quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Paixões volúveis

A Carol Karuna diz que eu "sofro de paixões volúveis", e fala isso num tom como se eu fosse incapaz de me envolver de fato com alguém, como se eu fosse alguém superficial que simplesmente descarta as pessoas...

Mas ela está errada! Tudo que eu vivo é real, é intenso, é verdadeiro, é honesto... Seja isso bom ou mau, eu sou assim...

Porém, meu pensamento é simples: claro que um relacionamento se constrói no dia a dia, e que milhares de fatores interferem... Pessoas mexem comigo (em maior ou menor grau) e eu mexo com as pessoas (em maior ou menor grau) e eu costumo simplesmente aceitar meus sentimentos e lutar por aquilo que quero...

Luto do meu jeito torto, luto muitas vezes tentando fugir, luto fazendo tudo errado... Mas luto e tento! Vou até o fim... Mas o "fim" varia muito... Varia do quanto eu sinto, do como parece que a pessoas se sente com relação a mim, do histórico que tivemos...

Mas se eu tentei uma história e não deu certo, do que adianta eu me prender eternamente a isso, e de certa forma, também prender a outra pessoa? Quer dizer... Eu erro, eu surto, eu sou neurótica... Eu tenho vários defeitos, mas muitas qualidades... E sim, eu acho que devemos buscar melhorar um pouco a cada dia... Mas se a pessoa for incapaz de me aceitar como eu sou, o que posso fazer? Não posso simplesmente jogar fora minha essência, minha história de vida, minha ética... Só porque desagradei alguém... Claro que certos comportamentos viciados devem pouco a pouco serem combatidos...

E por mais que seja brega, ainda acredito que exista "a pessoa certa", e se essa pessoas certa existe, sei que ela vai me ajudar a crescer, vai me ajudar a amadurecer, traça meu caminho, mas vai também saber compreender meus erros, lidar com meus defeitos e aceitar minhas desculpas...

Talvez o que me atormente é compreender qual é a hora de parar... Me sinto confusa... Tenho medo de deixar minha pessoa certa passar porque não lutei o suficiente por ela... Mas tenho medo também de ficar presa em um relacionamento sem futuro, porque me nego a aceitar que me enganei, e deixar de reconhecer minha pessoas certa, porque estou ocupada demais sendo cabeça-dura, me negando a dizer "hey! eu errei, essa pessoa foi sim importante na minha vida, mas ela foi só um episódio e não o meu 'final feliz'"...

Atualmente, sinto receio de ter afastado definitivamente alguém que tinha todo o potencial de ser "aquela pessoa", porque estava ocupada demais presa nos meus traumas e no meu passado... Mas também não quero insistir incisivamente em algo que poderá apagar da lembrança dela qualquer lembrança boa que ela tenha a meu respeito...

Acho que esse tal de "caminho do meio" é muito mais difícil de seguir do que eu imaginava...

Ou como disse os Titãs "é cedo ou tarde demais pra dizer adeus, pra dizer jamais?"



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