terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Conto de Fada: A Guardiã e o Cavaleiro - Parte I

Esta é uma história que se perdeu nas areias da ampulheta do Tempo... Uma história que talvez tivesse ficado enterrada nesta areia para sempre, pois não convém aos grandes historiados reportas histórias de amor, histórias de Almas Gêmeas. Mas como uma semente que quando parece morta é enterrada e cria raízes, brotando, germinando e dando frutos, esta história chegou até mim, e eu a contos para vocês agora. O ano? 864 d.C. O local? Onde hoje é Santiago de Compostela.

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Finalmente um castelo a vista! Jorge gostava de ser livre. Apesar da advertência dos seus pais, não teve medo de sair do feudo onde nasceu para seguir caminho com alguns comerciantes que uma vez passaram por lá. Aprendeu o ofício, gostava desta vida incerta, mas às vezes era complicado! Nem todos os castelos eram acolhedores, mais de uma vez teve que enfrentar assaltantes. Às vezes tinha muito ouro, às vezes ficava a beira da miséria. Até porque não gostava de ficar preso nem mesmo ou ouro que tinha, então tão logo ganhava o gastava em tabernas.

Era um cavaleiro errante, de feudo em feudo vendendo especiarias que comprava no Oriente. Era um encantado com a vida, o mundo era seu lar.

A aparência ajudava... Ele era alto... Talvez 1,90m... Olhos castanhos e suaves. A barba e cabelo estavam entre loiro e ruivo, e a barba sempre muito bem cuidada, braços fortes, aparência viril, porém sem uma gota sequer de truculência.

Tão logo chegou próximo do novo castelo que avistara e viu um pastor cuidando do seu rebanho. Ele montado em seu cavalo, com sua pose imponente, se aproxima do humilde pastor, mas não o trata com arrogância, mas desce da montaria e humildemente pede abrigo para passar a noite...

- Boa tarde, caro pastor!
- Boa tarde, cavaleiro.
- Será que o dono do local aceitaria me dar abrigo e proteção por uma noite em troca de algumas especiarias?
- O Sr. Conde não se encontra, foi visitar um Duque, primo seu, que caiu doente por este dias, mas seus filho está no castelo, se o Sr. Cavaleiro desejar, posso avisá-lo da vossa presença.
- Agradeceria imensamente, e agradeceria ainda mais se antes de partir me concedesse um gole do seu vinho.
- Peço desculpas ao cavaleiro, mas o que levo no meu cantil é água, tenho que pastorear as ovelhas e não posso me embebedar.
- Não se desculpe – diz Jorge altivo – simplesmente me dê um gole desta água, está um dia quente.

O pastor entrega seu cantil para Jorge, que o leva à boca sedenta. Enquanto bebe, observa o castelo, e é então que repara numa figura que se move no alto de uma das torres. Ele para de beber, e observa mais atentamente. Percebe que é uma mulher, que ela está nua, possui uma linda silhueta, cabelos negros e muito compridos.

Ele percebe que ela faz alguns movimentos com as mãos, é quase uma dança, e por fim, ela salta! Ele tem um movimento de desespero vendo a queda dela, mas então, a vê mergulhar em um lago que havia logo abaixo.

Olha assustado para o pastor, que parece indiferente, mas que vendo a cara assustada do cavaleiro diz:

- É o primeiro dia da Lua cheia, senhor.

Jorge continua atordoado, e não entende o que isto quer dizer! Lua? O que tem a ver a Lua? E ela estava nua? NUA! Uma mulher nua! Que tipo de lugar era aquele? Ele se dividia num misto de indignação e encantamento.

- Mas... Quem é esta mulher?
- Se quer o conselho de um pobre pastor, fique longe dela, cavaleiro!
- Arre, homem! O que te perguntei é quem é ela! Não pedi conselhos!
- Ela é a filha do Conde e a guardiã do lago.
- Guardiã do lago? Como assim, homem?
- Sim, cavaleiro. Isso mesmo que o senhor ouviu. Ela é a Grande Sacerdotisa, ela nasceu e foi criada para isso. Seu nascimento foi prenunciado e cumprido. Nasceu no equinócio de primavera, numa noite de Lua Cheia.
- Sacerdotisa? Mas a nossa santa religião cristã não permite sacerdotisas!
- Cavaleiro, ao senhorio não se questiona, ao senhorio se obedece! O Senhor Conde vai às missas, como manda nosso santo ofício, se confessa, e já comprou muitas indulgências e lugares no Céu. Eles são bons cristãos, mas durante a noite, é à Grande Deusa que eles clamam, e eles precisam da guardiã para isso...
- Mas você não pode acreditar em uma bobagem desta, pode? Todos sabem que o Nosso Senhor Jesus Cristo é o Único Deus, e que Nossa Santa Religião Católica é a única verdadeira.
- Cavaleiro, sou só um pastor, jamais me colocaria contra a Igreja ou contra nosso Senhor Jesus Cristo – ao dizer isso , o pastor faz o sinal da cruz – mas quem viu tudo que eu já vi, não duvida mais de nada...

Jorge sentiu um calafrio na espinha. Pensou se era mesmo adequado ficar naquele antro de hereges. Quer dizer, uma coisa era os ignorantes Orientais e suas superstições, e outra totalmente diferente era uma família de nobre linhagem, criada segundo os preceitos da Santa Igreja, acreditar nestas barbaridades... Será que eles tinham pacto com o tinhoso? Ele realmente estava pensando em partir, mas decidiu ficar... Primeiramente porque precisava de algum lugar para passar a noite, descansar, recuperar as forças. Mas ia ficar porque não tinha medo dessas coisas! Depois de uma vida toda na estrada, nada mais o amedrontava por muito tempo. E a Bíblia diz que o poder do Diabo nada pode contra o poder de Deus. E talvez, tudo aquilo não passasse de mera superstição...


To be continued...

(Esta introdução foi só um teste, se vocês gostarem eu continuo, senão a gente esquece essa história e fica tudo certo... Eu sei o final da história mas ela não está escrita em lugar nenhum, só dentro do meu coração e da minha mente. Então, dependendo da aceitação de você ou continuo, ou a gente para por aqui).


15 comentários:

  1. AHHHH continua...
    Adora fazer um charminhu essa menina!!!!!

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  2. ahhhh não é charminho... é que é uma história longa...

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  3. Oi! Gostei do texto e espero pela continuação!
    Então... desculpe a implicância, mas o pastor faz o sinal da cruz, não da crus =)

    Um beijo!

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  4. não se desculpe... hauahuahauhauahauhaua

    o que mais tem nos meus textos é erros de digitação e ortografia, sem pre eu vejo ou que alguém me avisa eu arrumo... hauahuahauahuah

    Mas sempre sobra algum! Obrigada pelo toque

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  5. Cooom certeza continua =D



    Girino =D

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  6. Timbora escrever o resto, rum. u_u'

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  7. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Vc acha certo deixa os seus leitores sedentos em querer saber o restante da historia??? Acha certo isso??? rsrsrsrs
    Descobri seu blog ontem a tarde e, desde então, estou matando trabalho para lê-lo!!!

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  10. hauhauahuahauhauhuahauhauhauhauha

    ri alto do seu comentário

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  11. Não... Não é um conto hetero... é um conto de fadas! sabe a fada dos outros contos? Então... é a história dela e do seu cavaleiro... ahhhhh

    é uma longa história

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