparamos com aquele ser deformado.

Queria que houvesse algum deus, para quem eu pudesse perguntar "quando eu me tornei um monstro? Por quê? Por quê?", mas por mais que pergunte, ninguém me responde. Com ou sem máscara, não me reconheço mais.

O que me resta? Recontar eternamente para mim mesma esta história, procurar todos os pontos de vista. Esperando que em algum eco eu encontre minha resposta.

Nunca encontrei. Então contarei novamente, mas agora, espero que alguém me ouça, que me olhe o rosto sem a máscara e não sinta horror.

Você já sabe o começo e o final: um dia, Sophia queria se apaixonar, no outro, ela percebeu que era tarde demais. Mas entre um dia e outro, mais de um ano se passou...

Capítulo 4




quinta-feira, 18 de abril de 2013

Manter-me viva

Não há um dia que passe sem que eu cogite seriamente a ideia de suicídio, mas não tem uma ideia de suicídio que não venha sem a considerações de como isso afetaria a vida de outras pessoas.

Pessoas que eu amo e me importo, por mais que boa parte do tempo eu queira não ligar.

Então, um dia de cada vez, vou arrumando uma forma de manter-me viva.

Um novo projeto: terminar o livro. Já tentei começar a escrever centenas de vezes, mas eu não tinha uma continuidade, agora eu tenho, tudo aqui dentro.

Era para ser um conto, um amigo leu, e falou que gostaria de ler a continuação. Pois bem... Eu não tinha pensado em continuação, e como deveria ser um conto, fiz algo com começo meio e fim. Então como grudar uma continuação naquilo? A ideia não foi tão complicada: buscar capítulos ligeiramente autônomos entre si, nem que fosse pelo menos a princípio, mas que gerassem uma continuação.

A mão na massa foi complicada, e o capítulo 2 provavelmente ficará menos autônomo com relação ao terceiro, porque agora eu já visava continuidade.

Vamos ver no que dá... Tomara que eu termine de escrever antes que o meu ânimo de escrever termine.

Ponto dois... Estou realmente ficando velha, hora de tirar os livros da prateleira, terminar finalmente de arrumar esse quarto e fazer um belo plano de estudos, e guardar dinheiro, o máximo que eu puder. Isso se eu quiser ter alguma chance de passar e me formar em psicologia.

Sei que esses pequenos objetivos não passam de paliativos, mas quem sabe no meio do caminho eu realmente não encontre uma razão real que me dê o desejo de permanecer viva.

Enquanto isso não acontece... Continuo... Um dia de cada vez... Só um por vez...

Frase do dia

"não me mato porque minhas ex nem iam ficar sabendo"

HSUSAHUSAHAUHAUAHASUHASUAHASUHAUHASUSAHUSAHSA

Juro que não fui eu que formulei isso! hsushushshsuhsushuhsuashushs

Até porque, quando eu me suicidar, todo mundo ficará sabendo

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Capítulo 2: A toca do coelho

Capítulo 1

PRÓLOGO DO CAPÍTULO 2

 “É tarde! É tarde! É tarde”
Poderia ser o Coelho Branco
Atrasado para a festa da Rainha de Copas
E eu como Alice, me jogaria na toca para ver onde dá

Mas não é o Coelho
Não existe País das Maravilhas
E os corações são cartas fora do baralho

O grito vem do mundo
Nos fazendo acreditar que estamos sempre atrasados
Precisamos trabalhar mais
Precisamos estudar mais
Estar mais conectados
Andar mais rápido
Competir mais
Sermos os melhores

E nisso esquecemos de ser
O melhor que podemos ser

Não há País das Maravilhas
Mas há o Mundo Através dos Espelhos
E quando olhamos através dos espelhos
Descobrimos que não nos reconhecemos mais

“É tarde! É tarde! É tarde”
A vida passou e você não viu
E agora é tarde demais


CAPÍTULO 2

- Sophie... Sophie...
(não há sabedoria no mundo que resista a intimidade)
Sophia não sabia onde estava, nem como havia chegado ali. Aliás, não sabia nem muito bem quem era, mas lembrava seu nome, que agora era chamado por uma voz translúcida, que não chegava bem a ser uma voz. Não tinha uma origem certa, vinha de todos os lados e de lado nenhum, talvez viesse de dentro dela, de dentro da sua mente. Era uma voz-luz que como os raios de Sol em um dia nublado a transpassavam, não era possível ver, não era possível determinar a origem, mas era possível sentir o calor que eles proporcionavam. 

Os raios de Sol só são invisíveis porque nós somos incapacitados para vê-los, já as abelhas conseguem enxergar muito bem o ultra-violeta. Talvez se Sophia fosse uma abelha ela soubesse a origem daquela voz.

O melhor a fazer era tentar se localizar e lembrar como tinha ido parar ali. A princípio ela parecia estar dentro de um nevoeiro, e não passava de uma par de olhos e ouvidos, pois não via nem sentia nenhuma outra parte do seu corpo. Só era capaz de enchergar aquele nevoeiro e ouvir uma voz que chamava seu nome. Não sabia identificar se essa voz era masculina ou feminina, pois nem ao menos era uma voz. Não gostava nada daquilo. Apesar de adorar pensar na vida que poderia ter tido, mas não teve, sua grande sabedoria era ter o pé no chão. Gostava de entender como as coisas funcionavam, aprender de tudo um pouco (nunca se sabe quando um conhecimento inútil pode se tornar útil).

Então por algum motivo ela achou que se fechasse os olhos e respirasse fundo três vezes. Tudo faria sentido novamente.

1

...

2

...

3

...


O nevoeiro tinha sumido, e a voz também. Era como se nunca tivessem existido.

********************************************************************

Jorge acordou num susto! Um pouco ofegante. Se lembrava de um nevoeiro, mas não tinha muita certeza. Estava um pouco confuso, olhou para si, para sua espada na bainha, não sabia como havia chegado ali, pra ser honesto, ele nem sabia onde era "ali".

Olhou em volta, avistou um castelo ao longe. Voltou a si! Procurou pelo seu cavalo, seu único e fiel amigo nessa vida desgastante de viagens. Confirmou se havia guardado todas as especiarias, hora de prosseguir.

Vida de mascate não é algo fácil. Ao mesmo tempo que você conhece várias pessoas, você não se conecta a ninguém, o velho clichê do "sozinho no meio da multidão", você conhece lugares incríveis, mas não pertence a lugar algum, e quando está cansado, não tem para onde voltar, não tem um lugar para chamar de casa.

Mas qual opção? Somos sempre escravos. Se Jorge tivesse optado em ficar no feudo onde nasceu, seria um escravo da sua condição de nascimento, nunca veria além daqueles muros, nunca conheceria ninguém fora daquelas terras, se casaria com alguma "boa moça" combinada pelos seus pais, e teria filhos que seriam escravos como ele. Preferiu a solidão. Virou escravo se sua liberdade, escravo de suas próprias escolhas.

Ela nunca tinha andado por aquelas bandas. Olhou para a céu: tempestade a vista! O feudo não estava longe, só esperava que eles fossem hospitaleiros.

Chegou lá no momento em que o Sol estava se pondo, esperaria um novo dia para falar com o Senhor daquelas terras. Já tinha conseguido autorização para ter abrigo e um simpático camponês estava levando-o até a estalagem, quando uma nuvem negra por um segundo cobriu o poente, em seguida um raio quente e acolhedor acertou em cheio o nosso herói, fazendo ele virar o rosto e se deparar com o castelo.

E no alto da torre ele teve uma visão: Uma mulher, cabelos na altura da cintura, ela estava nua. Definitivamente, a mulher mais linda que ele já tinha visto na vida. Estarrecido com a aparição inesperada, ele congelou enquanto olhava. Ela fez alguns movimentos com a mão e então se jogou lá de cima.

Ele fez um leve movimento que indicou a intensão de correr na direção dela para salvá-la. Puro instinto! Se ela estivesse realmente em perigo teria morrido, pois ele estava longe demais para chegar a tempo. Mas no segundo seguinte ele parou, para observar o mergulho dela num lago que ficava em frente a torre.

Então ele se vira para o camponês e pergunta

- Mas quem é aquela bela Dama?
- Esqueça isso, rapaz. Ela é a guardiã do lago e filha do nosso Senhor. Se ele ao menos desconfiar que você olhou para ela, despeça-se da sua vida.

Um novo raio de Sol, quente e acolhedor o encontrou. Então ele se lembrou do nevoeiro... Aquela voz... Não! Ele não estava em perigo! Ele tinha um propósito.

Saiu correndo em direção ao castelo, apesar do pobre camponês gritar para que ele não fizesse isso.

Subiu as escadas correndo gritando pela sua bela Dama! Quando a encontrou, ela estava saindo do seu quarto... De roupão, mas aquilo pareceu bem normal para Jorge, que já não era Jorge, mas Sophia que lembrou de si.

Ele segurou no braço dela, olhou profundamente em seus olhos, aquele olhos castanhos e suaves. E com uma voz que misturava medo, desespero, mas muita convicção e disse:

- Você pode me achar louco, e talvez eu esteja, você não me conhece, mas eu conheço você, eu vim do futuro... E é uma história complicada... Você é minha alma gêmea, e eu te amo... Você precisa acreditar em mim, não tenho muito tempo para explicações, mas eu errei... Eu errei com você... Eu te perdi... Eu... Eu... Eu te deixei ir embora... Mas a vida me deu uma chance... Numa outra vida, estar com você, e eu não quero te perder, você precisa acreditar em mim!

Lúcia olhava para aquele desconhecido sem entender nada... Mas ela sabia que era verdade... Aqueles olhos, aquele olhar... Ela era uma bruxa, a mais poderosa, e sabia que os olhos são a janela da alma, e ela se via refletida naqueles olhos, ela estava lá. Ele prosseguiu:

- Agora... Aqui... Eu me lembro! Eu me lembro! Seu noivo e seu irmão...
- Como você sabe que estou noiva?
- Eu simplesmente sei... Nessa vida... Quando nos encontramos... Você largou seu noivo... Fugiu comigo... Ele e seu irmão... Foram a um feiticeiro, ele nos amaldiçoou, no dia do nosso casamento... Em todas as vidas, vamos nos encontrar, mas nunca poderemos ficar juntos...

Ele mal terminou de falar enquanto tomava fôlego pela corrida, e sente algo encostar na sua nuca.

- Se afaste da minha irmã, Vassalo!
- Pode me matar, eu não vou a lugar algum, eu nunca mais vou a lugar algum!
- Tenha certeza que eu vou te matar, mas devido a sua ousadia não será nem rápido nem sem dor.
- Não me importo. Eu simplesmente pedi uma nova chance! Quem sabe se eu morrer aqui, assim, por ela, no futuro, em uma outra vida, ela se lembre, e isso seja o suficiente para quebrar a maldição!
- Maldição? Outra vida? Do que você está falando, louco?

Ele olha para ela com todo seu amor no olhar e como uma despedida diz:

- Meu amor, lembre de mim! Lembre que eu te amo! Lembre que eu voltei até aqui, só para poder dizer que eu te amo, e te fazer lembrar... Eu nunca parti, que isso seja o bastante para você também jamais partir...

Ela não tinha certeza se conseguiria, se tentasse, só teria uma chance... Mas era o único modo... Jogando-se nos braços dele, ela o abraçou forte e disse num sussurro "feche os olhos e confie e mim..."

Ele confiou... Ao abrir os olhos, estavam em seu cavalo, longe de qualquer maldição, longe de tudo, longe de suas próprias vidas... Ela o abraçava, ele sorria... Falam que lar é um lugar, mas para ele, era uma pessoa.... Estar em casa era estar nos braços dela, não importando onde seja.

Chegaram a um moinho, ele apeou do cavalo, e a tomou em seus braços. Eles simplesmente se olhavam e sorriam, nenhuma palavra era necessária.

Dentro do moinho era onde os criadores locais estocavam algum feno, ele a deitou delicadamente e começou a se aproximar para seu primeiro beijo em sua alma gêmea naquela vida...

Mas enquanto se aproximava, tudo foi sumindo e ele ouvia uma voz dizendo cada vez mais alto "É tarde! É tarde! É tarde!"...

********************************************************************
Sophia acordou assustada com sua mãe dizendo que era tarde e ela iria se atrasar para o serviço.

Foi então que ela percebeu que perdeu a hora, e não importava o quanto ela desejasse, o tempo não voltaria atrás... E num suspiro dolorido ela deixou escapar murmurando "Ahh Anita... Como eu queria que fosse verdade..."




Saudosismo Romântico

- Gostei. Texto gostoso de ler. Ao mesmo tempo em que te vejo crítica e realista, noto um saudosismo romântico.

- Onde?

- Sempre acreditei que por trás da dureza de algumas palavras, deixamos escapar a falta que alguns sentimentos fazem.

Uma boa teoria, ou as pessoas estão realmente se esforçando em tentar provar para mim e para si mesmas que sobrou alguma coisa. Mas do que valeria no meio de um apocalipse restar um sobrevivente? Às vezes a destruição total é a melhor perspectiva

(Espera)nça

Texto roubado descaramento do Alexandre Elias Caetano, do seu blog 30 pessoas



Escrevo dia 20 de janeiro. Quase um mês após o fim do mundo, que sabe-se lá porque reconstruíram igualzinho, mesmo com a insatisfação geral que pairava sobre o mundo que acabou. Surgiu a desculpa de que a previsão não era de fim do mundo, mas do fim de uma era e consequente início de outra.
Essa ideia, falsa, parece boa. O fim de um ciclo coincidindo com o fim do ano, que já interpretamos tradicionalmente como um recomeço. É claro que o réveillon em si não proporciona nada, é uma mera convenção que nem chega a ser universal, comemoramos até fora de hora graças ao horário de verão, mas nos acostumamos com ela. Desde a infância vemos a virada de ano como recomeço. Passar de ano na escola, encerrar o campeonato brasileiro, aguardar pelo próximo carnaval ou qualquer outro evento que possa marcar.

Para mudanças precisamos de metas. E como somos ambiciosos! Novo regime, novo emprego, novo amor, nova postura... Tudo novo. Só vejo um problema nisso: a esperança. Não falo da crença em que tudo melhore ou ao menos mude, mas da confusão que muita gente faz associando esperança à espera. Na esperança de que as coisas mudem traçamos metas, sentamos e cruzamos os braços. Isso só funciona para os problemas, que insistem em nos procurar mesmo quando não fazemos nada para atraí-los.

Ter esperança de que as coisas melhorem em 2013 é aceitável, até porque 2012 foi de amargar, mas esperar que isso aconteça naturalmente implica em perceber que temos mais uma edição do Big Brother, os políticos continuarão roubando, as pessoas continuarão atendendo celular no cinema falando baixinho como se isso não atrapalhasse, nossas escolas continuarão na zona de rebaixamento do ranking mundial, etc.

Esperando também veremos coisas boas. Talvez o PIB cresça, a Bovespa quebre recordes, as montadoras elevem as vendas e o Eike Batista recupere alguns bilhões perdidos no ano passado, mas acredito que meu salário será mantido, mesmo com esse cenário dito otimista.

Nada contra a esperança, só acho prudente parar com a mania de associá-la com espera e ir à luta. Sempre que penso nisso me lembro do Cazuza aos berros. “Vai à luta, vai à luta, VAI À LUTA!” Resolve? Não. Frustra também.

Mas existe algo que nos força a ouvir o poeta, que só falta pular da tela e nos chacoalhar, obrigando a lutar: a falta de outro caminho. Não há mais nada a fazer. Não se trata de uma autoajuda vazia com sorrisos falsos de motivação, nem uma inspiração em Barack Obama com seu “yes, we can”, mas gostando ou não, ganhando ou perdendo, a única alternativa é arregaçar as mangas e por de lado a postura de espera.

Minha primeira mudança para esse ano: começar a escrever para o Blog das 30 pessoas. Funcionou. Em breve comento os resultados. Minha primeira frustração também já chegou. Comecei a escrever esse texto prometendo ser menos prolixo. Acontece.


Capítulo 1: A vida como ela é

PRÓLOGO DO CAPÍTULO 1

Risco o isqueiro
A chama me fascina
Talvez por isso tenha este nome
O fogo nos chama
Quero aquele calor em mim

Acendo um cigarro
Desejando que a chama me ascenda
Não sou assunta aos céus
Meus pés e minh’alma continuam no chão

Não é a chama que entra em mim
Mas uma fumaça contaminada
Que ainda sim me preenche
Mas num suspiro, me abandona

O vazio me escraviza
Cada vez mais acho que a liberdade é ilusão
Copo cheio coração vazio
De tudo que vivi, só restou a solidão


CAPÍTULO 1

Sophia estava na varanda fumando um cigarro, já era madrugada, mas ela não estava com sono. Era uma criatura da noite. Ou será que seus hábitos fizeram dela uma pessoa noturna?

Não fazia questão daquele cigarro, mas o hábito... Ah! O maldito hábito. Ela poderia ter sido uma excepcional pianista, se talvez tivesse nascido em outra família que tivesse condições financeiras e inclinações ideológicas para músicas. Ela poderia ter sido colocado na aula de piano aos 3 anos de idade e agora estaria tocando em algum teatro Europeu, ou na África, vai saber?

Mas ela estava na varanda de uma casa comum, em uma cidade média periférica comum, com uma vida comum, seguindo seus ritos não declarados enquanto pensava na vida que não teve. Ela era incapaz de diferenciar um dó de um ré, mas ainda sim, provavelmente em um Universo paralelo ela era uma excelente pianista. E em outro era uma famosa atriz em sua casa de veraneio, e em outro já teria sido morta ou se envolver no tráfico internacional de drogas.

A vida que não temos sempre parece mais interessante e glamourosa que aquela que vivemos. Mas vamos encarar os fatos: uma magra porção da população mundial fez algo digno de nota. A maioria de nós, como Sophia, estamos acendendo nossos cigarros em nossas vidas normais. Buscando uma forma de não só sobreviver, mas de dar sentido a tudo isso.

Quem nunca colocou algumas músicas em sequência e disse que era um DJ, ou então comprou uma máquina fotográfica que cobre metade do rosto e se auto-intitulou fotógrafo, escreveu alguns versos de quinta categoria rimando emoção com coração e se achou poeta, fez alguns rabiscos no papel para se sentir o novo Picasso, fez algum comentário estúpido em alguma matéria jornalística e então se sentiu um verdadeiro formador de opinião.

Todos procurando o seu lugar ao Sol, mas talvez o grande problema seja que o Sol nasceu igualmente para todos. Todos somos terrivelmente iguais. E até os aclamados gênios, celebridades, sucessos não passam de figuras patéticas numa convulsão insana na tentativa de se sentirem especiais, diferenciados. Mas o que isso significa no final? Um animal tão desprezível como o ser humano, em um planeta tão periférico e ignorável quando e terra, vivera com sorte até os seus 80 anos, e mesmo que a posteridade guarde seu nome, com uma sorte assustadora, seu nome será gravado no máximo por 5 bilhões de anos, quando nossa querida estrela Sol (que até lá continuará nascendo para todos), explodirá acabando com qualquer resquício da existência de uma planeta chamado Terra, e um raça chamada "humanos" (pelos próprio humanos, aliás).

Mas Sophia não pensava em nada disso, somente na vida que não teve e na vida que esperava ter. Talvez não fosse a glória do sucesso, mas sucesso de viver a glória de um grande amor.

Ah o amor! Sem dúvida a melhor invenção dos seres humanos! Um sentimento supostamente complexo e sem explicação, mas que na maior parte das vezes não passa de uma desculpa para as pessoas agirem de forma patética e auto-destrutiva! Uma forma perspicaz de continuação. Não só porque esse tal amor é a principal desculpa para o ato sexual que gera a procriação, mas porque o amor é a própria mitose do ego, pois quando dizemos "amar alguém", geralmente o que estamos dizendo é "encontrei alguém parecido e/ou oposto o suficiente para que eu possa me espelhar nele".

E boa parte do que chamamos amor é esse processo de espelhamento, tentamos mudar e moldar o outro para que através das semelhanças e/ou diferenças possamos ter uma bela imagem desdobrada de nós mesmos e assim, buscarmos o tão ansiado sentido da vida.

Mas novamente, Sophia não pensava em nada disso, isso não passa de licença literária de um narrador onisciente ressentido, que se aproveita da sua posição de observador para fingir que está acima do bem e do mal através de uma posição de suposta neutralidade. Sophia queria se apaixonar! Queria sentir o coração bater acelerado novamente sem ser porque teve que correr atrás do ônibus que por pouco não perdeu!

Ela não se importava se essa sensação era verdadeira ou falsa, pois amar alguém sempre parece ser real, e mais do que isso, faz a realidade parecer mais real. Os sentidos ficam aguçados e a mente embaçada, então não pode haver dúvidas: você vê, você sente. Sente aquele Sol quente que inunda e ilumina o seu rosto girando em volta da Terra, então não importa o que a ciência diz, o real é a sensação.

O ponto de vista cria o objeto, e quando o observador se funde ao objeto observado na ânsia de se tornar um só com ele, diante do seu ponto de vista para buscar a completude, essa é a origem de todo o amor.

Entretanto, Sophia ainda tinha um coração partido, apesar de cientificamente o coração nada ter a ver com as ilusões fisiológicas de sentimentos, aquele aperto no peito nós dá a certeza de que é o coração que se partiu, assim como temos certeza que o Sol gira em torno da terra.

Tantos encontros fortuitos e tantos infortúnios! O amor da sua vida poderia estar em algum barzinho nesse exato momento, mas ela tinha escolhido ficar em casa, então jamais saberia. Esse suposto encontro era tão surreal como o concerto que ela poderia estar fazendo em Paris agora mesmo!

Mas é sempre a vida que não vivemos que nos move, assim como o que nos dá força para prosseguir é o Sol que ainda vai nascer, e não aquele que já se pôs, apesar de o Sol nem ao menos ter se mexido.

Grande parte das pessoas conhece a história da caixa de Pandora, mas para quem não conhece, vale um resumo. Prometeu criou os homens, e para proteger e beneficiar sua criação, deu para eles o fogo. Mas os homens, imersos em suas soberba, desafiaram Zeus, o grande Rei do Olimpo. Então como punição, o fogo foi retirado dos homens. Mas Prometeu era um cara insistente, e roubou o fogo do Sol (ahhh o Sol! Que desde os gregos, nasce para todos), e devolveu para os homens. Claro que Zeus não ficou feliz, então ele acorrentou Prometeu em uma rocha por toda a eternidade, e durante o dia uma águia vinha e comia o fígado do Titã, e durante a noite seu fígado se reconstruía, simplesmente para poder ser novamente comido no outro dia. E como punição para a humanidade, como Prometeu tinha uma irmão meio estúpido chamado Epimeteu, Zeus fez uma mulher (a primeira mulher), e deu a ela um cesto, e neste cesto ele colocou todos os males do mundo, porque até então não havia doenças, guerras, morte, nada disso. E mandou essa mulher para Epimeteu com a seguinte recomendação "não abra o maldito cesto", mas adivinha? Epimeteu se apaixonou por Pandora e casou com ela, e um dia, não aguentando de curiosidade, ela abriu o cesto (caixa) e liberou todos os males no mundo, e quando ela tentou fechar, só conseguiu prender lá dentro a esperança.

Eu poderia fazer mil analises sobre esse história. Por exemplo, como no caso do Prometeu não era nem um pouco interessante o novo nascer do Sol, ou como esse mito privilegia a astúcia, enganação e a lei do mais forte, como se assemelha ao mito bíblico de Adão e Eva. O como os antigos eram terrivelmente machistas. Mas vamos falar da Esperança.

Vocês não acham estranho que a Esperança estivesse junta com todos os males do mundo? E porque foi a única coisa que restou? A maioria vê a esperança como um bem. Mas esperança não tem a mesma origem e basicamente o mesmo significado que esperar? A esperança é paralisia. Quando esperamos por tempos melhores, esperamos que as coisas se ajeitem, ou qualquer outra esperança, estamos sendo idiotas! Paralisados por aquilo que parece um bem, mas que está preso na caixa de Pandora. E se essa caixa fosse uma metáfora para cada um de nós? Talvez a esperança seja o grande mal que todo mundo já traz aprisionado dentro de si.

Mas Sophia não sabia de nada disso, então, vencida pelos seus hábitos não tão noturnos quanto ela gostava de achar, adormeceu na esperança do amanhecer de um novo dia.

Capítulo 2

terça-feira, 16 de abril de 2013

Por um dia



Eu só queria por um dia
Não lembrar
Não pensar
Não chorar
Não me magoar

Ficar longe dessa convulsão de verbos
Que em vez de ação
Significam paralisia

Ela foi embora
Porque não fui um bom sujeito
E agora não há oração
Que dê chance desse pretérito ser futuro


Escrever um livro

Algumas pessoas já me sugeriram escrever um livro.

Alguns pensavam numa coisa mais auto-biográfica, outros em poesia, outros em ficção, alguns em auto-ajuda....

Mas se eu for escrever um livro, com certeza será de cousos estranhos que eu ouço, tipo "meu ex me largou porque tinha uma caso com a irmã, e depois virou padre", ou então "acabei chupando um travesti pensando que era mulher", ou "não sabia que estava grávida por 9 meses e descobri quando o bebê nasceu"...

tipo... PUTA QUE O PARIU!

Quando penso que a minha vida é absurda, as pessoas se superam!

Bem anônimo...

.. sempre bom saber que não sou uma ser humano! hsauhasuahauhasuhsushuashs


já que sou a pessoa mais eogcêntrica, egoísta e narcisista que eu conheço.

além de hipócrita, manipuladora, dissimulada, inconstante, cruel, etc.

enfim... acho que não sou nenhum parâmetro de "boa humanidade"

segunda-feira, 15 de abril de 2013

"Pode contar comigo"

Então vamos lá... 1, 2, 3...

Oh wait! Essa piada foi péssima!

Mas enfim, anônimo, você não acha engraçado que eu possa contar com alguém que eu nem conheço? Bem, eu acho!

Ontem de madrugada eu realmente estava "inspirada", sabe? E a conversa com o Thiago abordou vários outros tópicos, como uma "discussão" que tivemos um dia que eu tava mal e ele disse que sabia que ele gotava de mim e eu disse que não acreditava.

Ele me entendeu errado, pensou que eu estava tendo um surto, mas defendi e continuo defendendo que eu estava mais lúcida do que nunca, então ele disse "se você estava lúcida e acha isso, então temos um problema"


Não não temos, porque em momento nenhum eu disse que ele não me amava, não gostava de mim, ou não se importava.  Não sou a dona da verdade, e não tenho como está dentro da mente de cada pessoa para saber quais são as impressões dela sobre a vida e quais as suas reais prioridades. Mas eu já quebrei muito a cara por "acreditar", isso mesmo, acreditar foi meu maior mal.


Acreditar em Deus, deuses, astrologia, tarot, superstições, promessas de emprego, declarações de amor.

Os primeiros itens me prejudicaram, porque acredito que não importa qual religião, fé, previsão ou sei lá o que que você acredite, nenhum vai virar para você e dizer "você é um merda fracassado que nem deveria ter nascido", sempre é "você é especial, merece o melhor, merece ter o mundo, merece o que você quiser, você terá um ótimo emprego, e muito dinheiro, e o amor da sua vida, e a vida dos seus sonhos, você pode não ter nada agora, mas ACREDITE, algo melhor está sendo preparado para você."

E eu era uma crédula, então eu fui criando uma sensação de "merecimento", como se eu realmente fosse única, especial e blablabla (e por favor, não me venham com papo de auto-ajuda), eu era incapaz de perceber que se eu era especial, bem... Eu era especial tanto quanto todo mundo é epescial, e bem, acho que todo mundo aqui já assistiu "Os Incríveis", né? Quando todo mundo é especial, ninguém é, porque o incrível se torna o normal, aquilo que é regra.

Eu estava totalmente dentro das regras, e me achava a excessão. Se eu era tão espcial, eu não precisava me esforçar, o "universo" me traria tudo, e foi assim que comecei a ser uma fracassada.

E quanto acreditar nas promessas e declarações alheias? Uma coisa leva a outra. Pessoas não sabem o que sentem, ou até sabem, mas sentimentos mudam. Alguém me diz hoje "eu te amo para sempre", e esse alguém acredita que vai me amar para sempre, mas uma semana depois ele não me ama mais. Talvez ele nunca tenha me amado, ou talvez eu nem tenha dado chance para esse amor crescer e criar raízes.

E essa é a questão, acreditar nessas promessas entra no mérito do merecimento, se você diz que eu posso contar com você e eu acredito, eu me torno vulnerável, porque penso que estou numa zona de segurança, e esse é um salto certo para o fracasso.

Uma vez me disseram que eu podia saltar através de um penhasco (metaforicamente falando) porque iriam me estender a mão, mas quando eu pulei, eu errei o pulo, e então a pessoa recolheu a mão e me deixou cair. Então em vez de acreditar que posso contar com alguém, acho que é hora de começar a construir minha próprias pontes.

Algumas considerações

Depois de escrever minha teoria, eu passei o link para o Thiago, para discutir isso com um interlocutor, as primeiras considerações dessa conversa foram:


- Acho que nunca vi vc sendo tão coerente e madura como agora

- Por que eu assumir que sou uma sociopata?

- Na análise do seu modus operandi em seus relaiconamentos. nada a ver com psicopatia, isso é outra coisa embora eu não sei exatamente o q é, deve ter algum diagnóstico por aí. Também falo pela sua autocrítica
e perceber como suas ações tbm contribuíram p/ seus fracassos históricos

- Eu estou me sentindo hoje, igual eu me sentia pouco antes de conhecer a Aline, a Paty, a Denise, a Ana, a Bia, a outra patrícia... Mas... Pela primeira vez, eu não quis me apaixonar. Eu não quero receber uma dosagem esdruxula de substâncias que vão fazer eu me sentir melhor. Isso é ilusório, eu aprendi, e entendi. E o que eu vivi com a aline me mostrou algo:
Por mais que eu tivesse perdida de paixão por ela, pela primeira vez, essa paixão não conseguiu suprir nem substituir o que eu aprendi a sentir pela Patrícia... E eu posso me apaixonar amanhã, e ficar eufórica... E ainda sim, isso não vai suprir nem substituir o que eu aprendi a sentir por ela e ainda está aqui

- Sabe, uma coisa que andei pensando nos últimos dias, você usa tbm esses dramas como uma forma de se aproximar e criar vínculos com as pessoas

- No face sim, no blog, há um ou dois anos atrás, sim. Tinha bastante acesso e era um modo... hoje é algo mais intimista mesmo

- É, mas ainda com poucos acessos ainda tem o anônimo lá e talz e vc ainda espera, ainda que no fundo, que alguém leia, copreenda e se identifique

- Não vejo isso de uma forma ruim, querer que alguém se identifique... Acho que não é uma exclusividade minha. Mas o excesso de coisas que eu costumava fazer pra chamar a atenção, sim

- Eu tbm não, só estou comentando
- Mas sobre o blog... Ele é importante pra mim, muito mais do que qualquer holoforte...
 Porque lá eu escrevo tudo que é importante pra mim numa fase, o que é engraçado e interessante,
porque tem época que tudo parece importante e faço 10 postagens num dia sobre coisas inúteis que me acontecem. Teve época que só postava sobre astrologia, outras eu postava quase tudo sobre política, e
isso é uma documentação incrível em questão de amostragem. Até mesmo quando escrevo e qdo paro... Quando começo um relacionamento eu paro de escrever quase que completamente... Meu blog diz muito sobre mim, e sempre olho ele como uma forma de me entender. E ele é muito mais efetivo que diários, eu já escrevi vários, mas como em diários eu escrevia pra mim e não parar "os outros", mesmo que outros hipotéticos, eu perdia mtas informações interessantes... Tem coisas que vc não diz se é só pra si... Aliás, até se vc parar pra pensar em "pra quem eu escrevo" em cada fase, diz mto sobre o que eu procuro.

Ou seja, sim, eu continuo com uma necessidade de me comunicar, achar resposta, e talvez eu tenha algum tipo de fantasia maluca que algum dia alguém possa ler isso e se identificar, ou até mesmo me ajudar a me entender. Ou mesmo a sensação que tenho quando leio postagens antigas, e que por mais que minha memória seja melhor que a média, eu lembro de coisas que já tinha esquecido completamente, e como aquilo era importante na época, e como tudo isso me dá uma nova visão de mim e do mundo.

Escrever sobre si, é ser autor de uma ficção onde você é o narrador, o personagem principal e muitas vezes o leitor. E um reflexo da realidade, mas não é a realidade. O passado e a memória são criados constantemente, você muda sua forma de ver o mundo, você muda sua vida toda num segundo, e isso é mágico.

Ultimamente não tenho me importado muito com os holofortes, eles me cegaram. Nem em ser a melhor, eu acabei nunca sendo a melhor em nada e conseguindo ela bela coleção de inimigos e corações quebrados. Entendi que minha dor ou meu prazer, meu modo de pensar ou como foi meu dia, não faz diferença na vida de ninguém, não mais.

Mas ainda sim, existe ideias e pensamentos e reflexões que quero registrar. As conclusões parecem que vem no susto, mas elas são frutos de um processo invisível que se arrasta ao longo do tempo. E esse interlocutor invisível e inexistente com o qual eu tenho falado ao logo de todos esses anos, e que entende todas as minhas facetas e mudanças a curtos e longos prazo, é o mais próximo que eu tenho de uma compreensão real e duradoura, que de uma forma muito estranha me dá forças de seguir em frente, com essa sensação totalmente forjada que "alguém me entende, não estou sozinha no mundo, então vale a pena continuar", mesmo que este interlocutor hipotético seja uma junção de todos os interlocutores que passaram por aqui, cada um compreendendo e me fazendo compreender um pequeno pedaço de mim, me ajudando a bordar essa imensa colcha de retalhos que ainda tento decifrar.





Uma teoria maluca

Ok, eu disse que não ia mais escrever aqui... Mas quem liga? Sou instável e esse blog é meu mesmo, e já que recentemente quebrei minha promessa, então promessa desfeita.

Esses dias uma amiga pediu pra eu ler o mapa astral dela, estou num momento de grande ceticismo, mas fiz por fazer, e ela ficou impressionada com o resultado, então por curiosidade, entre no astro.com e dei uma olhada na interpretação deles do meu mapa astral, algo bem mais neutro que eu lendo. E realmente, não foram coisas genéricas, mas comportamentos meus bem marcantes, e comecei a discutir isso com o Thiago, e quando o assunto entrou em "paixões", comentei que faz 8 meses que não me apaixono de verdade por ninguém, a Aline foi a última, e então isso me deu um "clique"

Viciados costumam ter padrões, seja um serial killer viciado em assassinatos, seja um fumante, um viciado em alguma droga... Às vezes é nítido, outras nem tanto.


Quando nos apaixonamos o cérebro libera no corpo um coquetel de substâncias que deixaria qualquer laboratório que fabrica dorgas com inveja. E é normal pessoas aproveitarem essas sensações, e em alguma medida até buscá-las, mas eu realmente sou uma viciada em paixões e não é modo de falar, e isso tem um padrão. Intimamente ligado ao meu comportamento bipolar.

Não sei exatamente como nem quando isso começou, e obviamente foi se estabelecendo aos poucos. Mas veja só, no começo, quando eu ainda não tinha me assumido, as meninas que eu me apaixonava, eu tentava manter próximas como amigas, melhores amigas, e lembro de uma vez ter comentado com uma delas que ninguém me aguentava mais de 9 meses. Mas não é verdade, amigos de verdade, desinteressados, ficam na minha vida por anos, e anos e mais anos e persistem ficando. Mas a pessoas que são fruto das minhas paixões (das verdadeiras paixões e não das paixonites eventuais de uma noite), não costumam ficar mais de 8 ou 9 meses. E não porque elas vão embora... Ok, elas vão embora, mas só depois de eu sabotar o relacionamento de uma forma insuportável.

Esses foi o padrão que eu percebi: eu me apaixono perdidamente por alguém, então o meu corpo libera aquele coquetel incrível de substância que me mantem eufórica e ligadona por muito dias, de 2 a 4 semanas, dependendo do grau de paixão. Essa é a fase 1. Quando isso não se transforma em um relacionamento, é nocivo, mas não tanto, mas quando essa paixão eventualmente é correspondida e se torna uma relacionamento, pessoas sairão machucadas, eu inclusa, mas independente de ser correspondida ou não, os passos não os mesmo.

Nas primeiras semanas de euforia, eu faço centenas de milhares de planos, é um sentimento tão intenso que na hora em que ele ocorre, parece ser único, como se fosse mais forte que tudo que eu já senti antes, mas isso é só efeito das substância e da minha determinação de auto-engano. Nesse primeiro momento eu estou tão devotada que sou capaz de feitos incríveis, e ajo muito bem de modo geral, consigo ser realmente encantadora. (e olhando assim a sangue frio, eu realmente pareço uma psico/sociopata)

Então vem a fase 2: os sentimentos não são mais tão intensos, e eu preciso demais, então começam as brigas. Brigas totalmente forjadas por mim. Eu busco qualquer motivo, por menor que seja, e começo a aporrinhar a pessoa (esteja ela comigo ou não) até ela ceder e começar a brigar. Aí a adrenalina é outra: colocar o "amor" (coloque muitas e muitas aspas aí, porque de amor isso não tem nada) a prova. Ver se a pessoa é capaz de me "amar" mesmo conhecendo meu "monstrinho interior". Mas claro que a pessoa fica puta da vida, então o jeito é correr atrás, tentar me desculpar. E novamente voltamos a sensações parecidas com a do começo. "Sexo de reconciliação", fazer as pazes, voltar. É uma forma de recomeçar.

Mas logicamente isto desgasta o relacionamento, que pode terminar nessa fase (como foi com a Rê, com a Bia e mesmo com a Aline), porque esses ciclo vira um vício em si, e várias coisas ruins passam a fazer parte dessa relação: brigas, ciumes, implicância, cobranças... Ou a pessoa pode realmente gostar de mim e chegamos na fase 3...

A fase 3 é a decadência. Nem as brigas surtem mais efeito, então eu "sossego o faixo", para o bem e para o mal. Eu paro de caçar tantas brigas, mas entro num marasmo, e lembre-se que a relação já está desgastada por causa da maratona de brigar que durou meses e envolveu chantagens psicológicas, ameaças de suicídio, e muitas vezes agressões, verbais ou até mesmo físicas. Então, o marasmo.

Eu não tenho mais pique pra sexo, eu não tenho mais pique pra sair, eu não tenho mais vontade de fazer nada. Exceto deitar numa cama e ficar vegetando vendo TV o dia todo, ou jogando video-game, ficando na internet. Enfim, seja como for, o corpo está lá, mas a alma partiu.

Claro que dentro das duas últimas fases, envetualmente eu sou uma pessoa legal, mas o que importa é o tom geral da situação. Eu cheguei a fase 3 com a Paty e com a Denise. Mas mesmo quando o relacionamento termina, eu vivo a fase 3 sozinha. Porque não se trata de quem está comigo, mas de quem eu sou, é um processo interno.

E o que vem a seguir é igualmente previsível. Uma hora eu canso de tanto marasmo e depressão, e começo a sair buscando deliberadamente uma nova paixão. E começo com pequenas paixões sem importância, pessoas que me interessam, mas acaba antes de começar, e não levo adiante. São paliativos, pequenos goles antes da grande embriaguês. Então eu conheço alguém, me apaixono e o ciclo recomeça.

E este ciclo dura de 7 a 9 meses. Sempre a mesma coisa. Claro que como eu vou mudando com o passar do tempo, minhas relações também. Muda onde e como eu conheço a pessoa, muita mais ou menos o tipo de pessoa que busco, acho que fui me tornando um pouco menos cruel com o passar do tempo, mas foram só pequenas mudanças e bem superficiais. O enredo continua o mesmo.

E isso não tem nada a ver com amor. Eu não havia deixado de amar a Patrícia, porque com o tempo e com a convivencia, eu me tornei uma pessoa melhor e desenvolvemos algo mais profundo, mas ainda sim fui guiada pelos meus instintos mais primitivos, vou tomada pelo rito, pelo vício, pela repetição. Só que desta vez, pela primeira vez, eu amava alguém de verdade, e meu relacionamento seguinte, minha paixão seguinte ficou impregnada disso. Culpa, remorso, saudades e outros sentimentos que eu até podia ter na fase "depressiva", mas nunca durante a fase de euforia, eu não levava isso de uma paixão pra outra.

Algo mais profundo aconteceu. E me fez acordar, me fez, mesmo que retardadamente compreender. Depois de tanto tempo buscando um motivo pelo qual eu me sabotei desta forma.

Eu tinha minha casa, minha família, e mesmo que meus ritos estivessem ali de plano de fundo me levando para a auto-sabotagem, de alguma forma eu aprendi a amar, me importar de verdade, e não de mentirinha só pra conquistar a garota que eu tava afim. E eu joguei tudo isso pela janela, simplesmente porque eu nunca fui dona de mim.

Achava que o importante era ter boas história pra contar, então, o auto-controle me privaria dessas boas histórias, mas adivinha? A história que tenho pra contar é uma merda e não tem final feliz.

É ânonimo.. você e muitas pessoas estavam certo, minha vida é uma merda porque eu sou assim, foram as escolhas que eu fiz, a escolha de nunca tentar mudar. Mas agora eu simplesmente não quero mais, só espero não ser muito tarde.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Um sonho muito estranho

Ok, ok... Eu falei que ia largar o blog e tals mas esta noite eu tive um sonho MUITO estranho, e gostaria que alguém me ajudasse em uma análise. Não lembro muito bem a sequencia dos fatos, mas...

Eu estava em um tipo de cratera, andando e reparei em uma barragem, e tinha um lago, mas comecei a reparar na eroção da terra e em outros detalhes e cheguei a uma conclusão: aquela cratera que eu estava, algum dia já tinha sido coberta pela água, então olhei novamente, e percebi que aquilo não era um lago, era o mar!

Então eu decidi tirar a barragem, e toda a água desmoronou em cima daquela cratera preenchendo ela toda. Só tinha um detalhe: aquela era uma cidade povoada por... pigmeus? Alguém já viu As Viagens de Guliver? Era habitado por aqueles mini seres humanos com 10cm de altura.

Lógico que quando soltei a barragem, fui "engolida" pela furia das águas, mas eu mergulhei e consegui chegar até a margem. E só quando saí da água lembrei dos "pequenos habitantes", e comecei a mergulhar e resgatar suas casas, que eram parecidas com aqueles desenhos de oca dos índios americanos. Mas eu salvava só as casas, eu não tentava salvar os habitantes.

Então como eles não saiam da água pela margem que eu estava, eu deduzi que eles deviam estar saindo pela outra margem, e fui verificar isso.

Só que aí eu tava em uma balada. E eu encontrei aquela mina que peguei lá na noite da bubu e as amigas dela, e eu comrpimentei todo mundo, mas ignorei a mina, e até dei um abraço em uma das amigas dela, a tal de Carol.

Aí a garota que fiquei disse "hey! eu também to aqui", e eu fiz um poker face e acenei pra ela.

Só que eu tava lá para encontrar uma garota. E a garota que eu encontrei, bem eu não conheço ela na vida real, não que eu me lembre. E ela tinha uma cara incrível de "pessoa normal", sabe quando você ta num curso de desenho e o professor diz "desenha uma pessoa"? Então, seria fácil desenhar essa garota do meu sonho, ela não tinha nada de especial ou marcante, mas um rosto totalmente comum e dentro das proporções. Pra falar a verdade, ela lembrava a Bruna, minha primeira paixão da USP, só que sem o nariz anormalmente grande.

Aí eu fui ao banheiro,  só que acabei indo parar em um shopping centrer, e descobri que esse shopping era em Lavras, e encontrei a Aline com um amigo, que tinha pinta de gay enrustido, ele era loiro e com cara de pessoa normal também, exceto por um corte de cabelo ridículo.

Enfim, aí eu encontrei com a Aline e a gente começou a se beijar. E essa é a parte do sonho que menos faz sentido dentro da minha cabeça, pelo amor de Zeus! Até porque nem tem shopping em Lavras!

Enfim, aí a gente ficou dando voltas e voltas e voltas e mais voltas no shopping, e bem.. Isso sim pode ter sido um deja vu, já que ela sempre me fazia ficar andando sem sentido quando a gente saía (o que me deixava "p" da vida).

Aí em algum momento a gente tava andando por um campo, e surgiu um barranco. Então começamos a descer o barranco correndo, mas em um determinado momento a gente (eu, ela e o amigo gay enrustido) paramos de correr e começamos a flutuar. Era como se eu tivesse sentada num banco invisível descendo o barranco em alta velocidade deslizando há 20 cm do chão.

E eu disse "Adooooro estática!"


E o sonho acabou.

Alguém com uma teoria doida de análise?

domingo, 7 de abril de 2013

Uma decisão

A partir de segunda vou deletar meu face, definitivamente.

E não vou postar mais no blog, não vou deletar a página porque aqui foi um lugar muito especial por muito tempo, mas estou encerrando ocifialmente o blog.

Não pretendo mais ter outras redes sociais, agora usarei somente e-mail e celular, mas mais voltado para a parte profissional.

Chegou o momento de eu finalmente aprender a lição mais importante que sempre fui incapaz de compreender: o silêncio.

Minha vida não é interessante a ponto de ser compartilhada e cansei de fazer essa constante invenção de mim mesma, não vale a pena.

Este é o início do fim.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Algo de errado...

Ok, ok... Podem me chamar de pessimista, mas sabe aquela mina que mencionei na conversa anterior que já começou o papo de um jeito super ninja?

Perguntei para ela:

- por curiosidade, pq você clicou na minha foto?

- Pq queria ter certeza q você era linda mesmo

- hahahahahahahahahahahaha!

- Kkkkkkkk é serio

-vc é mto xavequeira

-Aaaaaahahahahaha não sou não
Você fez uma pergunta obvia e eu respondi obviamente

- hahahahaha! minha pergunta não foi obvia... a maioria responde que queria ser se era cosplay do michel jackson!

-A maioria mente kkkkk
Xaveco seria se eu dissesse algo tipo... Onde você estava que nunca t vi Huahauhshahuahu
Isso é xaveco! Agora ver tua foto pra ver se você êh linda é verdade rs


Bem, não estava errada no meu palpite inicial. Então continuamos a conversa... Mas... O nome dela é Aline e ela é formada em moda e citação favorita dela é da Chanel... A coisa já começou errada por aí.

Quer dizer... Não errada, errada... Mas... Ah!

Bem, 26 anos, piscina, separada, acha as coisas que falei da minha vida "super normal", não escreve igual um chimpanzé bêbado, formada na faculdade, tem um emprego, um carro, sabe... Essas coisas que pessoas que crescem acabam tendo, como autonomia e tals...E é incrivelmente bonita e interessante (pelo menos foi o que pareceu pelas fotos, e pela 6h de papo).

Sei que parece muito pessimismo, mas definitivamente, essa não me parece ser o tipo de garota com sérias lesões emocionais que se sente atraída por mim. Nessa hora que eu tenho vontade de dar uma de Thiago e perguntar pra ela "Fala sério, seu maior fetiche sexual é cagar na boca dos outros, né? Deve ter algo de muito errado com você!"


De resto, ela quer sair comigo sexta... Vou ou não vou?

O começo de conversa mais ninja da história

Uma mina aleatória me add no face, eu aceitei, e por curiosidade chamei ela inbox, a conversa foi a seguinte:

Eu: oi
 
Ela: Olá!
 
Eu: td bem?
 
Ela: Eu entrei no seu perfil e fui clicar na tua foto e acabei enviando um pedido de amizade
hsauhasuahsaushas
 
Eu: quer que eu te delete?
 
Ela: Acessar pelo iphone é uó
Na verdade não hahaha so se você tem namorada e ela for pensar besteira
 
Eu: não, não tenho namorada
 
Ela: Bom eu tbm não tenho
 
 
hsauhasuahsuashasuhasuhauashaushasuahsuahss
 
Gente, em 5 linhas de conversa ela: arrumou uma ótima desculpa para ter me adicionado, deu a entender que gostou da minha foto (por isso ia clicar), enfregou na minha cara que tem um iphone (SOU RYYYCA), me perguntou se eu tinha namorada, e ainda conseguiu me falar que está disponível!
 
 
hgahasuhasushausahsauhsauashaushasuahsuashasuhasuahs


Meu palpite

Vamos lá, confesso que o meu primeiro palpite foi: a Patricia.

Motivos que me levaram a pensar isso: no primeiro comentário que você, me querido anônimo, postou aqui, foi usado o caps look para dar destaque a alguns termos, coisas que ela fazia de vez em quando, principalmente quando estava mais aborrecida, uma necessidade de hipercorreção enquanto digitava, que redundava em alguns erros, mas principalmente, o fato do começo daquele comentário ser quase igual a um e-mail que ela me mandou depois que já estávamos separadas, dizendo que o problema é que "VOCÊ é assim". hahahahahahahahahaha

A questão é, caso você se lembre da primeira postagem que você comentou, era sobre o dia do basta, e naquela postagem eu dizia que joguei fora tudo que tinha recebido de todas as minhas ex e apagado todos os e-mail, e aquilo não foi um blefe, então eu nem tenho mais aquele e-mail, ou qualquer conversa inbox para servir como base de comparação.

Também pensei que era ela, por causa daquela parte de em que você diz que falo "eu te amo" para qualquer um, sem critério, e ela me disse isso mais de uma vez, principalmente por causa da mágoa que ela tem em relação a Aline, e não tiro a razão dela. Ela ta certa, sabe? Ela é a única pessoa do mundo que tem todo o direito de me censurar por qualquer coisa, pois ela tomou sempre as decisões certas e eu as erradas, e ela tomou inclusive a decisão correta de ir embora, apesar de tudo, fico feliz por ela ter finalmente encontrado o seu "final feliz".

Meu segundo palpite foi a Aline, mas pensei que ela teria feito isso só pra me apurrinhar, porque ela adora me apurrinhar e fazer eu me sentir mal comigo mesma, mas depois fui vendo que você é uma pessoa decente, que realmente se preocupa, então ela saiu do meu rol de possibilidades.

Depois imaginei que pudesse ser uma estranha que adicionei no face, e que queria meu corpo nu, mas eu bloqueei ela, porque ela me dava muito medo, e ela adorava esfregar meus defeitos na minha cara, e dizer que a culpa de tudo era 100% minha, sabe, se o papa renunciou a culpa era minha. Ela me apurrinhava também porque pegava tão pesado que não me dava tempo para refletir, só fazia eu me sentir mal. Mas aí pensei o como isso era absurdo. Eu nunca passei meu blog pra ela, e não deixo mais o link disponível por aí, ela teria que ter cavucado muito para achar, e falei com ela por uma semana no máximo, então, não faria sentido ela encontrar meu blog e ficar mandando mensagens anônimas.

Cogitei também a possibilidade de ser a Carol Karuna, porque ela é outra que adora esfregar meus defeitos na minha cara. Mas fui falar com ela, ela disse que não, mas que concordava com tudo que você disse, só que aí começamos uma longa discussão pelo face onde ela não ficou feliz em me dar "um toque", ela tinha que fica repetindo o como sou patética, idiota, desprezível, irritante, e mandei ela se foder e bloqueei ela.

Pensei também que pudesse ser o Thiago, fui falar com ele que me disse algo muito contundente "mas porque raios eu te falaria como anônimo aquilo que já te falo todos os dias como Thiago?", não acho que seja ele, e seria até idiota ser ele. Porque o Thi é uma das poucas pessoas que consegue me falar as coisas de uma forma que eu escute e me faça querer melhorar, pois ele sabe dosar críticas e elogios, sabe analisar a situação friamente e me fazer reconhecer meus erros.

Pensei também que pudesse ser a Lila que ressurgiu do além, mas isso foi só uma palpite random do tipo "esse mundo é tão absurdo, vai saber"

Isso parece uma sequencia cronológica, mas basicamente tudo passou pela minha cabeça mais ou menos ao mesmo tempo. E tenho um último palpite.

Que você, meu querido anônimo, seja o All. O que faz pensar isso? Vamos lá:
- Pela grafia: sabe escrever bem, mas comete bastante erros de digitação
- Humor peculiar
- Preferir manter o anonimato já que tentar falar diretamente pode não ajudar muito (santo de casa não faz milagre)
- Sei que o All me tem nos feeds de notícias do blog dele, então ele saberia sobre minhas novas postagens
- Disponibilidade de tempo na frente de um computador com internet
- Alguém que se importa comigo
- Enfia o dedo na ferida se escondendo atrás de algum tipo de humor, vai variando o discurso. Bem papo de psicólogo.
- Não questionou algumas referências que coloquei propositalmente nos meus textos que outras pessoas talvez questionassem, porque não faria sentido.

Então meu palpite?

Apesar de tudo, acho que seja ou o All ou a Patrícia, mas o All pra ser honesta, porque não acho que a Paty perderia o precioso tempo dela comigo.

Se bem que o anônimo sumiu por um período que tempo em que eu sabia que ela estava viajando. Então sei lá, pelo que tenho até agora, acho isso.




terça-feira, 2 de abril de 2013

Carta de suicídio

Primeiramente, não, não vou me matar. Pelo menos não esta noite. Tenho o firme propósito de não sair deste mundo enquanto devo algo para alguém. Mas graças aos céus, o dia da quitação das dívidas já tem data marcada: 10/05/2013, e dia 11 espero não estar mais aqui para ver um novo amanhecer. Mas quero escrever isto hoje, e depois é só copiar num papel quando chegar a hora, pois acho que este é o dia até hoje em que estou mais destroçada, e que poderá me dar a maior verdade em minhas palavras. E até está dato, tudo que me resta é buscar encher meu tempo da melhor forma possível.Vamos a carta:



Desculpe, eu simplesmente não consegui seguir em frente, eu juro que tentei, mas não consegui. Tentei o cigarro, as bebidas, as festas, a superficialidades, até mesmo as drogas. Nada adiantou.
Nunca consegui ser uma pessoa feliz. Talvez eu tenha alguma desfunção cerebral, talvez tenham sido minhas escolhas pessoais... Bem, todo mundo que eu converso quer me fazer acreditar que seja simplesmente minha escolhas pessoais, então talvez seja verdade. Como se eu deliberadamente, um dia tivesse acordado e dito "bem, eu escolho ser infeliz para sempre, amém". Tentei fazer terapia e tomar remédio, nada adiantou. Talvez eu não tenha tentado o bastante, o que importa?
Mas tudo ficou mais complicado, sabe? Mesmo uma pessoa que nunca foi uma pessoa feliz teve seus momentos de felicidade, e eu tive os meus, não vou mentir. E não foi um, e talvez nem ao menos tenham sido poucos. Amei, e amei de verdade. E em cada amor me transbordei. Mas houve um amor que me fez transbordar.
Eu sempre tive medo do amor, de relacionamentos, e deve ser sido por isso que sempre me sabotei tanto, mas em algum momento eu pensei que isso poderia ter dado certo.
Sei que tive ótimo amigos, e agradeço a todos por terem me feito sentir menos sozinha neste mundo. Tive também excelentes colegas, que me trouxeram ótimas risadas e muita diversão. Paixões tive aos montes, e obrigada pela adrenalina, e por aquela sensação de promessa a ponto de ser realizada que vocês me deram.
Mas se eu tivesse que dizer que amei apenas uma pessoa na vida, eu diria, sem nem ao menos piscar, que amei você, Patricia da Mata Barbosa.
E eu queria que você soubesse, que na minha vida triste, dos meus momentos felizes, você foi a minha maior felicidade, e por isso agora tudo é tão difícil. Acabou, eu sei. A culpa é minha eu sei. Me arrependo por tantas coisas, e esse arrependimento já vem me matando há meses. 6 meses que estamos separadas (lembrar que tenho que mudar para 8 quando chegar o momento).
Não vou remover minha tatuagem, daqui até o amargo fim, quero que seu nome esteja tatuado na minha pele assim como você está tatuada no meu coração.
Eu sempre tomei as decisões erradas. queria que você soubesse que de todo o tempo em que estive com a Aline, em cada momento eu pensei em você, a cada instante eu quis voltar, mas no começo eu tive medo, e quando venci meu medo, era tarde demais.
Fico feliz que para você tenha sido melhor assim. Sentir que realmente fiz algo de bom na sua vida, mesmo que tenha sido saindo dela.
Mas hoje tudo é muito difícil. Desde a cama que eu durmo, que não sei se é ilusão ou se o seu cheiro ainda está nela, ou cada situação que me traz uma nova lembrança! Não dá nem para lavar louça ou cortar batatas sem lembrar de você.
Falam que devemos nos arrepender do que fizemos e não do que não fizemos, mas há tantas coisas que eu gostaria de não ter feito.
Só gostaria de ter voltado para casa aquele dia. Ter te ouvido, mas eu nunca ouço ninguém.
Acho que se eu tivesse uma máquina do tempo, eu simplesmente me vestiria de mendigo, trombaria com a gente na paulista e daria um soco na minha cara! Mas máquinas do tempo não existe, e segundas chances também não.
E nem mesmo me enchendo de todo esse ódio eu consigo expurgar este amor irritante e persistente que insite em ficar. Então se ele fica, parto eu. Não tenho fé em nada, sei que tanto faz eu morrer agora ou daqui há mil anos. Tanto faz se for suicídio ou morte natural, depois que eu me for, será como se eu nunca tivesse existido, então talvez o mais sensato fosse ficar e tentar aproveitar essa merda toda da melhor forma possível. Mas pra mim, o jogo acabou. Não vejo sentido em nada. Para mim a maior benção seria ir para um lugar onde as lembranças não existam, e acho que esse lugar é o não-lugar da não-existência.
Desculpa ter estragado tudo, desculpa ser uma louca, uma cafajeste, uma obstinada.
Eu realmente espero que este lugar para o qual eu (não) vou agora, seja um lugar livre de pensamento, porque senão, te manterei tatuada na minha alma até o final dos tempos.
A todos os outros que se importam, sinto muito ter sido uma decepção. Sei que eu fiz mais mal do que bem. Talvez o mundo seja um lugar melhor sem mim. E talvez eu seja uma pessoa mulhor longe deste mundo.

Com amor
Camila

By the way

Querido Anônimo, você viu que já estou até começando a variar a grafia só por sua causa, né?

nhasuhasuashuashasuhashuas

Não sei mais o que fazer para não repetir título de postagens, será que já não seria a hora de você se identificar?

(apesar que eu faço uma ótima ideia de quem você seja)

A questão é

Eu já tenho dúvidas, eu não consigo acreditar!

Eu perdi minha fé em tudo! Então como faço para acreditar em um futuro melhor, ou "num jeito para a morte" ou até mesmo que alguém se importe?

Eu levanto da cama todos os dias, muitas vezes sem querer levantar, e vou trabalhar, e cumpro meu papel social diário. Não estou fugindo da luta, mas estou no piloto automático.

E me sinto tão idiota... Ontem eu ainda tava tão mal de saúde... Estou aprendendo da pior maneira possível o significado de realmente ser sozinha... Aprendi realmente, que não importa quão bem ou quão mal eu esteja, por mim, só existe eu mesma.

E aí no fim da noite, minha mãe vai parar no hospital com a pressão 8x4, anemia e desidratação. Ta tudo desmoronando tão rápido! Não deveria ser assim...

aí fiquei ouvindo "the one the got away" no replay


"Someone said you had your tattoo removed
Saw you downtown
Singing the blues
It's time to face the music
I'm no longer your muse"

Sabe, eu preferia nunca ter acreditado nessa babaquice... Ela cobriu a tatuagem dela, sabe? tudo aquilo foi da boca pra fora, do começo ao fim, da boca pra fora... Eu nunca acreditei em ninguém, nem em mim mesma... Talvez esse tenha sido o erro, mas eu não sou exatamente confiável... Mas eu confiei nela... então, hoje pra mim tudo parece ser mentira.

E se vejo uma luz no final do túnel, só consigo imaginar um trem que venha me dar meu golpe de consolo!


Ânonimo

Já to ficando sem criatividade para dar títulos de postagens para postar pra você.

Acho que seria um pouco esquizofrênico da minha parte postar isso pra você depois de termos ficado de boa e você não ter dito mais nada.

Mas você não é a única Poliana por aí.

O que me irrita é o quadro geral. Não é pra eu mentir que estou bem? Ok! To saindo 3, 4, 5 vezes por semana e enchendo o rabo de cachaça até eu conseguir me enganar o suficiente pra acreditar que estou bem.

Aí você fica com a pessoa na balada e depois? Ela acha que você tem que ser legal? gostar dela? Não quero gostar de ninguém! Quero que o mundo se foda!

Que condições eu tenho de acreditar em qualquer um?

O que a pessoas teria que fazer? Fugir pra se casar comigo? Fazer uma tatuagem com meu nome... OH WAIT!

Isso já aconteceu, e quer saber? FOI TUDO UMA MALDITA MENTIRA!

E eu fui uma otária por ter acredita que aquilo era amor!

Não quero acreditar que ninguém se importa comigo de verdade, PORQUE ISSO É MENTIRA


Posso ser legal com você, e você pode ser legal comigo, e podemos ter um relacionamento de interesses que perdurará enquanto eu te faço bem e você também, e só!

Não tem isso de amor, de querer bem, de ser honesto, isso é balela! Que irritante! Porque as pessoas cisma em exigir de mim o que não tenho pra dar. Eu posso mentir 24h por dia se isso agrada tanto, mas honestamente. Sempre serei isso aí, e a fonte secou, não tenho mais bons sentimentos.

Meu ódio é meu porto-seguro, e isso ninguém vai tirar de mim

Mantendo uma distância segura das pessoas...

Claro que com isso a minha lista de bloqueios vem crescendo vertiginosamente.

Marcamos um sexo casual, quis remarcar porque acho melhor me conhecer melhor? Block!
Começou a me elogiar demais? Block!
Comecei a sentir afeto pela pessoa? Block!
Vi que ela começou a sentir afeto por mim? Block!
Deu palpite de mais da minha vida agindo como quem se importa? Aí eu nem pestanejo! Block!

Estou sem paciência, sem estrutura, sem nada...

Ter um prazer empírico, sair pra beber, curtir, causar, ok... Agora, querer me falar em felicidade? Aí é forçar a amizade? Quer me comer, ok, só não me venha com aquele papo torto da pior mentira do mundo sobre amar, querer bem, cuidar, permanecer...

Mas sabe o que me irrita mais? Sem dúvida essa Polianas de plantão que tem uma vida de merda, mas ainda sim, tem prontinha a receita da felicidade! Mas vá tomar no cu!

Pagar minhas contas ninguém quer, pagar R$ 400,00 de psiquiatra por mais e mais R$ 200,00 para que eu melhore meus problemas psiquiátricos, aí que ninguém quer mesmo! Só querem dar palpites esse bando de fracassado filhos de uma égua! Esse povo que vem querendo subestimar o que eu sinto! ME DEIXA COM A PORRA DA MINHA DOR! Ela é tudo que sobrou dos meus sonhos, dos meus planos, de tudo que eu era! Isso que você insiste tanto para eu jogar fora, é a única coisa que restou de tudo que valeu a pena de inferno que gostam de chamar de vida! ME DEIXA CHORAR PELOS MEUS MORTOS!

Para todos esses, minha vontade é mostrar para eles o que eu sinto, mas não em forma de narrativa, e sim, pegar meus sentimentos de forma palpável, enfiar no cu deles até chegar a intestino delgado, depois arrancar e fazê-los engolir goela abaixo...

"Depois da queda o coice, o selo do castigo, depois de tanto açoite, a dor virou seu vício"

Todo mundo tem a sua cachaça...

Mantenho o que eu disse: tive que me encher de ódio para não me sentir vazia... E mais do que isso, tive que me manter cheia de ódio para ganratir que não houvesse espaço para mais nada, não quero mais nada... só quero ficar sozinha