sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Sobre os olhos que mudam de cor

Vou dormir, muito feliz, por finalmente, depois de 6 meses, ter conseguido me acertar com meu amorzinho... Então acordo, e me deparo com um link no meu mural, publicado por ela, vou ler, e era simplesmente a coisa MAIS LINDA que já me escreveram... Então... Só queria compartilhar com vocês:



Camila Strongren,
Tenho um certo problema para começar cartas. Nunca sei como começá-las. Nosso começo foi meio nonsense, então não dá para esperar uma carta com um começo no estilo conto de fadas, né? Se antes tudo era apenas uma espécie de plano, hoje, se há algum plano é o de que possamos ficar juntas até ficarmos bem velhinhas… Foram meses sem falar contigo, após toda a merda que eu fiz. Lembro que minha irmã foi ao show da Kate Perry e eu fiquei lembrando de quando fomos ao prédio da Gazeta para comprar o seu ingresso. Durante esse tempo em que ficamos distantes e eu via algo que era a sua cara, tinha vontade de te mostrar – mas aí eu lembrava que a gente não tava se falando e desencanava.
É, eu reconheço, fui uma vadia estúpida e sem coração. Mas não quero falar do passado. Quero falar do quanto você foi, é, e sempre será importante para mim. De como você mudou a minha vida e me fez enxergar o mundo com outros olhos. Sem você, tudo estava incompleto. Claro que eu ainda tenho muito a aprender, mas você é parte essencial desse aprendizado. Sem você eu não seria quem eu sou hoje.
Quando voltamos a nos falar, eu percebi que simplesmente não conseguia ficar longe de você. Que os olhos ainda mudam de cor. Que “o que for para ser, vigora”. Falando em mudar de cor, foi engraçado ter a Nanda Cury no nosso reencontro… Ela sempre botou uma fé enorme na gente. Ah, hoje ela me disse que em janeiro tem show do X So Pretty e nos convidou para ir.
Eu achei que você não fosse compreender, que não confiaria em mim novamente, que me chamaria de louca por estar sentindo tudo isso por você! Mas você não me julgou e me deu, ou melhor, nos deu, mais uma chance. Hoje eu vejo tudo o que passamos como um degrau para que atingíssemos um nível mais alto. Afinal, hoje sabemos bem o que sentimos uma pela outra e o mais importante: sabemos que realmente queremos ficar juntas.
Hoje fazem 10 anos que a Cássia Eller se foi. Tô ouvindo “No Recreio”. E hoje, posso dizer com toda a certeza do mundo, que “só é possível te amar”. Se não me engano, ela nunca escreveu uma música. Mas todas as músicas que ela cantou parecem que foram escritas para ela, já percebeu? Amo a potência e a urgência com que ela canta as músicas mais pesadas e a ternura que ela transparece na voz com as músicas mais calmas. “Agora que eu comecei a gostar da mulher, ela morre?” foi o que ouvi minha tia dizer há 10 anos atrás. Acho que gosto da Cássia desde a primeira vez que a ouvi cantar. Não sei ao certo qual música ouvi primeiro, mas não há uma única música que ela cante da qual eu não gosto. Quando comecei as aulas de canto, cantei “Malandragem” na minha primeira apresentação.
Tava pensando esses dias em como nomes que começam com a letra “c” geralmente pertencem a pessoas fodas. Além da própria Cássia, tem o meu querido Cainho, tem o Cazuza (ok, o nome dele era Agenor, mas ninguém chamava ele assim!), a Clarice… e você, bebê, a pessoa que me fez descobrir o que é o amor, o que é amar de verdade. Acho que merecemos, finalmente, todo o amor que houver nessa vida.
Obrigada por fazer parte da minha vida, obrigada por ter deixado meus erros para trás, obrigada por estar ao meu lado, e principalmente, obrigada por ser quem você é.
Te amo com todo o meu coração, com toda a minha alma, com todo o meu ser e com todo o meu drama e exagero leonino. I’m yours.


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