domingo, 30 de junho de 2013

Se eu pudesse voltar no tempo...

Vendos agora as fotos do meu álbum com a Luciana... A gente tava bem... A gente tava feliz... Ela não me dava nada, mas também não me pedia nada... Ela só me pedia para eu ficar de boa, e não consegui...

Eu sou tão idiota... Mas se eu pudesse voltar no tempo... Eu simplesmente teria apagado a foto que ela não gostou em vez de fazer isso um pretexto para uma briga.

Não canse quem te quer bem

Texto simplesmente perfeito pra mim...


"Não canse quem te quer bem. Ah, se conseguíssemos manter sob controle nosso ímpeto de apoquentar. Mas não. Uns mais, outros menos, todos passam do limite na arte de encher os tubos. Ou contando uma história que não acaba nunca, ou pior: contando uma história que não acaba nunca cujos protagonistas ninguém jamais ouviu falar. Deveria ser crime inafiançável ficar contando longos casos sobre gente que não conhecemos e por quem não temos o menor interesse. Se for história de doença, então, cadeira elétrica.
Não canse quem te quer bem. Evite repetir sempre a mesma queixa. Desabafar com amigos, ok. Pedir conselho, ok também, é uma demonstração de carinho e confiança. Agora, ficar anos alugando os ouvidos alheios com as mesmas reclamações, dá licença. Troque o disco. Seus amigos gostam tanto de você, merecem saber que você é capaz de diversificar suas lamúrias.
Não canse quem te quer bem. Garçons foram treinados para te querer bem. Então não peça para trocar todos os ingredientes do risoto que você solicitou – escolha uma pizza e fim.
Seu namorado te quer muito bem. Não o obrigue a esperar pelos 20 vestidos que você vai experimentar antes de sair – pense antes no que vai usar. E discutir a relação, só uma vez por ano, se não houver outra saída.
Sua namorada também te quer muito bem. Não a amole pedindo para ela explicar de onde conhece aquele rapaz que cumprimentou na saída do cinema. Ciúme toda hora, por qualquer bobagem, é esgotante.
Não canse quem te quer bem. Não peça dinheiro emprestado pra quem vai ficar constrangido em negar. Não exija uma dedicatória especial só porque você é parente do autor do livro. E não exagere ao mostrar fotografias. Se o local que você visitou é realmente incrível, mostre três, quatro no máximo. Na verdade, fotografia a gente só mostra pra mãe e para aqueles que também aparecem na foto.
Não canse quem te quer bem. Não faça seus filhos demonstrarem dotes artísticos (cantar, dançar, tocar violão) na frente das visitas. Por amor a eles e pelas visitas.
Implicâncias quase sempre são demonstrações de afeto. Você não implica com quem te esnoba, apenas com quem possui laços fraternos. Se um amigo é barrigudo, será sobre a barriga dele que faremos piada. Se temos uma amiga que sempre chega atrasada, o atraso dela será brindado com sarcasmo. Se nosso filho é cabeludo, “quando é que tu vai cortar esse cabelo, garoto?” será a pergunta que faremos de segunda a domingo. Implicar é uma maneira de confirmar a intimidade. Mas os íntimos poderiam se elogiar, pra variar.
Não canse quem te quer bem. Se não consegue resistir a dar uma chateada, seja mala com pessoas que não te conhecem. Só esses poderão se afastar, cortar o assunto, te dar um chega pra lá. Quem te quer bem vai te ouvir até o fim e ainda vai fazer de conta que está se divertindo. Coitado. Prive-o desse infortúnio. Ele não tem culpa de gostar de você.”
MARTHA MEDEIROS


sexta-feira, 28 de junho de 2013

O Adeus Final

Hoje, saio da vida para entrar no abismo de esquecimento sem fim. Não farei parte da história, nem da humanidade nem da vida de ninguém.

Tive uma vida medíocre, e nem toda minha pretensão de grandeza me salvou disso.

Sempre cogitei suicídio, mas apesar do pesares, a balança sempre tendeu mais para "dar uma nova chance para a vida" do que para "dar um final definitivo", e há muito tempo atrás, e uma dessas especulações suicidas, eu disse que não faria carta de despedida, e uma amiga disse "mas a melhor parte de se matar é poder culpar todo mundo por isso".

Não, a culpa não é diretamente de ninguém. Apesar de tudo, acredito que a seu modo, cada um deu o melhor que pode, inclusive eu. Ninguém se mata por uma namoro que não deu certo, ou por um emprego ruim. As pessoas se matam quando não aguentam mais. E o estopim muitas vezes podem não ter quase nada a ver com a base do problema.

Há tempo uma frase que a Luciana me disse fica martelando na minha cabeça: que ela só teria paz se eu morresse, que ela desejava que eu estivesse morta, porque ninguém sentiria minha falta, e que minhas família e meus amigos seriam muito mais felizes se eu não existisse. Pode parecer cruel, mas para mim, nada mais é do que muito verdadeiro.

Viver pra mim dói, sempre doeu. Nunca foi fácil, mas tentei mesmo assim. Pensei que talvez um dia pudesse superar, pudesse ser alguém melhor. Mas desde que ela me disse isso, eu percebi que minha existência é uma catástrofe não só pra mim, mas para todos ao meu redor. 

E de fato, ninguém vai chorar por mim, ou sentir minha falta. Eu sempre fui, e se continuar vivendo, sempre serei descartável, substituível. E eu prefiro não existir do que existir desta forma. 

Não quero mais ouvir que é minha culpa. Não consigo esquecer tudo que me aconteceu, e nem as pessoas dizendo que é exagero meu sofrer por isso.

Hoje coloco um fim na minha vida. Primeiramente, porque não suporto mais! Porque dói demais. Mas há um outro motivo! Cansei de ter minhas dores sub-valorizadas, meus sentimentos pisoteados. Realmente, pela primeira vez desejo que haja uma vida após a vida, para que eu possa ver vocês simplesmente percebendo que eu não estava mentindo, que eu não estava exagerando. Quero sim, ver todos ali, vendo que nunca mais me verão ou ouvirão minha voz, tendo a consciência de como desdenharam as oportunidades de estar comigo e me fazer bem. 

Mas não me venham com flores, ou elogios. Durante minha vida eu esperei as flores e elogios que nunca vieram! Agora é tarde de más, me dê o pó e depois o nada, que foi o que você me entregaram a vida toda!

Me deixem ter a paz que nunca encontrei. 

Mas se lembrem de mim pela pessoa que tentei ser, e não pela pessoa que nasci fadada a ser. 

Mas agora finalmente, deixarei de ser fadada, para ser, simplesmente, fada!


quarta-feira, 26 de junho de 2013

A espera...

Bem ou mal, de 24 angustiantes horas que faltavam para o meu prazo final, agora só falta 15:30h.

Nada como uma noite de sono, nem que seja uma noite conturbada, atormentada,com sonhos bizarros. Uma noite daquelas que você demora a pegar no sono, pois diversas coisas te afligem...

E agora acordo, com uma maravilhosa chuva, dessa que te dá vontade de ficar debaixo da coberta o dia todo, mas infelizmente, não tenho essa sorte, e não só terei que sair para trabalhar, como não trabalho dentro de uma firma, mas na rua!

Saldo positivo: ficarei tão atormentada tentando não virar ensopado de Camila que talvez o tempo passe mais veloz.

Pelos deuses! Nunca quis tanto na minha vida que alguém me procurasse e mudasse todos os meus planos!

Mas ontem, dando uma editada nos textos antigos, eu vi como eu sempre quis ser impositiva, correr atrás da pessoas e fazer as pazes, e como isso nunca funcionou. Por mais que doa, está na hora de mudar a metodologia...

Angústia

Tenho que acordar cedo para ir trabalhar. Tentei dormir, mas só o que conseguir foi rolar de uma lado para o outro, até que as lembranças me enchessem a tão ponto que começassem a escorrer pelos meus olhos!

Passei aproximadamente 20 minutos lembrando dela, pensando nela, em tudo que vivemos, que sonhamos e o que poderíamos viver.

Tomei minha decisão: se ela não vier falar comigo amanhã, não vou procurá-la para explicar nada antes de partir: nós já partimos, e se não for pra voltarmos a ficar juntas, voltar só para dar um novo "adeus" seria estupidez em todos os sentidos possíveis!

Já está doendo tanto...


Mas tomar essa decisão, me fez visualizar de fato as consequência dessa decisão: eu tenho medo de esquecê-la! Porque não quero esquecer isso que eu sinto hoje! Não quero esquecer a pessoa que era quando ela estava perto, não quero esquecer o beijo, não quero esquecer as risadas, não quero esquecer a felicidade que eu sentia cada vez que eu ia vê-la.

E apesar de ser inevitável que ela siga em frente (e eu também), e por mais que esse pensamento seja absurdo, tenho ciumes "do futuro" dela, provavelmente ela já está me esquecendo, e com tantas pessoas incríveis por ai... E da forma que ela é sensacional... Ela vai conhecer alguém, se apaixonar, ela vai me esquecer... E dói saber! Isso é tão estúpido, mas dói!

Estou chorando aqui, porque em alguns meses, talvez até semanas, ou até mesmo dias, eu serei apenas uma memória, uma história para contar...

As pessoas são tão idiotas, né? Do que adianta sofrer pelo inevitável? Mas talvez o que mais dói nessa história, é que não havia motivos reais para eu ir embora, eu fui por medo... E ela me deixou ir... E agora é tarde demais...

24 horas...

Nunca consegui simplesmente dizer "adeus", as minhas despedidas são em doses homeopáticas:

Falo "adeus" e me afasto um pouco, me reaproximo, falo "adeus" de novo e me afasto de novo, mas desta vez vou mais longe, e assim vou me afastando, até que não volto mais.

E para mim, este se "reaproximar" não necessariamente é voltar a falar com a pessoa. Por exemplo, agora, eu me afastei da Luh, mas não consegui ficar 100% longe, então criei uma forma de simular que estou falando com ela, pois sinto falta dela me ouvir, escrevo e reflito sobre nós, crio contos, poemas...

Mas se eu continuar indefinidamente com isso, me manterei indefinidamente vinculada a ela.

Por isso eu meio que já tinha definido um prazo, mas hoje, nem fui trabalhar, e passei o dia refletindo, e defini que é isso mesmo: ela tem 24h para me procurar. Já estamos há 5 dias completos sem nos falar, se completar o sexto dia, significa que não tem mais volta, ela aprendeu a seguir bem sem mim, e eu tenho que aprender a seguir bem sem ela.

Isso não significa que se ela não reaparecer eu vá esquecê-la no momento seguinte, mas me esforçarei para que isso aconteça, porque até então, estou me esforçando para manter, por algum motivo masoquista, ou pela esperança que ela volta, e se voltar, não quero que ela encontre "nada desarrumado", quero que ela volte e veja que o lugar dela está intacto, mas se até amanhã ela não retornar, será hora de aceitar que ela não voltará mais, então... É melhor não manter nada intacto, ou isso manterá acesa esperanças indevidas...

Mas seja como for, 24h é muito tempo... Para o bem e para o mal... Será uma longa espera...

Minha única dúvida é: caso ela não reapareça (o que é muito provável, sejamos sinceros), se devo ou não procurá-la para explicar como me senti e a decisão que tomei, ou se devo simplesmente aproveitar que já dissemos "adeus" e simplesmente ir embora de verdade...



 


terça-feira, 25 de junho de 2013

Ariano é tudo igual...

Aí uma amiga me chama inbox para desabafar que brigou com o namorado, e como sugere o título, ela é ariana...

Segue a narrativa:

"mandei msg dizendo que estava extremamente decepcionada sempre fiz isso com outros namorados. HEAOUIHEAUSA aê ele ligou desesperado aê eu comecei a falar: você ainda pergunta? Nossa XXXXX...não acredito, confiei em você... Aê dei risada e falei: não é nada. ele desligou na minha cara"


Arianos são todos iguais! hsauhsauahauhsauhsas Quando tudo está bem, tem que fingir que tem algum problema só pra brigar! hsausahuashaushsauashuashasuahsuashasuhasuas




Conto: O Mistério é não haver Mistério algum

Se você vive nesse planeta, com certeza foi bombardeado por um monte de mentiras desde que você se entende por gente! Tudo começou nos contos de fadas que sua mãe te contava antes de dormir, passou pelos desenhos animados que você assistiu, continuou nos filmes, novelas, livros, romances, relatos inverossímeis...

As pessoas são programadas não só para acharem que o amor romântico deve ser o centro de suas vidas, mas também para acreditarem que quando "a pessoa certa" chegar tudo vai ser uma sucessão de passes de mágica!

Basicamente, temos o pensamento simplista de que quando encontrarmos nossa alma gêmea, sinos misteriosos vão tocar, tudo vai se encaixar, e haverá necessariamente alguém tentando destruir esse amor (todo conto de fada precisa de uma bruxa má, toda novela precisa de um vilão, etc, etc, etc), como se as pessoas fossem realmente tão sem vida, que elas não passam de personagens secundários neste espetáculo chamado "Vida" e que única e exclusivamente você é o protagonista.

Pois bem, meu bem! Sinto informar, mas mentira para você! O mundo não gira ao redor do seu umbigo, e você que se acha tão protagonista, deve ser visto como árvore de fundo por mundo gente! Pensou que eu ia falar vilão? Mas que mania que se achar importante!

Mas apesar de este mundo com quase 7 bilhões e meio de pessoas não girar em torno de ninguém especificamente, todos somos especiais na vida de meia dúzia de gatos pingados. E talvez o que haja de mais maravilhoso nesta vida, é que as coisas podem simplesmente mudar, e o mais incrível: nunca sabemos quando, como nem porquê...

E Natália era uma garota qualquer, única a seu modo, mas não singular a ponto de ter alguma relevância mundial. Era só uma pessoa comum, com defeitos comuns, qualidades comuns, e com a decepção mais comum de todas: àquela causa pelos males do amor!

Ahhhh, o amor! Esse bicho ingrato! Essa coisa sem explicação que nunca conseguimos entender! Que tentamos agarrar entre os dedos, mas sempre nos escapa. E ela, revoltadíssima com isso, não queria mais saber do amor!

Mas existe algo fantástico na atualidade, talvez algo tão fantástico quanto o amor: a internet! Esse poderoso mecanismo que tem movido o mundo, que nos permite através de nossa caixinha mágica, trancado em nossos mundinhos, termos contato com qualquer pessoa de qualquer lugar do mundo.

E nunca dessas andanças por esse mundo virtual, Natália esbarro em Fernanda, alguém que dificilmente ela conheceria numa situação pré-internet.

Fernanda morada há muitos e muitos quilômetros de distância, mas isso não impediu que as duas tivessem muito em comum! Não impediu que compartilhassem da mesma carência, do mesmo ardor, do mesmo tesão, não impediu que uma fosse justamente o que a outra desejava.

E num impulso louco e desenfreado, como todo bom impulso deve ser, Natália fez as malas e viajou todos os quilômetros que foram preciso para conhecer àquela que tinha lhe tirado o sono das últimas madrugadas.

Não! Nenhum sino tocou, a natureza não parou por um instante, os planetas não se alinharam! Nada disso! Fernanda estava tímida, Natália em pânico, ainda sem entender bem o que estava fazendo ali no interior do estado com um completa desconhecida.

A conversa não fluiu bem logo de cara. E o primeiro beijo, roubado por Fernanda, não se encaixou perfeitamente: os dentes delas bateram um nos outros...

Mas os beijos, assim como a conversa foram se encaixando, se tornando mais agradáveis. O sexo quase em seguida também foi mera consequência daquele tesão louco que elas sentiam. E não foi logo na primeira vez uma experiência mistica e sublime.

Mas o sublime daquilo era como apesar de tudo não ser perfeito, como ainda sim elas tinham vontade de ficar juntas, e tentar de novo, e fazer novamente.

E agora que elas não estão mais juntas, tentam convencer Natália a deixar para lá, afinal, se não deu certo logo de cara, é porque não era "a pessoa certa", mas o pouco tempo que passou com Fernanda foi o bastante para ela descobrir que não existe "a pessoa certa", só pessoas teimosas demais para desistirem, e que contra tudo e contra tudo persistem até que o errado fique certo.

Sobre aquele sorriso e sobre o indefinido

Tento largar de ser louca a obcecada e simplesmente deixar pra lá, mas aí, quando menos percebo lá estou eu olhando as fotos dela novamente. E o sorriso é o que mais gosto.

Foi o sorriso dela que me cativou desde o começo, a principio por fotos que me fizeram cruzar o estado em 200 km para poder vê-la, e depois pessoalmente aquele riso fácil, quase infantil, mas que me alegrava, trazia paz.

Quando penso nela, a primeira coisa que vem na minha mente era a forma peculiar de sorrir...

Talvez ela seja um pouco estilo Monalisa, com um sorriso que esconde mistérios, porque apesar dela ser uma pessoa muito transparente, ela sempre me foi indecifrável, impenetrável (não literalmente [eu preciso parar de cortar com putaria pensamentos profundos]).

A Luciana sempre foi uma grande indefinição, ou uma definição sem rótulos, e acho que sou restrita demais, porque fico perdida sem esses rótulos. Ela agia como minha namorada a maior parte do tempo, mas se negava ferrenhamente a dar qualquer título, e isso já seria o suficiente para me deixar insegura, mas pior ainda quando sem saber que falava comigo ela fala coisas tão cruéis ao meu respeito... Eu e minha incapacidade de esquecer! Queria simplesmente apagar isso da minha memória, porque honestamente, não se trata de mágoas, até porque, o que sinto positivamente por ela, é muito maior e superior que qualquer coisa negativa que por ventura eu tenha sentido em algum momento.

Aí agora adiciono um fake no meu perfil, e apesar de conhecer as ideias desta pessoa x, esbarro no mesmo poço de indefinições, mas como a paixão é algo fora de questão desta vez, consigo analisar a questão com um outro senso crítico.

Eu não sei o nome dela (isso se de fato for um "ela" [aliás, essas questões de gênero são tão frágeis, quem pode de fato definir as fronteiras]), não sei como é seu rosto, não sei onde ela mora, idade, nada! Tudo que sei (ou supostamente sei), é que ela canceriana, mora no nordeste do país, e diz ser uma sereia! (mas quanta ironia!), e gosta de desenhar.

Essa obsessão que algumas pessoas tem pelo indefinido me enervam, mas me enerva também essa obsessão que eu tenho pela definição, definir é recortar, e com isso matar todas as outras possibilidades.

Hoje eu percebo a ironia: eu queria tanto que ela se definisse como minha namora, que na impossibilidade de se cumprir o meu desejo, eu o realizei de forma diametralmente oposta definindo ela como minha não-namorada, riscando ela para fora da minha vida!

Claro que esse não foi o único motivo, mas sempre restará a dúvida: se eu fosse mais tolerante com essa indefinição dela, se eu não exigisse tanto que as coisas acontecessem no meu tempo, mas respeitasse o tempo dela, será que todos esses conflitos teriam existido? Se não tivessem existido, será que haveria a necessidade de eu me distanciar por medo de machucá-la?

Então heis que este ser indefinido que indefinidamente agora faz parte da minha vida me diz:

- ambas seguem a mesma direção, se for assim
- como assim?
- você por buscar definição ainda vive o indefinido, e ela por viver o indefinido, busca definição

Foi o que eu disse: eu sou o oposto da Luciana, mas o oposto nada mais é do que o mesmo lado de uma mesma moeda, não somos incongruentes, pelo contrário, muitas vezes encontrei nela aquilo que faltava em mim... Só queria ter conseguido fazer isso de uma forma que não tivesse machucado ninguém...

Sobre Estupros

Vamos lá, desenhando para os mais lerdos:

Estupro é sexo sem consentimento de uma das partes. Não importa se foi cometido por um homem contra uma mulher, por um homem contra um homem, por uma mulher contra uma mulher, ou por uma mulher contra um homem.

Homens também estupram homens, e mulheres também estupram. Mas vamos colocar as coisas em suas determinadas dimensões: é ESMAGADORAMENTE MAIOR o número de homens que estupram mulheres. E isso é fruto de uma sociedade machista. E o machismo é tão grande, que se uma mulher faz sexo sem consentimento com um homem, provavelmente ele nunca irá denunciar para não ser chamado de "Mulherzinha" e "bichinha", porque claro, além de sermos uma sociedade patriarcal e machista, somos também homofóbicos.

TODOS tem direito a dizer não.

Obrigada pela atenção.

Meu refúgio

Eu definitivamente sou uma megalomaníaca, e sem duvida, aquilo que eu sou mais exagerada são as palavras, não porque eu diga exageros (eu sinto intensamente, e simplesmente descrevo o que sinto), mas sou hiperbólica na quantidade.

Acredito que aquilo que eu mais preze numa potencial namorada, ou numa potencial amizade, é a capacidade da pessoa ser uma boa ouvinte, e com boa ouvinte não quero dizer alguém que receba tudo passivamente. Quero dizer alguém que não só aguente essa inundações de palavras, conceitos, pensamentos e vertigens que eu tenho diariamente, mas que consiga processar isso e ponderar sobre, até mesmo bater de frente e me dizer descaradamente o como eu estou errada.

E a Luciana era uma ótima ouvinte, uma das melhores que já conheci, ela realmente batia de frente comigo quando achava que eu estava errada, e eu amava isso nela. E sinto muita falta das nossas conversas, de contar como foi meu dia, contar meus pensamentos, minhas loucuras, nem que fosse para ouvir de volta um "e qual a relevância disso?" (ela sabia ser cruel, mas essa crueldade me ajudou muito a amadurecer... A repensar muitas coisas, eu estava muito acomodada...)

Mas eu jurei que nunca mais a procuraria, e estou tentando algo meio louco: cumprir as coisas que falo! Olha que doido isso! hahaha

Confesso que adoraria que ela me stalkeasse um pouquinho, e pelo menos soubesse o como eu sinto falta dela, já que não posso chegar e falar diretamente, mas ela não vai fazer isso, primeiramente porque ela não é dessas, e também porque provavelmente ela já esqueceu... Como ela mesma disse o que ela sentiu por mim foi um "amor de pica" (ironicamente, sem pica).

Na véspera de São João fiz a brincadeira do copo, que me disse que não só voltaria com ela, como ficaríamos junta por 63 anos!!! Claro que não acredito nessas coisas, mas queira ou não, quem está na chuva é para me molhar, e quem faz um brincadeira dessas é porque quer saber uma resposta e irá pensar sobre o que foi "respondido"... Confesso que fiquei encantada e abismada com a ideia.

Apesar de eu sempre jurar "amor eterno", nunca pensei realmente e passar a vida com alguém, o máximo que eu imaginava de um relacionamento seria uns 5 anos no máximo! E olha que se eu conseguisse comemorar um ano junto com alguém, eu já me consideraria uma "vencedora", por olha... Pra alguém me aguentar por um ano inteiro só muito amor...

Com a Luh mesmo, parece que foi tanto tempo e na verdade foram só 2 meses! Aí estava conversando com uma colega no face, e ela disse que ficou junto com uma namorada por 14 anos! QUATORZE ANOS, GENTE! Acho que jamais ficaria tanto tempo assim com ninguém...

Eu tenho vivido 24 anos e rotatividade total e já estou completamente enjoada... Sim, eu sinto falta da Luciana, mas tenho medo de ela volte a falar comigo, e que essa brincadeira tenha um fundo de verdade e eu passe minha vida toda ao lado dela...

Eu digo que tenho medo da solidão, mas cada vez mais percebo que é mentira, eu vejo que tenho mesmo é medo de amar alguém de verdade e me entregar completamente. Por isso me forço tanto a ter relacionamentos intensos e fugazes... Talvez meu maior medo seja que alguém venha para ficar...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mas até a minha solidão está na dela...

Tive minha primeira namorada aos meus 17 anos, e depois de poucos meses, terminei o namoro porque já estava afim de outra, e basicamente emendei uma coisa na outra.

Dois anos depois tive a minha segunda namorada, a Bia, e apesar de ter ficado com ela menos de 2 meses, perto do fim eu já estava bem enjoada, e menos de uma semana depois do término já estava eu gandaiando com outras.

Com a Denise, bem nem esperei o fim, afinal o nosso fim foi o fato de eu ter me envolvido com a Ana, foras minhas pegadas de baladas.

Com a Paty nem comento... Terminei meu casamente porque já estava namorando a Aline.

E a Aline, essa tomou chifre tadinha.

E com o requinte de crueldade de eu jamais ter escondido nada das minhas namoradas. Nunca "traí" nenhuma delas, elas aceitavam e se sujeitavam a isso, e para mim era tudo um grande jogo de egos. Mas eu não abria mão desses relacionamentos abertos, pois uma semana junto de alguém era o suficiente para eu me enjoar de estar só com a pessoa e querer novas aventuras.

E agora me sinto uma idiota, porque provavelmente a Luciana nem lembra mais que eu existo e aqui estou eu só conseguindo pensar nela...

Eu preciso parar de ser tão intensa! Fiquei com ela só 2 meses, e pareceu que foi tanto tempo... Eu sou uma idiota a maior parte do tempo. 

Agora olhando de fora entendo o que ela queria dizer. Eu tenho que aprender a ir com calma. Ninguém ama ninguém em tão pouco tempo, ela está certa... Ela estava certa sobre quase tudo, mas era encantador como ela só conseguia dizer as coisas da pior forma possível.

Sinto falta dela... Muita falta, mas estou tentando ser decente pela primeira vez na vida, e não perseguir nem stalkear ela... Sou uma pessoa muito difícil, MUITO difícil, e não vale a pena o risco de machucá-la. Eu jamais me perdoaria.

E assim estou eu, vivendo uma dia de cada vez... Uma hora para de doer...


Um conto de Fadas e Sereias

Provavelmente a forma correta de começar este conto seria "Era uma vez uma fada e uma sereia que se apaixonaram sem perceber o como essa ideia era estúpida...", mas seria um péssimo começo por vários motivos.

O principal motivo é que temos uma ideia muito errado sobre fadas e sereias, não acredite em tudo que os contos de fadas convencionais falam para você, embora cada um diga uma coisa. Já ouvi que sereias não têm alma, e ouvi também que fadas só conseguem ter um sentimento por vez... É tudo mentira.

As fadas são filhas do ar, as sereias são filhas da água, os seres humanos são filhos da terra, e as salamandras filhas do fogo.

Se formos simplificar: terra é a matéria, ar é o pensamento, águas as emoções e fogo do espírito.

Mas talvez, o que tenha unido aquelas criaturas tão distantes, foi o fato delas serem tão diferente daquilo que deveriam ser...

Elas eram opostas, mas a oposição nada mais é do que o outro lado de uma mesma moeda. O oposto da claridade é a escuridão e não o silêncio. Por isso mesmo tão opostas elas se entendiam, se completavam. Uma achava na outra aquilo que faltava em si. E não me venham com essa que somos completos! Como posso explicar? Uma peça de um quebra-cabeça é um ser completo em si, mas ela só ganha sentido e dimensão combinando-se e completando-se com outras peças.

Mas do que adianta tantas explicações? Vamos aos fatos:

Era uma vez uma fada, que ao contrário das suas companheiras não tinha nenhuma resposta, mas muitas perguntas. E enquanto todas as outras ficavam festejam e compartilhando todas as suas certezas sobre a vida e sobre o mundo, ela queria saber o que havia além daquele círculo estreito em que as fadas viviam. E apesar de a vida toda tentarem tirar isso de sua cabeça, um dia a jovem fada saiu pelo mundo atrás de respostas. Ninguém percebeu sua ausência, pois todas estavam preocupadas demais com suas próprias certezas.

Ela voou, voou e voou, e por mais que buscasse, não encontrou resposta alguma, só mais perguntas. E ela se sentia muito angustiada, como se não pertencesse a lugar algum, como se fosse completamente sozinha no mundo. Cansada daquela vida sem sentido, decidiu que daria um fim a sua existência, que já havia se tornado um fardo.

E voando, meio cabisbaixa, como se carregasse o peso do mundo em suas costas, ela avistou um rio e pensou "pois bem, é ali que darei fim a minha vida".

Ficou sobrevoando aquelas águas calmas e límpidas, sabia qual seria o fim daquela história, mas não tinha pressa, e enquanto pensava em como faria acontecer sua vontade, aproximou seu rosto da água e viu seu reflexo, a muito tempo ela não se enxergava. Mas ela estava parada e o reflexo começou a se mover em direção a superfície! E foi com grande espanto que ela viu aquilo que parecia ser meramente um reflexo seu ganhar vida própria e brotar da água dizendo "oi!".

A fada recuou assustada, mas a sereia com seu jeito brincalhão, sorriu espoleta e tentou puxar assunto:

- Você é um tipo diferente de vaga-lume?
- Não! Eu sou uma fada! - disse que pequena alada mau-humorada
- Ual! Pensei que vocês não passavam de histórias para as crianças!
- E que tipo de peixe estranho é você?
- Não sou um peixe, sou uma sereia!
- Também não sabia que vocês existiam! E olha que já voei muito por ai!
- É porque as sereias nunca vem até a superfície. Mas eu sou tão encantada com as coisas aqui de cima, que sempre dou um jeito de vir...
- E nós fadas nunca saímos do nosso reino, eu fui embora porque procurava respostas...
- E você achou alguma?
- Não... Só mais perguntas... Não vejo sentido na minha vida. Minhas irmãs se divertem com festas e suas certezas absolutas, já eu não consigo encontrar nada que me satisfaça, nenhum lugar ao qual eu pertença!
- Eu também me sentia assim...
- E o que você fez?
- Você vai achar idiota... Você que viajou o mundo todo, e tem perguntas tão maiores...
- Conte mesmo assim...
- Eu aprendi a me amar... E apesar de ninguém entender ou aprovar eu sempre subir para a superfície, eu faço, porque isso me faz bem... Você deveria procurar aquilo que te traz paz...
- Eu nunca consegui achar essa paz...
- Você disse que iria por um fim a sua vida, certo?
- Sim...
- Então você não deve estar com muita pressa para um outro compromisso, certo?
- Sim...
- Então sente-se comigo - e a seria eu dizer isso, sentou numa pedra na beira do rio
- Eu sou uma criatura do ar... Nunca sentei em pedras!
- E eu sou uma criatura da água! E onde mais conseguiríamos nos encontrar?  - e ao dizer isso riu novamente daquela risada gostosa...

E assim todos os dias as fadas descia dos céus, e a sereia subia da profundezas das águas para se encontrarem naquela pedra... E lá elas falavam sobre tudo, ou riam de bobagem, ou simplesmente nada diziam, uma simplesmente existindo ao lado da outra, mas nunca a existência era tão doce como nesses momentos.

O que pouca gente comenta, é que tanto fadas como sereias tem o corpo muito frio, faz parte de sua própria natureza, mas aqueles encontros foi criando uma chama dentro delas... Algo que foi se irradiando, e tornava seus corpos ardentes, flamejantes, um fogo invisível, mas que faria inveja a qualquer salamandra!

E elas desejam a cada dia mais aqueles encontros, e tudo que eles traziam, mas tinha medo, muito medo... Era elas contra o mundo e sentindo algo que não sabiam explicar ou compreender.

Então um belo dia, entre um encontro e outro a fada pensou sobre seu passado, sobre o presente e sobre o futuro... Ela e sua bela sereia jamais teriam um futuro juntas, então para que prolongar aqueles encontros? Ela tinha medo de machucar a seria, pois nada no mundo lhe era mais precioso. Então aquele dia ela não apareceu, se escondeu atrás de um árvore, e viu surgir a sereia ansiosa para lhe ver, e viu a ansiedade se transformando em decepção e depois em tristeza...

Então, todos os dias a sereia subia para a superfície no mesmo horário esperando por sua fada, e a fada todos os dias se escondia para admirar sua amada surgindo das profundezas do rio. E era cega ao fato que em sua ânsia de não machucá-la, acabava machucando...

Depois de algum tempo a sereia deixou de aparecer, mas a fada continuava a esperá-la ansiosamente. Porém, com aquela ausência completa, ela perdeu novamente aquela chama que fazia ela ter vontade de se manter viva... Ela foi se esquecendo de quem ela era, e de quem poderia ser...

Sentou-se então na pedra em que costumava se encontrar com a sua sereia, amarrou um peso prendendo suas pernas e se jogou no rio. Por ser uma criatura do ar, não precisou de muito tempo para ser sufocada pela água e perdeu a consciência. Era o fim.

Sua consciência foi voltando aos poucos, com a vista embaçada, precisou piscar algumas vezes para tentar enxergar o cenário e compreender o que estava acontecendo: ela estava encharcada, novamente deitada na pedra com a sereia ao seu lado, passando a mão em seus cabelos...

- Não foi jutos você me deixar... Não me permitir escolher o que era melhor para mim... Mas seria mais injusto ainda você me roubar você para sempre!
- Você não entende...
- Não! Você que nunca entende nada! Eu não sou uma fada e eu nunca vou poder voar com você! Mas todos os dias eu vinha para a superfície te encontrar! Porque você não pode me aceitar como eu sou? Aceitar a minha natureza?
- Me desculpa...
- Sei que não é fácil para você, mas também não é para mim... Entendo que você quisesse alguém para voar o mundo todo com você, e eu queria alguém para nadar comigo... Se você encontrasse uma fada vocês poderiam voar pelo mundo todo juntas, e se eu encontrasse uma sereia poderíamos juntas explorar os 7 mares... Mas enquanto formos eu e você, estaremos sempre presas a essa pedra...
- Por isso eu fui embora... Eu queria te deixar livre...
- É isso que você não entende! Se é nessa pedra que posso estar com você, então é ela que será meu lar! Prisão é me obrigar a ficar longe de você... E eu só vou embora se você disser que não me quer mais!
- Eu viajei o mundo todo, vi coisas que você nem acreditaria, e de todas as belezas e riquezas dentes mundo, para mim, não há nada mais belo e mais precioso que você. Não há nada que eu deseje mais...
- Então você fica?
- Fico mais um dia...
- E depois?
- Eu fico mais um dia novamente!

E elas sorriram, mais nada precisava ser dito, pois desta forma elas descobriram que quando se ama, uma pedra pode ser maior que o mundo todo.




domingo, 23 de junho de 2013

Não consigo pensar num bom título

Ok... Ok... Estou arrasada, tenho passado os últimos tentando tentando fingir que não ligo, que não me importo, que não dói. Tentando racionalizar e ter uma visão crítica, buscando um passado distante, como pretexto para justificar um ciclo de repetições que invalidariam qualquer sofrimento que eu tivesse agora.

Mas agora meus olhos são represas que se romperam e me desatei a chorar, mas também, o que eu queria? Decidi ouvir as músicas que me lembram dela... Fui ouvir "Anunciação", eu disse pra ele que essa música sempre lembraria aquele momento...

Ela me adicionou no face dia 19/04, dia 21/04 e 22/04 começamos a conversar efetivamente, e dia dia 23/04 eu disse que ia pra lá, que precisava vê-la, era loucura, mas eu precisava. Dia 25/04 lá estava eu... E um pouco antes de eu partir ela me mandou essa música, que ouvi repetidas vezes na viagem... Marcado por aquele "tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais", em um tom de urgência que me fizeram ter ainda mais urgência em chegar a ela...

Sinto falta dessa urgência que ela tinha em me ver, da urgência que ela teve em me beijar, ou em fazer amor comigo (ahhh que brega)... Mas eu sinto falta... E confesso que fui muito iludida em achar que ela continuaria com essa mesma urgência em me ter... Mas a minha por ela só foi aumentado... Essa vontade de estar perto... A gente se falava todos os dias, e sinto falta disso, de saber como foi o dia dela e contar como foi o meu... Mas sinto falta de todo esse "lance de pele", o cheiro, do beijo, do gosto...

Mas nada disso existe mais... Só resta a lembrança de uma loucura... Pelo menos a última vez que nos vimos foi perfeito! Mais que perfeito! Foi um dos melhores dias da minha vida... Mas foi melhor assim... Principalmente melhor para ela... Não sou uma boa pessoa, não posso fazer ninguém feliz, nem a mim mesma... Na minha boa intensão eu destruo tudo que me rodeia...

Sentirei saudades... Claro que sentirei... Mas... Ela merece coisa melhor... Muito melhor...

Talvez eu só precise chorar um pouco mais... Talvez eu precise aprender a nunca mais amar, para nunca mais ter que dizer "adeus"...

sábado, 22 de junho de 2013

Àqueles que foram embora

Segundo meu horóscopo personalizado, isso é tudo culpa da lua em quadratura com minha vênus natal... Se é verdade eu não sei, mas é sempre bom ter uma desculpa para justificar aquilo que não conseguimos mudar...

estou sofrendo de uma terrível nostalgia... Bem no "estilo paralamas"

"eu hoje joguei tanta coisa fora, eu vi o meu passado passar por mim, cartas e fotografias, gente que foi embora, e a casa fica bem melhor assim. o Céu de Ícaro tem mais poesia que o de Galileu, e lendo os teus bilhetes eu penso no que fiz, querendo ver o mais distante sem saber voar, desprezando as asas que você me deu..."

Aliás, a Denise sempre pedia para eu cantar essa música pra ela, ela dizia que na minha voz ficava mais bonita do que a original... O amor deixa a gente cego e surdo... Mas eu cantava melhor naquela época, hoje quase nem tenho voz, fodi minha garganta de tanto que fumei, bebi e berrei por aí...

Fodi minha vida toda... Todo mundo seguiu em frente, e hoje, ao contrário do que sonhei minha vida toda, não tenho ninguém para cantar minhas canções de amor (ou sobre gatos ou peitos)... Todo mundo foi embora, com todo o direito de ir, com todo meu aval...

De tudo que planejei para minha vida, nada se realizou, nem o que imaginei nos meus planos mais sinistros, como ter uma doença terminal, ou virar uma mendiga decadente, uma serial killer, ou mesmo uma louca trancada num hospício...

Vivo uma vida sem glória, sem exceções... Não tenho nada de especial.. Nem para o bem, nem para o mal... Mas também não consegui ter uma vida boa "Normal", não consegui simplesmente conhecer alguém legal, deixar as coisas acontecerem, construir uma família, ter um emprego bacana...

Minha vida tem seguido aos trancos e barrancos... E me sinto sozinha, talvez mais sozinha do que nunca me senti, mas antes eu fazia mais escândalo... Acho que me conformei, e não só com a solidão, mas com tudo... Com uma vida medíocre e sem perspectiva...

Eu não acho que exista mais um "recomeço" pra mim, pois como disse em uma postagem anterior, minha vida foi basicamente composta de recomeços, então o único recomeço possível, seria não recomeçar nada e seguir em frente... Mas tenho uma vida em cacos, sonhos despedaçados, relacionamentos destruídos... Não tenho nada para dar continuidade.... Então só me basta seguir em frente com meus recomeços, sem jamais recomeçar seguindo em frente...

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Quem sou eu?

Acho que me faço essa pergunta desde que me conheço por gente, e sempre que imagino que estou perto de achar uma resposta, percebo que já mudei, que não só as respostas mudaram, mas as próprias perguntas também.

Para essas indagações existenciais, ainda não encontrei síntese melhor que a música "Anacrônico", da cantora Pitty:

"É claro que somos as mesmas pessoas, mas pare e perceba como o seu dia a dia mudou. Mudaram os horários, hábitos, lugares, inclusive as pessoas ao redor. São outros rostos, outras vozes interagindo e modificando você. E aí surgem novos valores, vindo de outras vontades, alguns caindo por terra, pra outros poderem crescer..."

Essa recente ondas de protestos me fez lembra muito a mim mesma no meu "despertar" político, claro que um primeiro estalo é importante, mas o verdadeiro despertar é fruto de muita reflexão, e traz muitos mais dúvidas que certezas... Ou será que o problema sou eu?

Seja como for, na minha última e derradeira conversa com a Luciana, falamos sobre como as pessoas tentam montar uma auto-imagem enganadora para atrair o outro. Talvez não propositalmente enganadora, mas a intensão não muda o fato.

Não tenho todas as respostas sobre quem sou eu, mas começo a aceitar algumas verdades:

Eu sou uma vendedora... Não, não vou dizer que sou "astróloga" porque fiz um mapa astral, ou "dj", porque juntei umas 50 músicas no pendrive e coloquei para tocar na festa de família aqui de casa, nem vou dizer que sou fotografa porque compre uma máquina com lente boa e bato fotos pessoais, e nem vou dizer que sou desenhista, só porque tenho um ou dois rabiscos. Eu não tenho uma profissão ou carreira cool, e não vou fingir que tenho dizendo "na verdade, eu sou xxxx, mas no momento estou trabalhando com vendas", é isso aí, eu sou vendedora, não tenho uma vida glamurosa só um emprego comum.

Sou fumante. Chega de dizer que posso parar quando quiser. Estou tentando parar há anos, e não consigo, diminuo, paro por um tempo, volto, só vou ficar feliz quando morrer de câncer! É um vício, é horrível, mas chega de dizer que não sou fumante, que fumo socialmente, eu sou uma viciada, quero me recuperar, mas é difícil, porque na área comercial quase todo mundo fuma, e quando você já tem um vício, é difícil se desvincular com todo mundo te empurrando na direção contrária.

Eu sou bipolar. E bipolar mesmo! Eu devia fazer acompanhamento psiquiátrico, mas no momento não tenho dinheiro, e não venham me falar de SUS. Infelizmente, a saúde pública no nosso país está longe de ser minimamente aceitável, e transtornos psiquiátricos são coisa séria. A minha euforia me faz ter uma falsa sensação de "super poderes" e faço coisas incríveis que me prejudicam demais, e minhas fases depressivas são longas, contantes, e terríveis. Eu tenho uma péssima auto-imagem, crises de pânico constantes, desejo de suicídio, eu tenho pena de mim mesma, eu choro por besteira, tenho desejos de auto-mutilação, tenho acessos de raiva, crises de estresse que me gerar uma terrível gastrite nervosa, comportamento agressivo e inconstante. Lidar comigo é quase insuportável.

Eu tenho muitos "falsos progressos", parece que eu melhorei, evoluí, amadureci, mas na verdade, são só fases de euforia. Acredito que desde os meus 7 anos de idade, eu tive pouco ou nenhum progresso efetivo em qualquer setor da minha vida.

Sou extremamente ansiosa. Eu falo rápido e alto, eu digito rápido e não releio o que digito, e estão eu falo e escrevo errado, mesmo sabendo a forma correta. Eu tento controlar minha ansiedade, mas é muito difícil. Tomo decisões impensadas, e minha ansiedade colabora para a minha inconstância, pois nunca avalio bem a situação antes de tomar uma decisão, então estou constantemente arrependida, inclusive arrependida por me arrepender e voltar atrás.

Sou desorganizada, chego a ser porca. Eu alego falta de tempo, falta de ânimo, mas na verdade é falta de zelo.

Nunca termino nada que começo. Isso é terrível, eu vivo uma vida pela metade, incapaz de concluir até ações simples do dia a dia, incapaz de cumprir promessas que faço para mim mesma, mesmo promessas do tipo "farei isso por 3 dias"... Não importa se for por um ano ou um minuto, eu sou incapaz de concluir qualquer coisa. Até hoje não sei como me formei no colegial (vontade de desistir não me faltou).

Sou carente, grudenta, e isso num nível que chega a ser doentio. Sou controladora, ciumenta e possessiva.

Deve ser por isso que crio uma falsa auto-imagem, creio que se eu mostrasse quem sou, ninguém nem ao menos chegaria perto. E quem chega, vai embora, não muito tempo depois.

Algumas pessoas são boas, outras não.

Recomeços e Continuidades

Acredito que um dos meus maiores problemas seja a minha obsessão por recomeços.

Se astrologia funciona mesmo, junte meu Sol em Áries que me faz impulsiva e compulsiva por coisas novas, com a minha Lua em Virgem excessivamente crítica que não aceita erros.

Sinto que minha vida é um eterno rascunho sendo passado a limpo. Não que isso seja 100% bom ou 100% ruim. A minha progressão nem está sendo linear, nem circular, mas uma espiral ascendente, ou seja, eu fico repetindo os mesmo ciclos, mantendo sempre em mente o aprendizado anterior, para tirar o máximo da nova experiência.

Mas me falta continuidade. Não consigo lidar bem com meus próprios erros, nem com os erros de outrem. Quando eu considera que algo está perdido enquanto obra prima, eu transformo aquilo num grande esboço para testar meus aprendizados, conhecimentos e teorias.

Claro que tudo que eu vivo vale como experiência em si, mas meu foco está sempre numa experiência futura, ou seria melhor dizer: um experimento futuro?

Me acho muito cruel algumas vezes. Quase sempre, pra falar a verdade.

Obviamente me pergunto com muita frequência se algum dia eu sairei dos recomeços e entrarei nas continuidades.

Já perdi as contas de quantos projetos, propostas, negócios, namoros, amizades, empregos, etc deixei pela metade. Quando eu considero que algum erro é imperdoável, eu aneio por um novo começo, por uma folha em branco... Mas eu sempre cometo erros imperdoáveis...

Gradativamente eu estou tendo alguns progressos, ou então, estou me iludindo com essa ideia para me sentir melhor comigo mesma. Mas se tem algo que sempre me pergunto, esse algo é "quais são os parâmetros para dizer que uma pessoa é melhor que a outra, ou que até mesmo o meu eu de hoje é melhor do que meu eu de ontem?"

A vida é um constante perde-ganha. Acho que simplesmente mudamos, e querer qualificar isso, é só uma forma que encontramos para aceitar as mudanças inevitáveis da vida. Por que quem me garante que isso que considero uma melhora, não será, na verdade, minha derrocada?

sábado, 15 de junho de 2013

E eu?

Sabe quando você está tão perdido que nem sabe por onde começar? Pois bem, esta sou eu agora nessa postagem...

Nos últimos tempos, as pessoas têm afirmado ostensivamente o quanto eu mudei, melhorei... E eu mesma tinha esta auto-avaliação, mas andei repensando recentemente, e cheguei a conclusão que "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento".

É como se eu fosse uma casa caindo aos pedaços, com os alicerces podres e como solução, eu passei uma demão de tinta na parede. Eu não resolvi meus problemas emocionais, psicológicos ou comportamentais, eu só maquiei eles.

Eu vejo todo mundo ao meu redor seguindo a vida, e eu? Todos os dias eu me pergunto repetidamente, e não encontro uma resposta definitiva. Parece que aqui dentro é um caos constante.

Mas fiz algo inusitado: apesar de eu e a Luciana termos "desoficializado" nosso namoro há um tempo, continuávamos mantendo um relacionamento afetivo / romântico / sexual, e eu dei um ponto final, decidi me afastar. Eu percebi que não posso fazer bem para ninguém. Eu não posso esperar que ninguém seja meu "deus ex machina" que virá trazendo todas as soluções para a minha vida. Eu tenho que "me encontrar" primeiro.

Estávamos juntas há menos de 2 meses, e apesar de eu ter sido muito melhor com ela do que eu fui com qualquer outra namorada, já havíamos passado por um ciclo intenso de chantagem emocional, ofensas, agressões verbais... O problema não é ela! O problema sou eu! Vejo as pessoas com as quais já me relacionei e elas se relacionam "de boa", sem conflitos, o conflito está em mim.

Eu amo demais essa menina, e por isso mesmo eu espero que ela encontre alguém bacana, com os mesmos objetivos que ela, alguém que saiba tratá-la bem, que tenha leveza. Por mais que eu queira ficar com ela, sei que ao meu lado tudo que ela terá será uma vida cheia de traumas, e conflitos, e dúvidas, e problemas... E como eu poderia desejar algo assim para alguém que eu quero tão bem?

Minha vontade de mudar não foi o suficiente para evitar meus erros tantas vezes repetidos. E são coisas que para todos os outros são tão fáceis, mas para mim é uma luta diária. Eu espero que ela encontre alguém com quem ela possa discutir o capítulo da novela, e infelizmente, eu não sou essa pessoa... Enquanto ela só queria sossego, eu queria entender a vida, o universo e tudo mais, além de mudar completamente essas sociedade nojenta em que vivemos...

Mas eu nunca me senti tão impotente assim. Me sinto presa num jogo de forças, no qual eu sempre sairei derrotada.

Não sei se algum dia terei coragem de me relacionar com alguém de forma duradoura. Não aguento mais esse deja vu: sou encantadora num primeiro momento, e depois me torno o pior pesadelo da pessoa. Efetivamente, quão diferente eu sou de um psicopata? E este pensamento anda me atormentando faz tempo, mas nunca tinha tido coragem de verbalizá-lo, mas lendo alguns relatos no blog da Lola sobre os namorados psicopatas da moças, eu vi como eu me identifico.

Será que é isso no final das contas? Será que é isso que eu verdadeiramente sou? Um monstro que usa um certo "charme" para atrair suas "presas" e depois de divertir sadicamente fazendo da vida delas um inferno? Pois bem, talvez eu possa não ter controle sobre o fato de eu ser um monstro (e pelo feed back que tenho de todo mundo que me relacionei, é isso aí), mas posso ter o controle de me afastar das pessoas para não ferir mais ninguém.

Eu não consigo viver com esse remorso, com a consciência das coisas que fiz e faço. E queria tanto que minha vontade fosse o suficiente para mudar, mas está na hora de aceitar isso de forma franca: não foi, não é, e talvez nunca será!

Eu queria ter uma resposta ou um caminho, mas não tenho, então o jeito é continuar me mantendo emocionalmente distante, ocupando minha mente com coisas úteis e benéficas e vivendo um dia de cada vez...

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Você come quieto? Eu não!

Acho ridículo o fato de algumas coisas me incomodarem! Todo mundo tem direito a sua opinião, sua liberdade pessoal, todos tem direito a amar a quem quiser, e como quiser e a quando quiser...

Eu já fui uma pessoa completamente (literalmente) ciumenta, possessiva, controladora. E como toda a mudança, esta minha de paradigma não veio do dia pra noite, aliás, ela nem consumada está.

Já consegui "convencer" o meu eu-consciente, qual é o caminho correto, qual é o posicionamento mais saudável, mas ainda sim, sou eu contra o mundo (exceto um ou dois loucos como eu).

Desde criança ouvimos contos de fadas que falam sobre príncipes encantados e felizes para sempre. E ouvimos história de almas gêmeas, e amor da vida. E vemos isso nos desenhos, nas novelas, nos livros... Todo nosso imaginário está calcado nisso.

Então você conhece os posicionamentos políticos de esquerda, conhece o ativismo político, conhece o feminismo, conhece gente interessante e muito mais complexa do que aquelas que acreditam no felizes para sempre!

Conhece o poliamor, e se envolve em relacionamentos abertos. Aprende a discutir abertamente o que pensa, o que te oprime, o que te faz mal. Entende que não basta fingir que está tudo bem só para apaziguar as coisas, mas busca um crescimento dialético legítimo.

Não tem mais essa de preto no branco, e nem que pau é pau e pedra é pedra. Pelo contrário, você vai aprendendo sobre matizes e gradações, sua vida se torna uma grande troca coletiva, você não precisa reinventar a roda toda hora, mas precisa ter suas própria epifanias, entender o que aquilo exatamente significa na sua vida.

Mas você continua sendo bombardeado pelo senso comum. Apesar de tudo, eu ainda sou furto do meu tempo, da minha cultura, da minha família. Meu ambiente afeta minhas escolhas, e minhas escolhas afetam meu ambiente, não dá para simplesmente fechar os olhos para isso!

Pra mim, que come quieto, come triste... Porque eu sou viciada em falar, em compartilhar... Eu quero saber o que você está achando daquela comida, eu quero trocar receitas, eu quero variar o cardápio. Quem come quieto se conforma, acha a comida ruim, mas engole só pra terminar logo.

Eu não sou come quieto, e acho que incomodo muita gente assim.

Se estou com ciumes dela? Com certeza! Só acho que ela deveria ter sido honesta desde o início e procurado alguém que queria se sentar calado na mesa com ela e compartilharem sua refeição silenciosa!

Eu? Eu quero banquete! Eu quero festa! Eu não quero só pão... Ta na bíblia "nem só de pão o homem viverá, mas também da palavra", mas para mim, não a palavra de deus (?), mas as palavras de gozo e satisfação!

Pra mim, quem não chora não mama... Eu posso te dar tudo que eu sou, mas porque você pede de mim aquilo que não tenho?

terça-feira, 4 de junho de 2013

Dúvidas e incertezas...

E quando tudo parecia perdido, eis que no melhor estilo deus ex-machina, uma solução aparece magicamente do nada, e eu e a Luciana voltamos as boas...

Não... Voltar não é a palavra, nada "volta", as coisas seguem em frente, e seguimos em frente de uma forma que é inclusive melhor do que a que estávamos antes.

Ela tem sido dedicada, gentil, delicada, carinhosa... Se nega a assumir títulos... Namoradas? De forma alguma! Somos amigas! Amor? Não, não... Bem-querer... Mas isso não me afeta tanto, não mais... Pois antes ela dizia que me amava, e me tratava com um profundo descaso, era minha namorada, mas me deixava avulsa e ressaltava constantemente o como eu era descartável...

Estou reticente hoje... Acho que de fato não sei bem o que fazer... Porque agora, apesar dela estar sendo ótima, quem não tem mais muita certeza sou eu... Quer dizer... Eu tenho certeza que a amo gosto muito dela... certeza que quero que ela permaneça na minha vida... Mas não tenho mais certeza sobre relacionamentos...

Porque relacionamentos ao mesmo tempo que são ótimos, são aquela eterna pedra no sapato.

Isso pode parecer doido, porque ela tem me feito muito, muito feliz... Mas aí ela vira em tom de brincadeira e diz que eu deveria dormir com outras pessoas, e essa brincadeira magoa, essa brincadeira dói, e eu não quero que doa... Eu não queria me importar tanto...

Será que existe uma forma de ficar só com o lado bom?

Eu tento ser uma pessoa razoável e cabeça aberta, e quem convive comigo sabe... E sou muito racional na medida do possível, então como explicar esse incomodo que sinto se imagino ela tendo intercursos físico / sexuais com outras pessoas? Isso não tem o menor cabimento! Não é racional. O ser humano não é biologicamente monogâmico, e com mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, é muita arrogância da minha parte querer que ela só deseje a mim, que seu toque, que seu beijo, que seu amor, que suas carícias pertençam a mim! Ninguém pertence a ninguém!

Não quero prendê-la, não quero fazer cobranças ou exigências... Mas eu sou insegura! Confesso! Confesso que diante dos meus olhos ela é tão perfeita... Ela é tão linda... Aquele olhar dela... Olhos de ressaca, que sugam tudo... Aquele sorriso... O sorriso dela ilumina minha vida, é clichê, eu sei que é clichê... Mas ilumina, eu vejo as fotos dela sorrindo, e tenho vontade de sorrir também! Eu sei que ninguém conhece ninguém, mas eu amo tudo que conheço a cerca dela, sem exceção, incondicionalmente...

Mas se existe alguém no mundo que eu possa dizer que conheço bem, na medida do possível, esse alguém sou eu... Eu conheço cada defeito, cada fraqueza... E isso me dá medo, insegurança... Ela é tão maravilhosa, que tenho medo que ela encontre alguém bem melhor do que eu, e vá embora... E como eu poderia pedir pra ela ficar?

E eu sei que esse sentimento não tem menor cabimento... Ela não me ama... Nunca vai amar... Como eu sei? Ela me disse... Me disse que o que sente por mim não é amor... É só... Bem-querer e tesão... E eu queria não ligar pra isso, mas eu ligo... Queria ser menos babaca...

Não sei o que fazer, muitas vezes minha vontade é simplesmente ir embora, sem nem me despedir... Mas aí eu vejo, que vindo dela, raspas e restos me interessam, e isso é tão deprimente, mas sempre fico mais um dia...

sábado, 1 de junho de 2013

Conto de foda: Boas amigas

Mariana e Rafaela eram amigas desdes que se conheciam por gente. Cidade pequena no interior, sem muita coisas para fazer, elas moravam em casas vizinhas e eram praticamente irmãs. Não havia nenhuma confidência que não contassem uma para a outra. Embora muitas vezes sem nem entender do que se tratava.

A família das duas eram muito rígidas, criação cristã fervorosa. Tudo era tabu. A família de Rafaela era especialmente austera, e ela sentia falta de afeto, beijos e abraços, e era em Mariana que ela encontrava isso, a única pessoa que ela deixava se aproximar realmente.

Naquele dia, voltando da aula, como sempre, elas foram para a casa de Mariana, pois lá podiam passar a tarde sozinhas e sossegadas. Rafaela era muito frágil, e às vezes, excessivamente sensível, e aquele dia estava com cara de emburrada, porque tinham zombado da cara dela novamente. E para Mariana era inevitável: toda vez que via a amiga com aquela expressão chorosa, tinha vontade de colocá-la no colo e cuidar, e foi isso que ela fez, sentou ao lado da amiga no sofá e a abraçou suavemente fazendo com que repousasse a cabeça em seu colo.

Então ela começou a passar os dedos suavemente pelos cabelos da amiga... Eram cabelos tão macios... Rafaela a essa altura já estava de olhos fechado e com um semi-sorriso no rosto aproveitando aquele momento, afinal, essa era a única situação em que ela se sentia confortável e protegida.

Mariana viajava dentro da sua mente enquanto olhava a amiga: tão linda, um rosto tão sereno... Ela se inebriava diante daquela visão... Não entendia bem o que sentia, mas ela sabia que queria mais, como se quisesse envolver a amiga por inteiro... Protegê-la de tudo, acariciar cada parte do seu corpo... Inconscientemente conduzida por esse pensamento, ela começa a deslizar são mão pelo corpo de Rafaela: começa descendo pelo pescoço, passa pelo ombro... E quase sem querer, quando percebe já está tocando nos seios de sua amiga, que dividida entre o sobressalto pela carícias inesperada e um prazer que ela não compreende, abre os olhos e olha para Mariana com uma grande cara de interrogação.

Mariana, por sua vez, retribui esse olhar cheio de dúvidas com um sorriso sapeca e diz "shhhhhh... só tô cuidando de você"

Apesar de já ter seios relativamente fartos, Rafaela se negava a usar sutiã, dizia que incomodava. Então, naquele momento, mesmo por cima da camiseta do colégio, Mariana consegui sentir o bico dos seios de sua colega se enrijecendo ao serem tocados... E mesmo sem compreender os motivos um calafrio tomou conta do seu corpo, e ela pressentiu que precisava de mais...

- Tira sua blusa, Rafa...
Rafaela responde assusta:
- Como assim? Você sabe o que nossos pais sempre falam, a gente não pode tirar a roupa na frente de ninguém!
-Mas eu não sou qualquer uma... Você sabe o quanto eu te amo, você é uma irmã pra mim... E eu sei como você gosta quando te faço cafuné... Eu só quero acariciar outras partes do seu corpo... Você não tava gostando do que eu tava fazendo agora?

Rafaela morde os lábios, e sem responder nada, tira a blusa, e se deita de barriga pra cima no colo da amiga e diz "Só pra você..."

Marina intensifica sua carícias, enquanto sua amiga fecha os olhos, sem entender muito bem o que está havendo, mas desejando de todo o coração que aquilo continue. Depois de algum tempo de carícias ali, ela começa descer sua mão suavemente pela barriga de sua parceira, e de lá para as coxas... Ela está sentindo um calor muito grande entre sua pernas, e sabe que lá que deve tocar em sua amiga, então delicadamente afasta sua pernas e começa a acariciá-la por cima da calça...

Rafaela está totalmente entregue e solta muitos suspiros, mas desperta do seu transe quando a amiga diz com uma voz roupa e um pouco fora de si "abaixa um pouco suas calças", ao perceber a cara de espanto com que sua proposta foi recebida, Mariana completa "eu só quero te fazer um carinho, um carinho muito gostoso, para te fazer esquecer de todos os teus problemas... Pode confiar em mim... É carinho de amiga... Porque... Eu amo muito você... Não tem nada demais..."

Percebendo todo aquele afeto misturado com o tom de urgência, ela acaba cedendo.

Ao tocar ali, Mariana percebe que a amiga está muito molhada, e mesmo sem entender aquilo, entende que não é a única que está sentindo aquilo, afinal ela sentindo o quanto escoria ao acariciar o corpo de sua colega. Ela começa então a fazer carícias leves... E percebe o como essa carícias se transformam em gemidos e suspiros de prazer por parte da amiga, e vai intensificando o movimento que ela percebe que causam mais prazer. Rafaela por outro lado, afasta ainda mais as pernas para facilitar as carícias.

-Deixa eu te dar um beijo?
-Não... Não podemos... Não é certo... Garotas só devem beijar garotos...
Então Mariana morde os lábios, respira fundo e diz:
- Só quero dar um beijo aqui onde estou te tocando...
- Não... não sei se é acerto...
Mas Mariana intensifica suas carícias e diz
- Deixa eu te dar um beijo... Te prometo que vai ser ainda mais gostoso... Você é minha melhor amiga... deixa eu te mostrar como eu te amo

Rafaela ainda to em duvida, mas como não diz nem que sim, nem que não, Mariana a tira do seu colo, se levanta, aproxima sua boca dela e começa a lhe dar um beijo muito gostoso. Rafaela não estava preparada para aquilo... Aquela língua quente lhe tocando aumentou ainda mais calor ali onde ela era tocada...

O beijo durou uns 2 minutos... E estava tão gostoso! Mas então ela parou e perguntou "gostou do meu beijo?". Rafaela implorou para que ela continuasse, sem sucesso. Ela precisava de mais! Depois de alguma tempo torturando Rafaela, Mari finalmente disse:

- Eu também to muito carente... Eu também preciso de carinho...

E enquanto dizia isso, começou a desabotoar a própria calça... Pegou a mão de Rafaela e a colocou entre suas pernas

- Me toca!

Sem pensar duas vezes, ela começa a acariciá-la, e se delicia a perceber o como ela também está molhada! Sua respiração fica pesada... E começa a mover os quadris enquanto os dedos de Rafaela percorrem por seu corpo... Então ela tira a mão da amiga e diz

- Deita direito!

Mesmo sem entender nada, ela simplesmente obedece... E Mariana continua

- A gente vai fazer uma brincadeira agora... mas vai ser nosso segredinho... nada disso você pode contar pra ninguém.

Rafaela simplesmente concorda com a cabeça

- Você quer sentir mais da minha boca em você?

Desta vez ela morde os lábios e acena que sim com a cabeça com mais força.

- Então pode afastar suas pernas... Eu vou te beijar muito gostoso... Mas você me ama também?
- Claro que sim...
- É minha amiga?
- Sim...
- Então deixa eu sentir sua boca em mim!

Dizendo isso, ela sobe sobre a amiga, e volta a beija-la ainda mais gostoso, e com suas pernas, uma de cada lado da cabeça da companheira... Vendo sua irmãzinha ali, toda exposta pra ela... Toda rosada... Bem, bem molhada e nem sabendo o porque, aquilo a enlouquecia completamente, então ela respira fundo e sinte aquele cheiro delicioso... E instintivamente, começa a passar sua língua em Mariana... Sentir seu gosto a deixa ainda mais louca e começo a chupar como se quisesse devorar-la... E ai fazer isso, percebe que a parceira também intensifica seus movimentos... E então, delirando de tesão, ela deseja dar mais prazer também... Mariana a rebolar na cara dela cada vez mais rápido, enquanto solta gemidos e suspiros mais e mais intensos, começa também a se contorcer... Todo este movimento, faz Rafaela ficar mais sensível aos beijos da amiga e um calafrio começa a percorrer sua espainha... Ela quer ser beijada mais! Mais forte, mais rápido! Parece que vai morrer de tanto prazer, e começo a intensificar suas carícias também... Então, ela sente como se fosse uma explosão... Ali onde estava sendo beijada e é MUITO bom... Seu coração dispara, e a respiração fica pesada....

Sem nem se dar conta, ela para de beijar a Mariana depois daquela sensação toda, mas amiga diz quase em desespero

- Por favor! Não para! Não para! Me beija mais um pouco

E ela volto a passar sua língua nela com ainda mais vontade, pois nunca negava nada que a amiga pedia... Mariana prosseguiu:

- Me chupa... isso... mais forte.. mais rápido...

E então, entendo que aquilo que aconteceu com ela vai acontecer com a parceira, e quero muito dar este prazer para ela, começa a fazer com ainda intensidade.

Mariana começa a se contorcer mais, e seus gemidos viram quase gritos, e Rafaela não entendia porque, mas aquilo a enlouquecia... A amiga se esfregava com força na cara dela, e ela adorava!

Por fim, Mariana diz:

- Pode parar, pode parar...

E então se levanta, deita ao lado de sua querida Rafaela, lhe dá um beijinho na testa e diz:

- Eu gosto muito de você
- Eu também gosto de você
- Quer voltar amanhã pra gente brincar de novo?
- Uhum...
- Mas tem que ser nosso segredo... e só eu posso te acariciar assim
- Só você...