segunda-feira, 15 de abril de 2013

Algumas considerações

Depois de escrever minha teoria, eu passei o link para o Thiago, para discutir isso com um interlocutor, as primeiras considerações dessa conversa foram:


- Acho que nunca vi vc sendo tão coerente e madura como agora

- Por que eu assumir que sou uma sociopata?

- Na análise do seu modus operandi em seus relaiconamentos. nada a ver com psicopatia, isso é outra coisa embora eu não sei exatamente o q é, deve ter algum diagnóstico por aí. Também falo pela sua autocrítica
e perceber como suas ações tbm contribuíram p/ seus fracassos históricos

- Eu estou me sentindo hoje, igual eu me sentia pouco antes de conhecer a Aline, a Paty, a Denise, a Ana, a Bia, a outra patrícia... Mas... Pela primeira vez, eu não quis me apaixonar. Eu não quero receber uma dosagem esdruxula de substâncias que vão fazer eu me sentir melhor. Isso é ilusório, eu aprendi, e entendi. E o que eu vivi com a aline me mostrou algo:
Por mais que eu tivesse perdida de paixão por ela, pela primeira vez, essa paixão não conseguiu suprir nem substituir o que eu aprendi a sentir pela Patrícia... E eu posso me apaixonar amanhã, e ficar eufórica... E ainda sim, isso não vai suprir nem substituir o que eu aprendi a sentir por ela e ainda está aqui

- Sabe, uma coisa que andei pensando nos últimos dias, você usa tbm esses dramas como uma forma de se aproximar e criar vínculos com as pessoas

- No face sim, no blog, há um ou dois anos atrás, sim. Tinha bastante acesso e era um modo... hoje é algo mais intimista mesmo

- É, mas ainda com poucos acessos ainda tem o anônimo lá e talz e vc ainda espera, ainda que no fundo, que alguém leia, copreenda e se identifique

- Não vejo isso de uma forma ruim, querer que alguém se identifique... Acho que não é uma exclusividade minha. Mas o excesso de coisas que eu costumava fazer pra chamar a atenção, sim

- Eu tbm não, só estou comentando
- Mas sobre o blog... Ele é importante pra mim, muito mais do que qualquer holoforte...
 Porque lá eu escrevo tudo que é importante pra mim numa fase, o que é engraçado e interessante,
porque tem época que tudo parece importante e faço 10 postagens num dia sobre coisas inúteis que me acontecem. Teve época que só postava sobre astrologia, outras eu postava quase tudo sobre política, e
isso é uma documentação incrível em questão de amostragem. Até mesmo quando escrevo e qdo paro... Quando começo um relacionamento eu paro de escrever quase que completamente... Meu blog diz muito sobre mim, e sempre olho ele como uma forma de me entender. E ele é muito mais efetivo que diários, eu já escrevi vários, mas como em diários eu escrevia pra mim e não parar "os outros", mesmo que outros hipotéticos, eu perdia mtas informações interessantes... Tem coisas que vc não diz se é só pra si... Aliás, até se vc parar pra pensar em "pra quem eu escrevo" em cada fase, diz mto sobre o que eu procuro.

Ou seja, sim, eu continuo com uma necessidade de me comunicar, achar resposta, e talvez eu tenha algum tipo de fantasia maluca que algum dia alguém possa ler isso e se identificar, ou até mesmo me ajudar a me entender. Ou mesmo a sensação que tenho quando leio postagens antigas, e que por mais que minha memória seja melhor que a média, eu lembro de coisas que já tinha esquecido completamente, e como aquilo era importante na época, e como tudo isso me dá uma nova visão de mim e do mundo.

Escrever sobre si, é ser autor de uma ficção onde você é o narrador, o personagem principal e muitas vezes o leitor. E um reflexo da realidade, mas não é a realidade. O passado e a memória são criados constantemente, você muda sua forma de ver o mundo, você muda sua vida toda num segundo, e isso é mágico.

Ultimamente não tenho me importado muito com os holofortes, eles me cegaram. Nem em ser a melhor, eu acabei nunca sendo a melhor em nada e conseguindo ela bela coleção de inimigos e corações quebrados. Entendi que minha dor ou meu prazer, meu modo de pensar ou como foi meu dia, não faz diferença na vida de ninguém, não mais.

Mas ainda sim, existe ideias e pensamentos e reflexões que quero registrar. As conclusões parecem que vem no susto, mas elas são frutos de um processo invisível que se arrasta ao longo do tempo. E esse interlocutor invisível e inexistente com o qual eu tenho falado ao logo de todos esses anos, e que entende todas as minhas facetas e mudanças a curtos e longos prazo, é o mais próximo que eu tenho de uma compreensão real e duradoura, que de uma forma muito estranha me dá forças de seguir em frente, com essa sensação totalmente forjada que "alguém me entende, não estou sozinha no mundo, então vale a pena continuar", mesmo que este interlocutor hipotético seja uma junção de todos os interlocutores que passaram por aqui, cada um compreendendo e me fazendo compreender um pequeno pedaço de mim, me ajudando a bordar essa imensa colcha de retalhos que ainda tento decifrar.





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