segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Conspiração dos Unicórnios Fatalistas

Eu fiz uma presepada! Antes de rolar qualquer coisa física com ela, ela tinha me convidado para ir a praia. É difícil explicar como me senti feliz com esse convite, não sei qual foi a última vez que fui convidada para uma viagem. Acredito que não demorei nem 2 minutos para dar meu "sim", fiz o depósito da primeira metade no mesmo dia. 

Mas... A paranoia... Sempre a paranoia... Eu me odeio profundamente por não saber ser leve, e sou não pesada, que me odeio por ser pesada! Eu fiquei com tanto medo das coisas ficarem estranhas que eu mesma fiz as coisas ficarem estranhas. Deve ser alguma necessidade masoquista de destruir tudo que eu amo e tudo que me importa, tudo aqui que faz esse mundo parecer menos merda e a vida valer um pouco mais a pena. 

Eu fiquei tão preocupada, que desmarquei a viagem! Sim! eu fiz uma presepada! O quarto seria dividido em quatro pessoa, e eu disse que abria mão da minha vaga. Eu deveria aprender a não tomar decisão de cabeça quente ou movida pela paranoia. Seja como for, no dia seguinte eu reavaliei minha decisão, mas ela disse que já tinha oferecido a vaga para outra amiga, e que se ela não confirmasse, eu poderia ir... 

Para evitar mais paranoia, fiquei off, sem celular e sem facebook por 36h, esse foi o tempo para eu pensar e recletir sobre muitos pontos. E a sensação foi basicamente a mesma de quando você decide arrumar seu quarto depois de meses: você sabe que precisa ser feito, mas quando para pra analisar criticamente a situação, percebe que nem faz ideia de por onde começa, mexe numa coisinha aqui, ou ali, e no final joga no chão tudo que você tinha colocado em cima da sua cama, deita e tenta dormir, mas não consegue. 

Parece que sempre tomo más decisões, então que a decisão no fosse minha: se quando eu ligasse meu celular ela dissesse que a viagem estava em pé, eu esqueceria tudo que rolou e não deveria ter rolado, daria um jeito de enfiar esse sentimento no cu, e seguir com a minha vida e nossa amizade como se nada tivesse acontecido. Mas se ela dissesse que a amiga tinha confirmado, eu me afastaria completamente dela, iria embora para nunca mais voltar, mas não descartaria esse sentimento tão rápido, e sim tentaria arrumar um modo de lidar com ele.

A amiga dela confirmou.

Eu sou uma bagunça, eu sou um monte de peças que nunca se encaixam. Minha vida, minha mente e meus sentimentos são um imenso turbilhão. Eu ofereci pra ela, através do destino, o melhor do mim: ou ficar na superficialidade só com meu lado bom, ou manter meu sentimento, mas não tentar puxa-la pra essa bagunça que sou eu.

De alguma forma eu machuco todos que amo. Ela não me pediu pra ficar, ela não disse que sentiria minha falta, só disse que se um dia eu quisesse voltar ela estaria ali. Esse jeito capricorniano de demonstrar afeto!

Eu sei que sou uma perita em mentir nas promessas que faço pra mim mesma, mas não desta vez. eu não vou voltar. Pois como disse "será reconfortante olhar pra trás e saber que você não me odeia", eu nunca vou deixar de ser paranoica. eu tenho esse blog há quase 8 anos, e eu continuo vivendo os mesmos dramas e cometendo os mesmos erros. Eu tento ser uma pessoa melhor, mas acho que eu nasci pra ser uma pessoa involutariamente má. Eu cansei de acreditar que existe um futuro (amoroso) pra mim, e cansei de achar que eu posso ser diferente, ou que possa haver alguém que me entenda. Já estou feliz, porque pelo menos dessa vez ninguém saiu machucado... Ou quase ninguém...




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