sábado, 15 de fevereiro de 2014

Algumas Considerações Sobre Arte

Acho engraçado quando as pessoas "do ramo" querem defender que não deve haver nenhum critério para avaliação da arte, dizendo que a arte deve ser simplesmente "fonte de prazer". Concordo que os critérios de avaliação são "subjetivos" (e bem entre aspas), mas mesmo essa subjetividade está dentro de um contexto histórico-geográfico-cultural.

A Arte nem sempre é um processo prazeroso, algumas vezes é bem o contrário, e talvez essa avaliação da arte como prazer e/ou expressão puramente já seja extremamente sintomático da época histórica em que vivemos.

Claro que pensar em conceitos universais para "O Belo" é no mínimo ingênuo, isso quando não vem com boa dose de má fé, mas pensar que qualquer coisa é arte, indiscriminadamente, é a forma mais sutil e inteligente que assassinar qualquer real expressão artística, e como a arte sempre foi um importante mecanismo político e social, creio que essa também seja uma excelente estratégia de silenciamento, afinal, qualquer coisa de valor histórico para nós, ficará soterrada embaixo de tanta prolixidade

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Reflexões de uma alma deformada

Não é nenhuma novidade que eu seja uma suicida em potencial, e nem que eu sei bipolar, psicótica, com vários problemas psicológicos e emocionais... Aliás, eu sou sempre a primeira a dar spoiler de tudo isso para qualquer um que entre na minha vida...

Todos os dias que eu acordo, meu primeiro pensamento é que eu nunca deveria ter nascido, e já que nasci, o melhor que faria seria morrer o mais breve que pudesse, mas sou covarde demais para fazer o que é certo... Creio que se nosso sociedade possuísse o mínimo de bom senso eu já estaria encarcerada há muito tempo, mas já que isso nunca aconteceu, busco eu mesma me encarcerar o máximo que posso, o máximo que a minha covardia permite.

Eu já quase não saio de casa, e nem falo com basicamente ngm sobre as coisas que passam aqui, e há um bom motivo para isso: mesmo uma alma monstruosa ainda sim é uma alma, passível de ser ferida e ainda mais desfigurada. Mas ao mesmo tempo não posso culpar quem vê o óbvio e o enuncia.

Eu só não aguento mais, sei que eventualmente minha dor se tornará maior que a minha covardia. Antes eu achava que era possível algum tipo de mudança, e por isso talvez houvesse algo pelo qual valesse a pena viver, mas eu vivo uma vida completamente vazia e solitária.

Sair eventualmente da caverna, me vestir com máscaras e forjar conversas miméticas baseadas em tudo que já vi não diminui minha solidão.

Para não dizer que não resta nada, talvez reste os instintos básicos de preservação: vontade de comer, dormir e manter minha vida a salvo. Minha existência não passa de bestialidade fantasiada de modos corteses.

Mas eu não aguento mais ter minha ferida exposta, e já que só trago dor e desgraça para absolutamente tudo e todos que se aproximam de mim, está na hora de rever se meu desejo egoísta de permanência vale o preço que obrigo todos a pagar.

Uma história confusa e sem rumo que nunca acrescentou nada a ninguém, talvez tenha que ser finalizada. Talvez desta vez eu consiga ir até o fim... Talvez, esse seja meu adeus