terça-feira, 12 de julho de 2011

sobre a negação do amor

Os seres humanos sempre se consideraram grande coisa. Lutam contra a morte de forma astuta, criaram médicos e remédios, construíram casas, cidades, civilizações... Mas, talvez, a maior ousadia dos seres humanos tenha sido se comprar aos deuses, ou melhor! Querer criar deuses a sua imagem e semelhança.

Em vez de cada homem buscar criar em sua consciência a imagem mais elevada que lhe é possível e tentar imitá-la no seu dia a dia, blocos humanos criam uma imagem distorcida de um “deus” que nada mais é que um ser humano torpe , mas com super poderes. E já que esse “deus” tem certas atitudes odiosas e preconceitos, isso automaticamente valida todas as perversões humanas, porque “deus” também é um pervertido a sua maneira.

Este “deus” tem raiva, paixões, se vinga, prefere uns a outros, é contraditório, pois diz que todos são iguais, mas não age desta forma. É um “deus” esquizofrênico! Sim! Isso mesmo! Pois ele é tudo, está em tudo e sabe de tudo. Mas apesar de ser tudo, existe algo que não é “deus”: o diabo. E mesmo se considerarmos que o “diabo” é a ausência de “deus”... Mas... Calma ai! Ele também não estava em tudo? Como ele pode faltar?

Além disso, apesar de saber de tudo, este “deus” pode ser enganado, e pode ser surpreendido pelas suas preces e mudar e idéia! Sim! Mais uma esquizofrenia! Pois este “deus” que tudo sabe e é imutável, pode mudar todo o destino da humanidade se você rezar da maneira certa!

E da mesma forma que esta humanidade doente criou um “deus” doente, criou também algo que deveria ser o sentimento mais elevado e o que existe de melhor no ser humano: o Amor.

E se as pessoas são capazes de matar, morrer, humilhar, torturar, brigar, etc. por causa do seu “deus”, elas fazem o mesmo em nome do seu “amor”.

Como eu disse, este pretenso sentimento deveria ser o algo mais elevado de nos seres humanos, mas ai começam as perversidades: “eu te bato porque eu te amo”, “larga sua vida por mim, eu te amo”, “eu te amo, mas como não pude ficar com você, estou me matando”, “eu te amo, mas como você me traiu, vou te matar”, e meu preferido: “eu te amo para todo o sempre” e uma semana depois não “ama” mais.

O “amor” virou uma palavra genérica que serve para designar diversas coisas: paixão, sentimento de posse, hipérboles, desejo sexual, atração física, apreciação da beleza, sensação de satisfação, sensação de insatisfação, justificativa para um sofrimento que desconhecemos a causa e assim por diante.

Enfim, tudo que o homem não sabe a causa ou não é capaz de controlar por meios naturais, ele qualifica como pertencentes a entidade superiores a ele, principalmente “deus” e “amor”.

Mas tudo que falei com relação ao “amor” até agora, refere-se a pessoas que realmente estão iludidas, imaginando-se tomadas por esse sentimento, mas há uma perversão maior (embora mais astuta em termo de seleção natural caça-predador): há algumas pessoas que não sentem os sintomas do dito “amor” por alguém, mas sabem como é por já terem sentido antes, ou por tanto ouvirem falar. Então, esta pessoa, visando tirar vantagem de outrem, simula sentir o tal amor, faz juras, usa fórmulas pronta e voalá! Como o outro foi condicionado a necessitar deste suposto sentimento, ele cede facilmente à falsas promessas, tornando-se assim, uma presa fácil às más intenções alheias.

Mas não me entendam mal! Não estou vindo com um moralismo falso. Afinal, se a pessoa foi tola o suficiente para ser enganada, ela mereceu ser enganada!

Os homens se acham grandes coisas, mas sua vida é menos que um sopro! Estrelas vivem milhões de anos, um homem que viva muito chega aos 80. Alguém pode achar que valeu muito, mas depois da morte de seus filhos e netos, sua lembrança é esquecida. E mesmo quem é lembrado pela História (a Histórica! Que vaidade humana!) será lembrado (se tiver sorte) por alguns milhares de anos. E o que é a lembrança de um homem senão a sombra de uma sombra? E ainda sim, apesar disto tudo, ousamos ainda sim nos comparar aos deuses...

2 comentários:

  1. Gostei da parte do texto que se refre a Deus, o resto sobre o amor acho que fica mais como uma expressão subjetiva sua. Quero pedir para reproduzi-lo no meu blog ? Só a parte que fala de Deus posso ?

    E depois venha falar comigo no msn p/ marcamos de sair!

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  2. Bem... Tudo nesse blog é uma visão subjeitva minha, nada aqui tem uma base "científica" (pelo menos não da forma como a modernidade entende o que seja válido ou científico), mas fique a vontade para utilizar a parte que te interessou, só peço, por favor, para citar a fonte, e se pudesse linkar o texto todo, eu agradeceria tbm... Só fico puta quando acontece como o que aquela Graziela que não vou mencionar quem é fez, de pegar e usar um texto meu na integra sem mencionar autoria... ai é muita sacanagem!

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