Dezembro... Mês de Natal! Uma época que é marco de várias religiões (não se iluda, 21 ou 25 de dezembro não é exclusividade dos cristãos, muito pelo contrário, não consigo lembrar ao menos uma religião que não tenha uma comemoração muito importante nesta data)... Mas aquilo que deveria ser reflexão se torna banalidade e consumismo...
Cada dia que passa eu tenho menos vontade de viver... Sério... Mundo asqueroso... Não suporto mais tanta violência, racismo, homofobia, segregação, ódio, miséria, exploração, abusos...
Dói... A dor dos outros me doi profundamente... Cada vez que lembro que milhares de pessoas morrem de fome todos os anos, dói... Cada vez que lembro que gays são assassinado simplesmente por amarem alguém, dói... Cada vez que vejo mendigos na rua sendo tratos como lixo (ou pior que lixo, pq tem gente que recicla seu lixo e não olha pro lado), dói!
São tantos absurdos e cada um deles me dói profundamente... Mas sem dúvidas o que mais me dói... E perceber o como a maioria das pessoas nem se importa!
Relutei bastante antes de postar isso, mas aí vai:
ResponderExcluirQueria fazer um comentário otimista, mas não estou numa fase boa pra isso e, bem, não sou lá muito fã de hipocrisia. Logo eu que sempre falei do lado positivo das coisas... Quem diria? Então... resolvi aproveitar (já que não tenho um blog hauehaeiua) e meio que desabafar também.
Nunca tive vontade de morrer e muitas vezes me chamaram de estranha por isso, sei lá, como se fosse um crime o_O - tá, eu sou estranha, sempre digo isso, mas não acho que não ter vontade de morrer justifique - fato é que as pessoas geralmente demoram pra perceber que eu realmente não sou uma das pessoas mais convencionais que elas vão conhecer.
Acontece que ando sem perspectivas.
Subsistência/sobrevivência definem bem a minha vida de um tempo pra cá e não, não me orgulho nem um pouco.
Apesar disso continuo não tendo vontade de morrer (embora não tenha medo da morte - só pra registrar), mas é verdade que viver tem se tornado cada vez menos atrativo (por essas razões que você citou e outras tantas).
Sinto falta de algumas coisas, sinto falta de pessoas, mas acima de tudo, sinto falta da pessoa que eu fui há bem pouco tempo, só não sei se conseguirei voltar a ser.
Na verdade, sei que não voltarei e talvez isso que esteja me matando.
Mas como esse comentário tá muito depressivo e não-eu, pode ser que isso tudo não passe de VIADAGEM, afinal, eu não tenho reação nenhuma a nada. :)
Entendo essa Lorena e te entendo, é como postei no meu blog "não ta fácil p/ ninguém"
ResponderExcluirE se fosse só isso que me incomodasse tava bom, mas nem farei mais acusações porque já te basta de problemas p/ pensar.
Nessas horas que ser abstêmio é uma merda, se eu apenas fosse num bar com uma pá de "amigos" hipócritas e enchesse a cara para me iludir de felicidade imaginária...
Bem, p/ isso serve meu vídeo game né ? Vou p/ meu mundinho onde as coisas parecem mais certas, lastimável escapismo digno de pena, quando até drogados tem mais respeito por fugirem da realidade do que gamers...
E você, faz o que a respeito?
ResponderExcluirBom, começo pelo óbvio, básico e mais do que óbvio mas que infelizmente muitos de esquecem: começo por mudar a mim mesma e as minhas atitudes, em vários níveis e escalas.
ResponderExcluirNo sentido de, primeiramente, evitar ter em mim atitudes que eu tanto repudio nos outros (apesar de ser hipócrita em muitos momentos, a hipocrisia é algo que particularmente me desagrada).
Eu acredito muito na transmissão de valores, e não na transmissão de dogmas.
Não tenho uma força de comunicação em massa, mas tento ajudar as pessoas próximas de mim, e não só ajudar num sentido imediato, mas ajudá-las a pensar sobre o Mundo, incentivando que elas melhorem a si mesmas e ajudem outras pessoas a melhorar...
Pode ser um posicionamento ingênuo, e provavelmente é, mas é basicamente a mesma ideia do filme "a corrente do bem"... Já assistiu?
Eu me coloco sempre no papel de "professora", e não professor no sentido daquele que sabe as respostas, mas daquele que está disposto a procurar as respostas junto com você e crescer junto com você.
Em cada lugar que eu vou, em cada coisa que eu faço, eu dou SEMPRE o meu melhor. Mas sou um ser humano, então não necessariamente o meu melhor seja grandes coisas...
Eu sei que a minha resposta foi pouco prática, mas a vida é tão múltipla, que às vezes dar o seu melhor é andar 10 metros e ir a uma lixeira para não jogar lixo no chão, as vezes seu melhor é ajudar uma velinha a travessar a rua mesmo estando atrasado (aconteceu isso comigo recentemente), às vezes seu melhor é entregar seu tempo e ouvir alguém que precisa ser ouvido... Às vezes seu melhor é simplesmente dar um sorriso de um "bom dia" para alguém que parece triste... Ou às vezes, é de fato manifestar, ir à passeatas e protestos... Não sei... Ou simplesmente, evitar preconceitos, buscar respostas, saber perdoar, ser gentil com as pessoas que estão próximas, criar algo de belo...
Ou às vezes, é simplesmente não permitir que atitudes tão torpes de algumas pessoas acabem com a sua capacidade de acreditar e de fazer algo...
Olha, eu acho qualquer tipo de violência (contra humanos, contra os animais e contra a natureza) odiosa, nada justifica. Mas oque eu acho mais estúpido é quem tem homofobia, principalmente contra lésbicas, porque as pessoas não conseguem aceitar uma outra preferencia sexual (se bem que tem gente que sai matando até quem prefere outro time). O mundo está perdido? Obvio, não dou 100 anos, vamos todos acabar aniquilados por uma 3º Guerra mundial ou por uma consequência da natureza, e eu espero morrer antes disso.
ResponderExcluirGostei, você disse que te desagrada, então fico feliz em ver que você não é hipócrita para escrever sobre algo e não "seguir" os propósitos que você mesma apresenta.
ResponderExcluirÉ bom saber, que mesmo que poucas, existem pessoas que acreditam em "mudar o mundo" a partir de si mesmas, e passar isso a diante, como valores. Dá esperança que em gerações futuras poderemos ter algo muito melhor.
Parabéns pela atitude, foi a primeira vez que li o blog e achei interessante, é bom discutir tais ideias.