terça-feira, 5 de abril de 2011

Poema-heresia

Ainda que eu aprenda Grego
E que meu inglês melhore significativamente
Sem o teu amor, sou como o bronze que soa,
Ou como o címbalo que retine.

Mesmo que eu pudesse ler a mente das pessoas
E conhecesse todos os mistérios e todas as ciências
Mesmo que tivesse toda a fé,
A ponto de transportar montanhas
Sem o teu amor nada disto faz sentido.

Ainda que distribuísse todos os meus bens
E ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado
Desistindo, assim da vida.
Nenhuma diferença faria
Pois sem teu amor, eu já não existo.

O amor é ansioso
O amor é egoísta
Tenho inveja daqueles que te tocam
E que ouvem o som de sua voz.

O amor é escandaloso
Grito aos quatro cantos que te amo
E mesmo assim, não me escutas.
O amor se irrita
Com a tua indiferença.
Apesar de tudo,
O amor é caridoso:
Tudo desculpa,
Tudo crê,
Tudo espera,
Tudo suporta.
Até porque não há outra saída.

O amor jamais acabará
E isto me atormenta!
As profecias desaparecerão,
O dom das línguas cessará,
O dom da ciência findará.
Mas o amor persiste.

Nossa ciência é imperfeita,
Eu sou imperfeita,
Mas conheci a perfeição,
E ela se foi.

Hoje vejo como por um espelho,
Confusamente.
Mas espero o dia em que verei face a face
Conhecerei, e serei conhecida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário