terça-feira, 4 de setembro de 2012

Conto de fadas (literalmente): O triângulo

Olá a todos, eu sou uma fada do fogo, e estou aqui para contar para vocês um pouco da minha história, mas se eu fosse contar tudo, precisaria de uma coleção de livros!

Nós, fadas, não somos seres "sobrenaturais", pois habitamos a natureza e a protegemos. Mas eu sou uma fada muito diferente do que você imagina... Sou perfeitamente visível para qualquer um, mas só os mais atencioso podem ver minhas asas, isso porque encarnei como humana.

Quando encarnamos, esquecemos de quem somos e porque viemos para cá... Somos como qualquer humano encarnado; e aprendemos a andar, a falar, a termos os valores sociais comuns... E é aí que começamos a sentir que algo está errado, e aos poucos, bem aos poucos, vamos nos redescobrindo como fadas...

Mas como disse, não somos seres sobrenaturais: sentimos amor, desejo, raiva, dor... Temos que recarregar nossas energias, servimos e amamos a mãe Terra... Mas como estou na condição de humana, aproveito o aqui e agora: saio, bebo, danço, canto, rio, trabalho, tenho casa, etc e tudo nos padrões humanos.

Há um tempo atrás conheci uma fada da água encantadora, uma alma gêmea, irmã e companheira, e hoje somos casadas. Claro que por termos sido criadas nos padrões humano, no começo acreditávamos nessa visão deturpada de amor ligado à posse, ciumes, controle, violência, exclusividade...

Isso é errado! O Amor jamais se esgota em si mesmo, e quanto mais se ama, mais se tem para amar, de diversas formas, em diversas intensidades, e às vezes da mesma forma e com a mesma intensidade!

E tudo isso só ficou claro para nós depois do ritual da Lua Azul, quando conseguimos falar com Gaia. Amar é comungar, é se tornar um com o outro, e eu e minha esposa somos tão intrinsecamente uma só (mesmo cada uma sendo única e individual) que não é estranho dizer que nos enamoramos (não "apaixonar", a mesma palavra que deu origem a "paixão" deu origem à patologia e padecimento, ela é violenta e dolorosa, enamorar é envolver e ser envolvido de amor; mas como dizia, eu e ela nos enamoramos...) por uma outra fada linda, linda!da chama violeta que conhecemos no final da Lua Azul... Na hora certa tudo vem...

Mas para contarmos essa história, talvez seja mais interessante usarmos termos humanos...

Meu nome é Lúcia, tenho 23 anos e dizem que sou até bem bonita, talvez eu seja a que mais parece uma fada, de tão baixinha que eu sou! Minha esposa, Anita, é a garota mais amorosa e gentil que já vi nesse mundo...

Logo que nos conhecemos sabíamos que estávamos destinadas a ficar juntas, começamos a namorar no dia seguinte, ela até terminou o namoro dela de dois anos, namorado que, aliás, era o irmão do meu melhor amigo. Eu também namorava, mas meu namoro com a Naty só era de brincadeira, nos pegávamos de vez em quando, só para se divertir, porém, já tínhamos namorado de verdade algum tempo antes...

Como eu morava muito longe da Anita e sentíamos a necessidade de estar sempre perto, casamos com menos de um mês e meio de namoro! Decidimos nos casar num segunda-feira e na sexta estávamos assinando a papelada.

Casamos com um mão na frente e outra atrás, casamos com a fé que nosso amor superaria tudo: a falta de dinheiro, a resistência da família dela que não aceitava, os obstáculos que encontrávamos pelo caminho, não foi fácil, mas conseguimos e nunca pensei que pudesse ser tão feliz.

Nossas madrinhas de casamento foram a Naty e a Julianna, duas amigas nossas que já havíamos ficado... Ah! Esqueci de falar! A Anita ficou com a Naty, minha ex! Um dia fomos para a Augusta, pois ela ia encontrar a Fernanda, uma amiga de infância que não via fazia tempo, pois ela faz faculdade em outro estado. Mas a Fernanda estava ficando com outra garota nesse dia, e acabou se excluindo da roda, e não seria exagero dizer que ela nos foi totalmente indiferente...

A Anita e a Naty se deram tão bem que acabou rolando entre elas, e comigo também! Já a Julianna era uma antiga amiga minha, e aconteceu mais ou menos a mesma coisa. O que mostra que eu e a Anita sempre fomos liberais, mas ainda sim, humanas demais e com muito sentimento de posse, então no físico, tudo bem, desde que não houvesse nada emocional... Eu acho que até então, foi melhor assim mesmo, pois não estávamos prontas e elas definitivamente não eram as pessoas certas...



Contiua......



Um comentário:

  1. Adorooo qndo tem esses continuaaaaa seu me da mais vontadee ainda de entrar todos os dias soh para ver o resto da historiaaa!!!

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