quarta-feira, 26 de junho de 2013

24 horas...

Nunca consegui simplesmente dizer "adeus", as minhas despedidas são em doses homeopáticas:

Falo "adeus" e me afasto um pouco, me reaproximo, falo "adeus" de novo e me afasto de novo, mas desta vez vou mais longe, e assim vou me afastando, até que não volto mais.

E para mim, este se "reaproximar" não necessariamente é voltar a falar com a pessoa. Por exemplo, agora, eu me afastei da Luh, mas não consegui ficar 100% longe, então criei uma forma de simular que estou falando com ela, pois sinto falta dela me ouvir, escrevo e reflito sobre nós, crio contos, poemas...

Mas se eu continuar indefinidamente com isso, me manterei indefinidamente vinculada a ela.

Por isso eu meio que já tinha definido um prazo, mas hoje, nem fui trabalhar, e passei o dia refletindo, e defini que é isso mesmo: ela tem 24h para me procurar. Já estamos há 5 dias completos sem nos falar, se completar o sexto dia, significa que não tem mais volta, ela aprendeu a seguir bem sem mim, e eu tenho que aprender a seguir bem sem ela.

Isso não significa que se ela não reaparecer eu vá esquecê-la no momento seguinte, mas me esforçarei para que isso aconteça, porque até então, estou me esforçando para manter, por algum motivo masoquista, ou pela esperança que ela volta, e se voltar, não quero que ela encontre "nada desarrumado", quero que ela volte e veja que o lugar dela está intacto, mas se até amanhã ela não retornar, será hora de aceitar que ela não voltará mais, então... É melhor não manter nada intacto, ou isso manterá acesa esperanças indevidas...

Mas seja como for, 24h é muito tempo... Para o bem e para o mal... Será uma longa espera...

Minha única dúvida é: caso ela não reapareça (o que é muito provável, sejamos sinceros), se devo ou não procurá-la para explicar como me senti e a decisão que tomei, ou se devo simplesmente aproveitar que já dissemos "adeus" e simplesmente ir embora de verdade...



 


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