domingo, 23 de setembro de 2012

E a fada bateu asas e foi embora...

Lembro da época que eu namorava a Grazi... Uma vez fui mostrar meus textos pra ela, e disse que só conseguia escrever bem quando estava muito triste, que minha literatura e a literatura da frustração...

Não... pode-se dizer que eu tenha "a mesma qualidade literária", se é que eu tenho alguma, quando estou feliz ou quando estou triste... Mas quando estou bem sou motivada a viver! A sorver cada gota daqueles momentos... Mas quando eu estou mal, eu começo a me consumir em mim mesma... Parece que vou enlouquecer, e só vomitando tudo em palavras consigo ficar melhor...

Esse texto não é para ninguém, exceto para mim, e eu poderia muito bem escrevê-lo num diário, mas prefiro escrever aqui... Esse blog sempre fez parte de mim e da minha história... É parte de mim e um reflexo da minha personalidade, que é sempre tão confusa e contraditória, e que se mantém a mesma, apesar de tantas e tão profundas mudanças com o passar do tempo... Eu não sou constante... Gostaria de ser, e às vezes até finjo que sou... Mas até essas pretensa constância é só uma forma de variar minhas inconstância constante...

Parece que estou caindo vertiginosamente... Nas últimas 24h senti coisas que pensei que nunca sentiria novamente... Eu tenho um casamento tão feliz e eu amo tanto minha esposa! Não pensei que sofreria novamente por alguém...

e eu que estava indo tão bem na minha terapia de "só por hoje não vou surtar"... Eu não sei o que fazer... Estou sem chão, sem estrutura, sem ar... Sem cabeça... As lembranças e pensamentos ficam girando e girando e tento organizar e não consigo... E eu que dou conselhos para tantas pessoas... Isso me lembra um pouco o desenho "Alice no país das Maravilhas"... Em uma de suas canções ela diz "Paciência, Alice, eis um conselho bom, mas eu nunca ouço os bons conselhos que me dou"...

Eu preciso desacelerar um pouco... Deixar isso pra lá.. ficar calma, mas parte de mim não quer ficar calma... Honestamente? Parte de mim estava com saudade desta angustia e adrenalina que só uma decepção muito forte pode trazer... Mas sei bem onde isso leva... Esse vício em paixões me destruiu mais do que qualquer outro vício...

Não quero alguém que me cause isso! Eu preciso estar com alguém que queria estar comigo... Me assuma! Que esteja disposto a correr risco, e abrir mão do que precisar ser deixado para trás...

É incrível como ela abria mil abismos, e eu criava mil pontes, e então ela sempre ia e achava mais um abismo entre nós...

Ela me lembra um pouco o pior de tudo que já vivi... Ela é tão cruel e manipuladora quanto a "old Patrícia", parece que ela só fica dando brecha e permitindo que eu me iluda que ela me ama, só para ter vantagens, para ter o ego dela constantemente afagado, ter o rolê bancado, ter alguém disponível 24h para quando ela "tiver afim"... Tão relapsa quanto a Grazi... Que disse sim por incapacidade de dizer não... Que me usou como estepe por não poder estar com quem queria, mas que não hesitaria um segundo em me abandonar quando surgisse uma proposta melhor... Tão ausente e distante como a Lila... A diferença é que já tinha estado com ela pessoalmente! De resto a mesma coisa! Eu estava disposta a cruzar o Estado e ir até Minas só para vê-la... E ela não estava disposta a levantar a bunda da cadeira e ir até a porta para me recepcionar caso eu fosse para lá...

Me sinto usada e feita de boba!

Queria nunca ter conhecido ela! Queria que depois do festival da Lua Azul eu e a Paty tivéssemos ido para casa! Ou que ela nunca tivesse me chamado! Ela nem falava comigo! Por que ela teve que me chamar? Queria nunca te beijado os lábios dela! Queria que meu mundo nunca tivesse parado ao sentir aquele beijo... Queria não ter chamado ela para conversar no chat do face.. Queria que ela não tivesse nos convidado para ir ao cinema... queria não ter comprado aquelas garrafas de vinho... Queria nunca ter lhe beijado novamente... Queria não ter dito que a amava... queria que ela nunca tivesse dito que nos amava também... queria que ela tivesse recusado ir lá em casa... Queria que ela tivesse ido embora antes que eu fosse tão completamente dela que não fosse volta... Queria que ela nunca tivesse ido embora pra Minas... queria que ela pelo menos tivesse lutado um pouco antes de simplesmente pedir um tempo, e dizer que tudo aquilo era demais, estava tudo rápido demais...

Queria ter me entregado menos, amado menos... E agora sofreria menos!

É tão ridículo... Ter acreditado assim... Em um dia ela diz que nos ama, e no outro ela fica com um cara que costumava ficar, como se nada tivesse acontecido... Num dia ela diz que quer estar com a gente, e no outro diz que estamos sufocando ela, prendendo... Num dia ela diz que quer ser nossa a vida toda, e no outro ela precisa de um tempo...

Isso é tão infantil! Ela parece uma menina de 13 anos! Não sabe o que quer e fica destroçando corações enquanto não se resolve...

Ela não teve coragem de assumir, e nem coragem de sumir! Diz que não aguenta o tranco, mas não estava terminando com ninguém... Só precisava que entendêssemos seu tempo... E nosso tempo? E nossos sentimentos? Eu jamais pressionei ela a nada! Eu sempre pensei que o problema era eu, e que se eu fosse boa para as pessoas, elas seriam boas para mim, mas não foi bem assim...

Ela pediu para sair, mas não teve a hombridade de fechar a porta, e deixou feridas abertas... Será que ela espera realmente voltar e achar tudo como estava?

Como disse no início, ainda sou a mesma, mas muita coisa mudou... Não posso esperar a via toda por alguém que negou meu coração quando lhe entreguei numa bandeja... Não vale a pena alimentar algo sem futuro... Um feto acéfalo já é um feto morto, não vale a pena continuar alimentando algo que não leva a luar algum... não adianta querer tirar leite de uma vaca morta.. Ela quis partir... E agora, encontrará uma porta trancada.

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