terça-feira, 10 de setembro de 2013
Diamantes são eternos
E lá estava eu novamente jogando minha peças na cara dela, exigindo que ela remontasse o estrago que eu tinha feito...
Começando a narrativa assim, talvez seja difícil para alguém de fora imaginar o quanto tem sido surpreendentemente bom os últimos meses que tenho passado com ela... Talvez pela falta de expectativa que eu coloquei, talvez por eu ser mais madura hoje, talvez por ela ser uma pessoa mais compatível comigo, talvez um pouco de tudo isso e algo mais...
Não foi uma paixão louca, que fez eu me tremer da cabeça ao pés, e isso é maravilhoso... As pessoas comuns esperam por coisa assim, mas eu já fui uma viciada em paixões e sei o quanto elas são corrosivas e como têm pouco ou nada a ver com amor.
Vem o véu ilusório do pathos, pude ver as coisas como realmente são. E não era tudo perfeito e maravilhoso, era complexo, problemático, enigmático, complicado, difícil. Mas trouxe paz, tranquilidade.
Eu continuou jogando agressivamente minhas peças, mas agora eu me rasgo no papel e não mais na pele, não mais pensando em morte, mas numa desconstrução simbólica, que longe de ser perda, quase sempre é um ganho...
Mas talvez a maior diferença, seja que minha peças não estão mais sendo largadas para o vento carregar, ela se preocupa em recolher uma por uma... E continua olhando perplexa sem saber como montar o quebra-cabeça, mas eu vê-la assim tão preocupada, passa qualquer raiva, e me sento ao seu lado e ajudo com a peças, e me torno assim uma recriadora de mim...
Tudo isso é perfeito, porque ela não chegou e me fez mudar, ela chegou e me deixou confortável para ser plenamente eu mesma, e eu descobri que isso é muito mais abrangente do que eu imaginava...
Quantos sonhos eu não deixei para trás por esperar o momento exato, por esperar tudo estar perfeito... Hoje não espero mais perfeição, vejo que é mais importante tentar, e que esta é a única forma de evolução real. E seja como for, não precisa ser perfeito para os outros, basta ser libertador para mim...
Talvez eu esteja começando a romper as amarrar, e talvez eu dia eu consiga parar de ter que romper a mim mesma como única forma de libertação...
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