sábado, 15 de junho de 2013

E eu?

Sabe quando você está tão perdido que nem sabe por onde começar? Pois bem, esta sou eu agora nessa postagem...

Nos últimos tempos, as pessoas têm afirmado ostensivamente o quanto eu mudei, melhorei... E eu mesma tinha esta auto-avaliação, mas andei repensando recentemente, e cheguei a conclusão que "Por fora bela viola, por dentro pão bolorento".

É como se eu fosse uma casa caindo aos pedaços, com os alicerces podres e como solução, eu passei uma demão de tinta na parede. Eu não resolvi meus problemas emocionais, psicológicos ou comportamentais, eu só maquiei eles.

Eu vejo todo mundo ao meu redor seguindo a vida, e eu? Todos os dias eu me pergunto repetidamente, e não encontro uma resposta definitiva. Parece que aqui dentro é um caos constante.

Mas fiz algo inusitado: apesar de eu e a Luciana termos "desoficializado" nosso namoro há um tempo, continuávamos mantendo um relacionamento afetivo / romântico / sexual, e eu dei um ponto final, decidi me afastar. Eu percebi que não posso fazer bem para ninguém. Eu não posso esperar que ninguém seja meu "deus ex machina" que virá trazendo todas as soluções para a minha vida. Eu tenho que "me encontrar" primeiro.

Estávamos juntas há menos de 2 meses, e apesar de eu ter sido muito melhor com ela do que eu fui com qualquer outra namorada, já havíamos passado por um ciclo intenso de chantagem emocional, ofensas, agressões verbais... O problema não é ela! O problema sou eu! Vejo as pessoas com as quais já me relacionei e elas se relacionam "de boa", sem conflitos, o conflito está em mim.

Eu amo demais essa menina, e por isso mesmo eu espero que ela encontre alguém bacana, com os mesmos objetivos que ela, alguém que saiba tratá-la bem, que tenha leveza. Por mais que eu queira ficar com ela, sei que ao meu lado tudo que ela terá será uma vida cheia de traumas, e conflitos, e dúvidas, e problemas... E como eu poderia desejar algo assim para alguém que eu quero tão bem?

Minha vontade de mudar não foi o suficiente para evitar meus erros tantas vezes repetidos. E são coisas que para todos os outros são tão fáceis, mas para mim é uma luta diária. Eu espero que ela encontre alguém com quem ela possa discutir o capítulo da novela, e infelizmente, eu não sou essa pessoa... Enquanto ela só queria sossego, eu queria entender a vida, o universo e tudo mais, além de mudar completamente essas sociedade nojenta em que vivemos...

Mas eu nunca me senti tão impotente assim. Me sinto presa num jogo de forças, no qual eu sempre sairei derrotada.

Não sei se algum dia terei coragem de me relacionar com alguém de forma duradoura. Não aguento mais esse deja vu: sou encantadora num primeiro momento, e depois me torno o pior pesadelo da pessoa. Efetivamente, quão diferente eu sou de um psicopata? E este pensamento anda me atormentando faz tempo, mas nunca tinha tido coragem de verbalizá-lo, mas lendo alguns relatos no blog da Lola sobre os namorados psicopatas da moças, eu vi como eu me identifico.

Será que é isso no final das contas? Será que é isso que eu verdadeiramente sou? Um monstro que usa um certo "charme" para atrair suas "presas" e depois de divertir sadicamente fazendo da vida delas um inferno? Pois bem, talvez eu possa não ter controle sobre o fato de eu ser um monstro (e pelo feed back que tenho de todo mundo que me relacionei, é isso aí), mas posso ter o controle de me afastar das pessoas para não ferir mais ninguém.

Eu não consigo viver com esse remorso, com a consciência das coisas que fiz e faço. E queria tanto que minha vontade fosse o suficiente para mudar, mas está na hora de aceitar isso de forma franca: não foi, não é, e talvez nunca será!

Eu queria ter uma resposta ou um caminho, mas não tenho, então o jeito é continuar me mantendo emocionalmente distante, ocupando minha mente com coisas úteis e benéficas e vivendo um dia de cada vez...

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